Pov. Mari
24 de abril de 2017Minha vida na Colômbia está começando a se tornar agradável, mas a saudade da minha mãe, dos meus irmãos, me sufoca a cada dia!
Estou matriculada em uma nova escola, o marido da minha tia fez questão que fosse na melhor da cidade. E lá eu conheci pessoas legais, melhores que as minhas companhias do Brasil. Comecei a estagiar na empresa do mesmo, e estou mais focada no estudo. Era isso que minha mãe queria pra mim.
Ainda saio sempre, quase todos os dias se eu puder, junto com a minha prima! Sempre tem um evento, durante a semana ou aos finais de semana, e eu sempre estou com a presença confirmada, é claro!
Hoje seria mais um dia corrido na minha rotina, eu sai da escola, mas hoje eu estava mais exausta que o normal. Meu estômago não estava parando absolutamente nada, minha cabeça doía, acredito que eu tenha pegado alguma intoxicação alimentar, virose, algo do tipo!
— Tio, hoje eu não tô me sentindo muito bem! Eu poderia ficar em casa hoje? — pergunto ao moço de cabelos escuros na minha frente.
— É claro, mari! — ele sorri simpático — Se você precisar de ir no hospital, me ligue, ou ligue pra sua tia! Ok? — ele beija a minha testa — vai descansar.
— Ta bom! Muito obrigada. — sorrio pro mesmo.
⏰
Já havia escurecido e eu tinha piorado! Tudo que eu tentava comer, era questão de tempo pra que eu colocasse tudo pra fora. Eu já estava sem forças!
— Mari, deixa eu te perguntar. Que dia a sua menstruação desce? — ela me pergunta e me faz lembrar que já era pra ela ter descido — Mari... não me diga que está atrasada!
— Está! Mas eu não transei nesse último vez, só aquele dia que eu cheguei aqui e foi com camisinha, impossível uma gravidez. — digo convicta, mas com um medo por dentro.
— nada é impossível, nada!! — a ruiva disse — eu já volto, segura as pontas aí.
Em questão de 20 minutos, a mesma voltou com uma sacola e deixou a mostra dois testes de gravidez.
— Vamos fazer, anda! Melhor tirar o peso da consciência de vez. — suspiro e pego os dois e entro no banheiro do meu quarto
Eu estava despreocupada, na minha cabeça não seria possível estar grávida. Era o meu maior medo, e eu só tinha 16 anos.
Fiz o teste e deixei no banheiro, após os 5 minutos peguei os dois, e o meu mundo caiu!
— Sabrina! — eu grito — deu positivo.
Uma onda de calafrio surgiu no meu corpo, o choro veio junto, e eu não podia acreditar que aquilo estava acontecendo comigo! Eu só tinha 16 anos, estava começando a minha vida. Como isso pode acontecer?
— Eu estou aqui com você, minha mãe, o meu pai. — ela chamava o seu padrasto de pai — todos nós estamos aqui por você! Não é o fim do mundo, aqui você tem estrutura, meu amor. Você jamais ficará desamparada, ok? — ela me abraçava enquanto eu só conseguia chorar
— Sasa — era o apelido carinhoso que eu a chamava — Eu usei camisinha aquela vez, eu juro!
— As vezes estava furada, quando está nos planos disso acontecer, acontece! — ela me deitou na cama — vamos descansar? Amanhã cedo iremos no hospital e daremos início ao pré natal.
25 de abril de 2017.
Eu mal consegui dormir na noite anterior, passei uma parte da noite vomitando e a outra chorando por não acreditar que aquilo estava acontecendo comigo! Eu nem se quer conhecia o pai do meu filho.
Única informação que eu tenho do mesmo é que o nome dele é Richard e ele joga futebol, não tenho número, rede social, nem nada!
A Sabrina marcou uma consulta pra mim, e eu estava péssima, mas tinha que ir.
— Quando a gente chegar, contaremos a minha mãe. Ok? — ela disse e o desespero tomou conta da minha pessoa.
— Não! Vamos esperar, eu não quero que ela pense o mal de mim, que me mande embora. — digo chorosa
— 'Tá doida? Você sabe que a minha mãe engravidou na sua idade! Ela sabe como é, passou por isso na pele, e entende como ninguém.
Fui na consulta, descobri que estou de 9 semanas e meia, eu engravidei naquele dia com aquele menino que eu se quer sabia o nome. A Sabrina tomou conta de descobrir informações dele e onde eu podia encontrá-lo.
Quando cheguei, minha tia me esperava na sala de estar, eu estava com a cara inchada de tanto chorar e ela já se preocupou.
— Mariana, o que aconteceu? — ela pergunta preocupada
— Mãe, precisamos conversar! — a Sabrina disse enquanto sentávamos na frente da mesma — Lembra do dia que fomos pra festa quando a Mari chegou? — ela falou e a minha tia balançou a cabeça afirmando
— Então! — ela suspira — a Mariana ficou com um menino, DE CAMISINHA! A menstruação dela estava atrasada e ela passando muito mal, fizemos um teste e ela está grávida. — ela disse e o choro resolveu sair mais uma vez
— Ô, meu Deus! — a expressão dela estava chocada
— me desculpa tia, eu fui irresponsável. — eu disse no meio de lágrimas.
A loira se levantou e veio em minha direção me dando um abraço apertado e confortável. Eu sentia o apoio dele ali!
— eu passei por isso, não foi o fim do mundo! E eu estarei aqui pra tudo, ok? — ela me abraça — vamos cuidar desse ser com maior amor do mundo!
— a minha vida acabou! E agora? Eu só tenho 16 anos. — cada vez mais eu choro.
— Amor, nao fique chorando! — ela limpa minhas lágrimas — Eu vou te ajudar com tudo, essa criança que você está carregando é praticamente meu netinho. Sua vida não acabou, você vai conseguir se sobressair disso. — ela me abraça mais uma vez!
— quem é o pai? — ela pergunta
— É um amigo dos meus amigos! Eu já descobri as informações sobre ele e amanhã iremos atrás dele. — a Sabrina respondeu por mim
— Você não está sozinha, mesmo se ele agir como um babaca, você não estará, ok? Essa criança vai ter tudo! — minha tia disse sorrindo.
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Unidos pelo o acaso - Richard Rios
FanfictionQuando uma jovem de 15 anos, foi mandada pra Colômbia pra viver com a sua tia como castigo. E após uma aventura no país, acabou engravidando de um colombiano desconhecido.