Capitulo Quatorze: E Tudo se Explode

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"Ataque antes de ser atacado"

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Passos rápidos ecoavam pelo corredor. O sorriso de Morningstar se alargava conforme a adrenalina pulsava em suas veias. O medo de ser pego só aumentava a diversão. Suas presilhas de ouro brilhavam à luz da lua que invadia as janelas. O prédio dos capangas tinha três andares, e na recepção uma mulher de cabelos grisalhos e raspados ao lado da cabeça já havia sido imobilizada por Vox. Agora, o resto era com Lúcifer: eliminar os outros três. A energia havia sido cortada, câmeras desligadas, e nenhum sinal de vida nas ruas. De fato, não haveria erro.

Com um sorriso orgulhoso, Morningstar se apoiou em uma das portas do corredor, de onde escutava vozes. Detectou dois murmúrios diferentes, um grave e outro agudo: uma mulher e um homem. Millie estava naquela sala, e o outro só poderia ser Moxxie ou Blitzo. Prestes a invadir a sala, sua atenção se voltou para Vox. O homem despreocupado carregava uma pistola, uma COLT M1911 de ação simples. Seus passos ecoavam alto no corredor.

— Esse idiota não sabe ser silencioso? — pensou Lucifer, irritado, sendo respondido por um sorriso irônico de Vox.

Vox se juntou a ele, apoiando-se na parede e focando no céu estrelado. Cansado, Lúcifer abriu a porta e avançou para dentro da sala, sem esperar pelo irritante companheiro. Para sua surpresa, encontrou Moxxie e Millie. Aproveitando o despreparo do casal, Lúcifer dilacerou seus pescoços em um salto, deixando os corpos engasgarem com o próprio sangue até cair no chão, sem vida.

— Nem me esperou — disse Vox, caminhando até ele e soltando um bocejo.

— Você fez muito barulho! Está doido?! Podíamos ser pegos! — sussurrou Lúcifer, rosnando.

— Vai discutir agora? — Vox revirou os olhos, soltando um suspiro pesado. — Vamos acabar logo com isso. — Deu de ombros, mostrando indiferença.

— Só evita fazer barulho, a menos que queira ser encontrado — disparou Lúcifer, tomando a dianteira.

Morningstar seguiu para o segundo andar, com Vox logo atrás. Uma veia pulsava em sua testa, enquanto algumas mechas ensanguentadas caíam sobre seus olhos. O local estava silencioso, exceto pelos passos da dupla. Onde estava Blitzo? O nome soava familiar, mas Lúcifer ignorava a voz em sua cabeça, que insistia em lembrá-lo. Sua mente estava dispersa, Alastor roubava sua atenção.

O segundo e o primeiro andar estavam limpos, além do casal morto. Eles subiram as escadas de emergência até o terceiro andar, quando uma fresta de luz atravessou a porta de metal. Morningstar parou, observando a fonte de luz, intrigado. A energia havia sido cortada, então por que havia luz? Fez um sinal para Vox, que apenas observava seu parceiro nervoso.

A ansiedade tomava conta do peito de Lúcifer. Deveriam entrar? Ele tinha habilidades suficientes para combater uma grande quantidade de inimigos, mas algo parecia errado. Impaciente, Vox chutou a porta, permitindo que a luz cegasse os dois por um breve segundo. Mas foi o suficiente para que um homem de estatura mediana pulasse sobre eles.

O homem atacou primeiro Vox, disparando sua arma. Lúcifer não conseguiu distinguir se a bala o acertou, já que o moreno não demonstrou dor.

— Ah, seu idiota! — xingou Lúcifer, retirando o homem de cima de Vox. Notou uma mancha de sangue no abdômen do companheiro. — Merda, fica... — foi interrompido por um chute no rosto, que o fez soltar suas armas enquanto caía sobre o concreto.

Mesmo desequilibrado, Lúcifer se levantou, percebendo que o atacante era Blitzo. A arma dele estava sem balas. Seria um confronto corpo a corpo.

Vox estava sangrando, e Lúcifer precisaria encontrar uma brecha para atacá-lo. A estatura de Blitzo não era das melhores, e um chute bem dado poderia atingir seu nervo ciático, imobilizando-o temporariamente. Morningstar precisava de uma visão clara da parte inferior das costas de Blitzo.

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