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Nancy

Meu pulso doía por conta dos socos bem dados em Josh, mas não o suficiente para me arrepender do que fiz. Ele resmungava feito uma criança com o saco de gelo no rosto e algodões enfiados no nariz para parar o sangramento, enquanto eu girava meus anéis prateados nos dedos da mão direita, inspecionando a sala bem decorada do diretor Stanford.

— Você está ouvindo, Nancy? — Minha mãe chamou minha atenção e eu virei o rosto para ela — Advertência. — Balançou a cabeça demonstrando como estava desapontada com minha atitude, os lábios vermelhos se torcendo em um bico.

Ela sentava ao lado do pai de Josh de frente com a mesa do diretor, e os três olhavam com desgosto para mim e o rapaz chorão ao meu lado. Ambos estávamos sentados no sofá de couro marrom que quase nos engolia por ser tão estofado, próximos de um quadro na parede adornado por uma madeira branca com a foto do time de futebol da escola segurando um troféu.

— Tudo bem. — Dei de ombros — Não me arrependo de nada que fiz. — Minha mãe cerra os olhos e abre a boca chocada com minhas palavras.

— Até agora não me foi respondido o motivo de você bater no meu filho. — Senhor Parker vestia um terno caro, e era uma versão mais madura e grisalha de Josh.

Tinha um tom de voz rouco e calmo, o que me surpreendia considerando que eu — uma adolescente de 1,56 — derrubei o filho dele — um jogador de futebol americano de 1,83 — no estacionamento na frente de todo mundo.

Antes que eu pudesse abrir a boca e mencionar todos os podres do Parker mais novo, Josh decide tomar conta da situação.

— Pai, foi um mal entendido, só isso. — Ele resmungou — Não quero colocar a Nancy em problemas, certo? — Ele levanta a mão esquerda em sinal de rendição, já que a outra segurava o pacote de gelo — E eu não acho que ela precise de uma advertência, essa conversa já é o suficiente.

— Ela bateu em você, e sendo um mal entendido ou não, você não levantou a mão pra ela e nem tinha começado uma discussão. — O diretor protesta contra a defesa de Josh por mim — Ou vocês não estão contando tudo...

Confusa com as intenções de Josh, opto por continuar deixando-o falar pelos cotovelos.

— Diretor, com todo respeito, se de fato eu tivesse dito e feito as coisas que ela entendeu, vocês provavelmente iriam relevar a atitude dela. — E deu um gemido de dor ao final.

— E o que foi que você entendeu, senhorita Beck? — Stanford arqueia uma sobrancelha em minha direção. Me viro para Josh e ele claramente está me implorando com os olhos para que eu siga com a mentira que ele começou.

— Eu achei que ele estivesse traindo minha prima Alyssa. — Sorri amarelo para os adultos na sala — Mas já que ele não está e foi apenas uma fofoca mal contada — Volto meu olhar para ele —, eu espero que o que aconteceu hoje sirva de aviso caso um dia ele faça algo do tipo com ela.

Através de você | Sam Monroe (Hayden Christensen)Onde histórias criam vida. Descubra agora