Pov. Richard
9 de março de 2024Alguns dias se passaram desde o meu último encontro com a Mariana, e ela ainda não saiu dos meus pensamentos.
Quando eu a conheci, de primeira eu achei ela uma menina linda, éramos novinhos e acabamos ficando e nunca mais eu a vi. Não pessoalmente.
Mas, nos meus pensamentos ela esteve presente. Eu sempre pensei nela, o que é estranho, foi apenas uma noite, um mínimo contato e eu passei 7 anos pensando nela. Claro, não constantemente, mas sempre lembrava e pensava em ter a oportunidade de vê-la novamente.
Eu tinha planos pra chamar a mesma pra sair, mas ainda não tive coragem. Ela parece ser bem na dela, muito fechada. Ela tem uma filha, e talvez isso possa significar um amor, um ex mal resolvido, por isso ser fechada.
— Tá pensando no que, otario? — o endrick joga uma toalha em cima de mim
— Garoto, você me ama, né? — suspiro
— Amanhã tem o aniversário da Paula, do Dudu, todos fomos convidados. Você poderia levar sua namoradinha de novo, já que todos vamos de casal, menos você — ele ri
— Você deu seu primeiro beijo ontem, e ainda quer tirar onda com minha cara? — dou risada — Vou tentar chamar ela, e ela não é uma namorada, eu nem flertei com ela.
— Mermão, como você é parado! — ele coloca as mãos na cintura — tu tem que tentar algo, porque os colegas do elenco cresceram o olho na loirinha — ele ri
— Tá bom que eu vou escutar conselhos de uma criança — rio
Fiquei conversando com os meninos pós treino, e peguei o meu carro em direção ao shopping, amanhã seria um dia corrido, então irei comprar o presente da Paula hoje.
No caminho, entrei no instagram e procurei pela Mariana, eu ainda não tinha a seguido e nem stalkeado. Foi fácil encontrar depois que ela participou das fotos, ela saiu em vários instagram do time e a marcação estava presente.
Apertei o botão azul e pedi pra segui-la, e fui olhar foto por foto. Tem uma fixada, um carrossel com 10 fotos dela com a filha, o meu coração disparou. Aquela era a criança mais linda que eu ja havia visto na vida!
Eu senti algo diferente, parece que eu já conhecia aquela menina de muito tempo, uma sensação de amor tomou conta do meu corpo, algo que eu jamais havia sentido.
Fiquei observando foto por foto e admirando, ela era uma ótima mãe, mesmo sendo nova pra ter uma filha de 7 anos, ela demonstra ser presente e uma mãezona! Da pra sentir o amor pela as fotos.
Enquanto eu estava estacionando, o meu celular vibrou e eu fui olhar a notificação.
"mari.ambrosio começou a seguir você"
Eu sorri pro celular, daqui a pouco mandarei mensagem para a mesma convidando ela pro aniversário.
⏰
Eu demorei horas até encontrar um presente que eu achasse que agradaria a Paula. É muito difícil dar presentes para mulher, meu deus!
Passei na louis vuitton e sai com algumas coisinhas que eu não precisava, mas meu lado consumista falou um pouco mais alto.
Ao sair da loja, em frente tinha um enorme espaço infantil, e acabo encontrando a Mariana, por pura coincidência.
— Mari? — me aproximo dela — Oii! — sorri
— Oii, richar! — ela me abraça — Tudo bem?
— Tudo, e contigo? — sorrio — O que faz por aqui?
— Vim trazer minha filha pra brincar um pouco, pra gastar energia — Crianças de 7 anos tem de sobra! — ela da uma risada
— Eu imagino! — sorrio — posso te fazer companhia?
— É claro! — ela sorri simpática afastando pro lado me dando espaço no banco
Ficamos conversando e não passou muito tempo até a criança que eu vi pelas fotos se aproximar. Eu ainda não descobri o porque, mas eu sinto como se eu ja conhecesse essa criança.
Um sorriso se formou nos meus lábios quando eu vi a mesma pular de alegria.
— Mamãe, vem brincar comigo!! — ela pedia pra loira que estava ao meu lado — Oii, eu me chamo cecília — a pequena estendeu a mão pra mim, com uma enorme educação.
— Oi princesa! Eu me chamo richard. — sorrio pra ela
— Richard, você pode vir brincar comigo e a minha mamãe? — ela pediu sorrindo. Seria impossível recusar esse pedido!
— Claro! — eu me levanto enquanto a pequena loira me puxava pelas mãos
Ela nos levou até um brinquedo inflável, e nós três começamos a pular e correr por todos os cantos. Eu estava me divertindo de uma forma que não havia explicações.
Algo de diferente estava acontecendo, o meu coração pulava de alegria por aquele momento, e é estranho.
Depois de longos minutos, nos três decidimos sair pelo cansaço, e eu sugeri a ideia de irmos tomar sorvete.
— Eu quero, eu quero — a pequena pulava — Tio, eu amo sorvete de chocolate — sorria
— Vamos, então? — pergunto a mari que balança a cabeça que sim
Caminhamos os três até o primeiro quiosque do Mc donalds, que era o preferido da Cecília, e é claro que eu iria agradar a pequena. Cada um fez o seu pedido e sentamos no banco pra comer.
— Ela é uma graça, Mari! — digo pra loira — Você fez um ótimo papel, ela é muito educada, uma criança incrível.
— Obrigada! — ela sorri — A maternidade nem sempre é fácil, mas eu olho pra ela e vejo que tudo valeu muito a pena. Ela é uma criança muito incrível, ela veio pra transformar a minha vida.
— Em pouco tempo eu vi como ela é uma criança incrível mesmo, e isso é 99% por influência de uma ótima criação. Você tem que ficar orgulhosa disso tudo.
— Eu não sei como consegui, juro! — ela ri — Eu engravidei com 16 anos, eu era uma criança. E muitas vezes eu achei que não iria conseguir.
— Admiro você! — sorrio pra loira — E o pai dela? É presente — pergunto e sinto a loira ficar extremamente desconfortável com a pergunta. o que me fez arrepender imediatamente.
— Ele não é presente. — ela engole seco — É até melhor assim, pelo menos ela jamais terá alguém pra magoá-la. Somente eu e ela contra o mundo!
— Problemas com pai? — pergunto e ela balança a cabeça que sim — Estamos quites, loira! Eu também. — rio descontraindo o clima
— As vezes eu até me culpo, nas datas comemorativas quando ela me pergunta o porquê de todas as crianças terem um pai, um avô e ela não. Mas, nos outros dias eu faço tudo por ela pra ela nunca precisar sentir falta de nenhuma outra pessoa.
— E ela não vai sentir! Quando ela crescer, vai ver a mãe incrível que ela tem! — ele sorri — O meu sonho é ser pai. Acho que pra dar um amor que eu nunca senti!
— Seus filhos terão sorte. — ela sorri sem graça.
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Unidos pelo o acaso - Richard Rios
Fiksi PenggemarQuando uma jovem de 15 anos, foi mandada pra Colômbia pra viver com a sua tia como castigo. E após uma aventura no país, acabou engravidando de um colombiano desconhecido.