📃: Com a festa de formatura se aproximando, Tecchou decide convidar Jouno para ser seu par romântico, embora ele tenha sentimentos por Tecchou, Jouno luta contra suas próprias inseguranças e a dificuldade de se aceitar como gay. Durante todas essas...
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Mais tarde daquele dia, Jouno estava sentado no chão do quarto, as costas encostadas na cama enquanto encarava o celular em silêncio, e as palavras de Tecchou ainda ecoavam em sua mente, pesadas e implacáveis, fazendo o sentir ainda pior.
Ele tentou ignorá-las no começo, empurrar para longe o que sentia, mas, no fundo, ele sabia que não podia. O nó em seu peito só apertava mais a cada segundo, até que ele sentiu os primeiros sinais de lágrimas escorrerem por seu rosto.
Jouno esfregou os olhos com força, tentando segurar o choro que ameaçava transbordar.
Ele não chorava, nunca chorava.
Jouno não queria ser visto como fraco ele odiava isso, especialmente quando a culpa parecia recair sobre ele, mas ali, sozinho em seu quarto, ele não conseguiu mais se segurar, como das outras vezes.
As lágrimas desceram silenciosamente no início, mas logo os soluços vieram, carregados de frustração e raiva. Raiva de Tecchou por ter jogado na sua cara palavras tão duras , que infelizmente eram verdadeiras.
mas ele também sentia raiva de si mesmo, porque, no fundo tudo que Tecchou havia dito era verdade, e isso o machucava por dentro como uma fleta que atravessa seu coração.
— Por que isso é tão difícil? — Jouno murmurou entre soluços, a voz baixa e tremida — eu não consigo aceitar..— ele soluça, tentando parar de chorar.
Jouno odiava toda essa situação — odiava o fato de machucar Tecchou e prejudicar seu próprio relacionamento. Ele sentia que não era o namorado certo para Tecchou, e no fundo sabia que Tecchou não tinha culpa, que toda essa dor e ódio no relacionamento eram por causa dele, de sua própria incapacidade de aceitar quem ele era e o que sentia por seu namorado.
— Eu sou tão estúpido,— Jouno sussurrou para si mesmo, envergonhado por sua incapacidade de lidar com seus próprios sentimentos. — por que eu não posso ser como Tecchou? — ele se pergunta dolorosamente.
Tecchou era diferente de Jouno, ele tinha orgulho de quem ele era, e ele não se importava com as opiniões ou preconceito que sofria por gostar de homem, ele tinha orgulho de si mesmo não importasse o que acontecesse.
Mas Jouno era diferente, ele não se aceitava e odiava o fato de gostar garotos, odiava o fato de namorar um garoto e principalmente odiava ser bi.
Jouno sabia que estava empurrando seu namorado para longe, e odiava o pensamento de que, um dia, talvez Tecchou desistisse de tentar. Talvez Tecchou estivesse certo em ir com Tachihara ao baile, talvez ele merecesse alguém que não tivesse tanto medo ou repúdio da sua própria sexualidade.
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Depois de algum tempo, Jouno finalmente parou de chorar. Ele pegou uma caixa de lenços ao seu lado e começou a limpar o rosto, secando cuidadosamente as lágrimas que manchavam sua pele.
