Aria, uma herdeira rebelde que já deixou três noivos no altar, é pressionada pelo pai a se casar.
Em um encontro às cegas com Sylus, o CEO incrivelmente sexy de uma empresa de cosméticos, ele propõe um acordo: três encontros.
Se ela não gostar dele...
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Estou parada na porta de casa quando avisto Sylus saindo do carro com um buquê de tulipas vermelhas nas mãos. Sinceramente, estou começando a achar que ele não sabe comprar flores ou simplesmente escolhe as mesmas porque é mais fácil. Assim que me vê, franze o cenho e aperta os lábios, intrigado com a minha roupa.
Afinal, estou usando um vestido branco estilo princesa, longo até os pés, com um decote profundo em formato de coração, adornado com pedras brilhantes. O modelo é tomara que caia, e para completar, estou usando uma coroa dourada. Essa é a minha vestimenta para o nosso primeiro encontro.
Não vejo a hora de ele descobrir o lugar para onde vamos e, quem sabe, sair correndo depois de levar uma boa surra. Quando Sylus se aproxima, coloca a mão na boca, para bem à minha frente e respira fundo. Obviamente, está tentando segurar o riso.
- Princesa Aria - ele faz uma reverência -, eu vim te buscar para o nosso encontro, mas parece que cheguei muito atrasado. Estamos na Idade Contemporânea, não na Idade Média. - Ele solta uma risada.
Eu continuo encarando-o com raiva. Empurro a ecobag que estou segurando contra o peito dele e caminho em direção ao carro.
- Você vai precisar disso no nosso encontro hoje. - digo sem olhar para trás.
- E o que vamos fazer hoje? - ele pergunta, mas eu o ignoro.
Entro no veículo estacionado no jardim. Logo, ele toma o lugar ao meu lado e faz sinal para o motorista começar a dirigir. Ele me entrega as flores e me olha de um jeito meio esperançoso, como se quisesse fazer as pazes durante o trajeto até o nosso destino. Eu aceito as flores, sem muita empolgação.
- O que é isso? - Sylus pergunta, enquanto abre a ecobag e tira tudo de dentro.
Ele espalha pelo banco o traje de guerreiro, que mistura símbolos tribais e medievais. Uma roupa completamente diferente do terno cinza alinhado que ele está usando agora, claramente para manter a imagem de um homem de negócios dedicado.
- É a roupa que você vai usar hoje.
- Como eu visto isso? Por cima da minha roupa? - ele ergue uma sobrancelha, examinando o traje.
- Não, você vai ter que tirar a roupa. - sorrio, cínica. Ele me lança um olhar desconfiado. - Não pode reclamar, lembra? Eu escolho como será o nosso encontro.
Sylus volta a atenção para a roupa, suspira e concorda com a cabeça. Logo, começa a tirar o terno, seguido pela camisa, revelando o abdômen definido e os braços musculosos. Tento focar nas flores e no meu celular, mas é impossível não desviar o olhar para os músculos dele. Ele coloca o cinturão de couro sobre a calça preta, depois veste as tiras de couro nos ombros fortes. Esfrego uma coxa na outra por baixo do vestido quando o vejo se inclinar no banco e jogar a cabeça para trás.
Eu nunca andei a cavalo, mas confesso que não me importaria de aprender agora.
- Pode me ajudar com as fivelas? - ele pergunta, soltando um suspiro. - Não estou conseguindo fechar.
