{+18} Nancy se muda para a cidade de sua prima Alyssa, e se vê presa nos olhos tristes de seu colega de classe Sam Monroe.
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Fanfic inspirada no personagem de Hayden Christensen em Life As A House.
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Nancy
Meus dedos batucavam a mesa durante a aula de matemática. Encarei o assento ao meu lado vazio outra vez, sentindo falta de Sam mascando a tampa da caneta que eu o emprestei, enquanto reclamava de alguma coisa da aula.
Passei a manhã me perguntando se ele não vir tinha algo relacionado ao nosso "encontro" de ontem. Ele tinha tanta raiva assim de ter me beijado? Eu ainda tive que aturar Alyssa me infernizando sobre a marca roxa que ele deixou em meu pescoço, provocando que eu tive uma "noite boa". Josh se manteve em silêncio durante as piadas sujas de Alyssa sobre o chupão, mas acho que isso foi positivo porque assim ele tinha uma confirmação do meu encontro com Sam, e eu esperava que minha aproximação do emo o obrigasse deixá-lo em paz.
Assim que tocou o sinal do fim da aula, joguei minhas coisas na mochila e fui embora da sala, apertando a alça no ombro com meus dedos de forma ansiosa.
— Aonde vai com tanta pressa? — Alyssa disse ofegante ao correr para me alcançar. Ela tinha o cabelo preso num rabo de cavalo por conta do calor, e carregava dois cadernos nas mãos, contra o peito.
— Vou ir até a casa de Sam, então você pode voltar com Josh. — Alyssa franziu o cenho.
— Aconteceu algo?
— Ah... — Engoli em seco, tentando formular uma mentira — Ele não veio pra aula, então talvez esteja se sentindo mal. Quero ter certeza de que está bem, só isso. — Dei de ombros e ela assentiu.
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— Olá, Nancy. — A loira alta disse sorridente, surpresa ao abrir a porta e dar de cara comigo.
— Olá senhora Kimball. Sam está? — Ajeitei uma mecha do cabelo atrás da orelha, e ela empurrou mais a porta para me dar passagem.
— Pode me chamar de Robin, querida. Ele está trancado no quarto, não abre por nada. Até agora nem comeu. — Um semblante triste surgiu em seu rosto — Você sabe o que aconteceu? Ele está assim desde que chegou ontem. Ele saiu com você, certo?
— Sim. — Assenti — Ahm, posso tentar falar com ele? Estou preocupada. — Ela fez um breve gesto na direção das escadas, limpando a garganta.
— Não custa tentar. Boa sorte. — Robin encostou a porta e se sentou no sofá enquanto eu subia praticamente correndo.
Na minha cabeça eu já tinha uma ideia do que pretendia conversar com o emo, mas não sabia como começar. Ao chegar na porta do quarto de Sam, bati algumas vezes e o ouvi resmungar irritado.
— Vai embora! — Berrou abafado.
— Sam, sou eu, Nancy! Abre por favor. — Suspirei, tocando a testa contra a madeira.
