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CAPÍTULO SETE

Narrativa Min Yoongi

— Naquela tarde em que estivemos juntos, enquanto você se afastou para ir ao banheiro, enviei uma mensagem para você, ou melhor, para a Strawberry, pois estava preocupado com o seu bem-estar. Ela havia passado o dia todo sem me responder, algo incomum. Fiquei receoso de que algo pudesse ter acontecido com ela, especialmente em relação ao rapaz com quem havia se encontrado. Quando você voltou, percebi que desbloqueou o celular e trocou de conta para verificar a mensagem. Observei você visualizar, hesitar em digitar e, então, desistir... — mordi os lábios e abaixei a cabeça.

Inah parecia surpresa, incapaz de fixar o olhar em um único ponto, frequentemente desviando o olhar e buscando se esconder sob suas madeixas.

— Não queria que você se sentisse assim — respirei fundo. — Já esperava que você ficasse envergonhada por ser tão tímida. Quando você, Inah, começou a me ignorar e a Strawberry se mostrava mais confiante ao compartilhar suas coisas comigo, isso apenas reforçou minha percepção. Tudo se tornou ainda mais claro ao revisar nossas conversas.

Minha mente voltou para aquele dia, após o incidente com os fotógrafos durante nosso encontro. Estávamos tão bem, rindo de coisas aleatórias e assistindo a dois filmes de ação, enquanto saboreávamos pipoca salgada e doce. Lembro-me nitidamente do momento em que ela anunciou que iria ao banheiro. Enquanto Inah estava fora, aproveitei para mexer no celular e enviei uma mensagem para a Strawberry, perguntando como ela estava. Na última mensagem, Strawberry havia mencionado estar se sentindo confusa e insegura, chegando a pensar em desaparecer. Isso me deixou extremamente preocupado, e tentei contatá-la. No entanto, ela apenas recebia minhas mensagens sem responder, o que aumentava minha inquietação em relação ao seu súbito silêncio. Foi somente quando Inah retornou que tudo começou a fazer sentido, criando um grande nó na minha mente que eu não conseguia desvendar.

Sem que ela percebesse, observei quando desbloqueou o celular e conferiu as notificações. Ao mudar de conta, fiquei atordoado ao ver meu nome, Sweetie, fixado como contato. Mais uma vez, ela mencionou que iria buscar mais pipocas. Assim que a perdi de vista, aproveitei a oportunidade e peguei seu celular, que estava desbloqueado. Foi nesse momento que confirmei meu número, nossas conversas e o grupo de leitores que eu havia ingressado para acompanhar suas histórias. Rapidamente, afastei o celular dela, colocando-o de volta em seu lugar, ainda nervoso, mas tentando me concentrar no momento e aproveitar sua companhia.

Após aquele dia, tudo começou a fazer sentido. Fiquei obcecado, revisando mensagem por mensagem e comparando com as que ela me enviava do seu contato pessoal. Era tudo tão semelhante, praticamente idêntico. Contudo, naquele momento, não sabia como reagir; não conseguia pensar em como abordar o assunto. O que eu deveria fazer? Chegar até ela e dizer: "Oi, sou o Sweetie. Pois é, trocamos mensagens o tempo todo, mesmo estando lado a lado"? Simplesmente não fazia sentido. Com o passar do tempo, Inah começou a se distanciar, deixando de responder minhas mensagens e demonstrando desinteresse quando eu tentava iniciar uma conversa. Sua transformação foi drástica. Tornou-se fria e sem expressão, evitando até mesmo interações no trabalho, alegando estar ocupada demais.

Entretanto, Strawberry começou a me enviar mensagens todos os dias, incessantemente. Às vezes, eu acabava não respondendo por estar realmente ocupado. Contudo, chegou um momento em que minha paciência se esgotou. Eu não sabia mais como lidar com a situação e, de certa forma, me acostumei com as mensagens dela. Apesar disso, ainda mantinha contato com Inah, o que aliviava um pouco minha preocupação. No entanto, comecei a notar um tom melancólico em seus tweets. Ela frequentemente expressava pensamentos depressivos e, sempre que tentava perguntar sobre isso, mudava de assunto.

Após ler aquele desabafo explícito, meu coração ficou apertado. Eu percebia que aquelas palavras eram direcionadas a mim, e a sensação foi como se uma faca tivesse sido cravada em meu peito, sem qualquer compaixão. Doeu profundamente saber que ela se sentia assim, pois eu desejava por ela com a mesma intensidade que parecia querer por mim.