Pov. Mariana
1 de fevereiro de 2017.— Mariana, chegamos! — escuto uma voz feminina me chamando — enfim, estamos na Colômbia.
Eu não olhei pro rosto da loira que estava me chamando, peguei os meus pertences e sai do enorme avião. Cá estou eu, em outro país, porque a minha mãe não suporta de ver a minha felicidade.
Ela já havia me ameaçado que eu ia vir pra cá, a algum tempo, mas eu sempre desacreditei. Ela quis me privar de viver a minha adolescência da minha forma.
Me expulsou de casa, pra vir morar em outro país com a irmã dela, só pelo fato de que eu gosto de sair, que eu tenho alguns amigos da vida errada, e que eu tenha proximidade com eles.
Eu sempre fui de sair, de viver na rua, mas as coisas pioraram desde que conheci Eduarda. Ela é 3 anos mais velha, namora um traficante, e as únicas coisas que faz da vida é fumar, e sair todos os dias. Não sou igual a ela, eu sei colocar limite nas minhas ações, mas a dona Luciana, minha mãe. Jamais entenderá!
A gota d'água, foi a proibição de eu ir viajar pra uma chácara em outra cidade com os meus amigos, e eu ter fugido e ficado o final de semana todo sem dar satisfação de onde eu estava.
Eu sei que fiz errado, mas jamais deixaria meus amigos na mão me esperando. Na segunda de manhã, quando cheguei em casa, todas as minhas malas já estavam feitas, não tinha nada no meu quarto mais. E a minha passagem já estava compra.
— Minha filha, eu espero que você entenda o porque disso tudo! Espero que você possa melhorar. — minha mãe disse enquanto me deixava na porta da minha tia. — vai ser melhor aqui, eu prometo.
— vai ser melhor? Você pode ter certeza que eu vou fazer você se arrepender disso. — bufei
— Isso é só uma fase, mari! Quando você crescer, vai se envergonhar disso. — ela disse ríspida — Aqui você vai ter tudo! Não vai ficar sozinha, sua vida vai ser diferente. — ela beija a minha testa
Não tivemos uma vida fácil, meu pai nos abandonou quando eu tinha ainda meus 3 anos, e a minha mãe estava grávida dos gêmeos. Maria e Matheus. Eu era pequena, mas eu entendia e sentia ódio no meu peito de tudo isso.
Ele era semi presente, ele aparecia com presentes, e depois era um babaca e sumia de novo. Mas antes, ele era o amor da minha vida, só que ele não suportou a ideia de estar preso em uma família e foi viver a sua vida.
Em partes, posso ser assim por rebeldia de não ter tido uma vida tranquila. Mas, no meu ver, eu só quero curtir a vida.
Já a minha tia, Rebeca. Ganhou tudo na minha vida! Ela casou com um colombiano milionário, dono de metade das propriedades da cidade. Conseguiu estudar, tem uma vida incrível! Depois que ela casou, em partes minha vida foi pra frente, ela sempre mandou dinheiro, sempre se fez presente pra nos ajudar.
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— Tenho algo pra te animar! — Sabrina disse animada entrando no meu quarto — Tem uma social de um amigo meu aqui perto, e a minha mãe deixou eu ir.
Sabrina é a filha da Rebeca, foi a primeira filha dela. Engravidou da mesma na adolescência. Fruto do seu primeiro amor!
— Quer que eu seja expulsa daqui também, garota? — dou risada. Ela é três anos mais velha que eu, mas sempre foi a minha melhor amiga. Sempre fomos criadas juntos, quando ela se mudou, eu só sabia chorar.
— Relaxa, dona Rebeca está de acordo. Ela sabe que eu sou responsável e que te coloco na linha! — ela ri — eu te amo, você sabe né? Sempre estou aqui pra te apoiar, mas você sabe que está um pouco errada nisso, não sabe?
— Acho que minha ficha está caindo. Mas, juro que eu só queria aproveitar, esquecer os problemas! Você sabe como é as coisas por lá.
— eu sei, por isso você está aqui. Pra esquecer de lá, aqui vai ser melhor pra você! Pra você aprender a valorizar o esforço da sua mãe, ela faz de tudo por você e pelo os gêmeos, você tem que reconhecer isso.
— É, em partes, eu falhei! — suspiro — Mas, vamos falar sobre isso depois? Quero aproveitar minha noite colombiana! — dou risada
Eu me arrumei, e fomos no lugar da até então, social. Era gente pra caramba que tinha na casa. Estava tocando uma música, e aí eu reparei que odeio festas em outro país. Eu gosto de música brasileira!
Fui direto no bar e peguei uma bebida, eu estava cansada da viagem. Não iria beber muito! Apenas sai pra esquecer todo esse caos que foram os meus últimos dias.
— Amore, esses são meus amigos! — a Sabrina pega na minha mão me levando em uma rodinha de amigos dela — gente, essa é a Mariana, que eu disse a vocês que iria vir pra cá! — ela me apresenta
Eu me desenrolei com o meu espanhol, não era dos melhores, mas dava pra me virar numa boa. Quando for embora daqui, estarei fluente.
Um dos meninos que estava ali me despertou interesse, ele era o mais brincalhão de todos, era um moreno do sorriso lindo! Mas tinha cara de ser marrento.
Estava mais tímida que o normal, me sentindo deslocada, então me sentei em um sofá que estava ali e fiquei observando. Minha prima já havia sumido na multidão, mas deixou uma mensagem avisando que estava no bar.
Fiquei ali por horas navegando nas minhas redes sociais, o álcool bateu com uma vibe triste e não legal. Então percorria pela minha galeria e via foto com a minha família, talvez eu não tenha sido uma boa filha, mas eu já estou sentindo saudades!
— veio pra ficar só no celular, loirinha? — o moreno que havia me despertado o interesse sentou ao meu lado
— Única coisa de interessante! — Rio pra ele
— Vem cá, vamos dançar. — o mesmo me puxa pro meio das pessoas
Por um instante eu esqueci do meu redor e me entreguei naquele momento. Ficamos ali por horas, virando várias doses de tequila.
— você é muito linda! — ele passa a mão na minha cintura — eu queria te beijar.
— Por que está perdendo tempo? — sorrio me aproximando do moreno
Ele me deu um beijo, e que beijo! As coisas foram esquentando e o mesmo foi me guiando pra dentro da enorme casa e entrou em um quarto.
Eu estava entregue o suficiente pra não querer fazer perguntas sobre nada, ele era um gostoso e eu não tinha o que perder!
— e camisinha? — perguntei preocupada
— Aqui, meu bem. — ele sorri pegando na gaveta ao lado
As coisas fluíram, até melhor do que eu esperava. Ele mandava muito bem no que estava fazendo e me levou ao delírio...
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Unidos pelo o acaso - Richard Rios
FanfictionQuando uma jovem de 15 anos, foi mandada pra Colômbia pra viver com a sua tia como castigo. E após uma aventura no país, acabou engravidando de um colombiano desconhecido.