Aria, uma herdeira rebelde que já deixou três noivos no altar, é pressionada pelo pai a se casar.
Em um encontro às cegas com Sylus, o CEO incrivelmente sexy de uma empresa de cosméticos, ele propõe um acordo: três encontros.
Se ela não gostar dele...
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Estou no banco de trás do carro com Deborah e Penélope, que estão na frente, discutindo quem vai escolher a próxima música. Enquanto isso, observo a barra de notificação subir com mais uma mensagem de Sylus, insistindo que quer me ver hoje. Eu tive que desmarcar nosso segundo encontro por causa do trabalho. Estou atravessando a cidade para ajudar um amigo a conseguir mais patrocinadores para a marca dele, mas Sylus só prestou atenção na parte em que desmarquei o encontro.
Será que ele está fazendo aquela carinha irritada?
Mordo o lábio ao lembrar dele gritando com o secretário porque apareci na sala dele só de lingerie. Não estava nos meus planos que as coisas terminassem daquele jeito, mas eu precisava provocar Sylus e fazê-lo se afastar.
Afinal, se ele acha que é fácil ter um relacionamento com uma modelo que está sempre posando de lingerie e viajando, ele está muito enganado. E eu nem quero que ele tenha a ilusão de que pode ter um relacionamento comigo.
Esperava que ele desistisse de mim depois de me ver apenas de lingerie, que me achasse completamente louca e percebesse que não tenho o perfil de esposa de um CEO milionário. Mas o rumo que aquela noite tomou me deixou completamente distraída, só conseguindo pensar na forma como a língua e os dedos dele me fizeram perder o controle. Passo as mãos pelos cabelos, jogando-os para trás, e respiro fundo para não me deixar levar por essas lembranças.
— Você ainda está pensando nele? — Deborah me desperta dos pensamentos.
Percebo que estou mordendo o lábio com mais força do que deveria, então me ajeito no banco de trás e guardo o celular no bolso para parar de olhar as mensagens de Sylus.
— Ainda não acredito que você fez aquilo! — Penélope diz, indignada, mas mantendo os olhos na estrada.
— Não fiz nada demais, só desfilei pelos corredores da empresa dele. — dou de ombros. — E não tinha ninguém lá, os funcionários já tinham ido embora. Só quis assustá-lo para ele desistir dessa ideia de casamento de uma vez por todas.
— E depois vocês "conversaram", né? — Deborah sorri, fazendo aspas com os dedos. — Penélope, ela chegou tarde em casa porque eles estavam "discutindo os detalhes do casamento". Acho que vamos ter que preparar o carro de fuga de novo. — ela ri.
Penélope e Deborah não concordaram com minha ideia de desfilar pelos corredores da empresa dele, mas eu sabia que não teria mais ninguém lá. E não poderia perder a chance de irritar Sylus. Aposto que ele nunca passou por algo assim. Na verdade, quando pesquisei sobre a vida dele, não encontrei quase nada, apenas matérias sobre o trabalho. Esse homem precisa de um namoro... desde que não seja comigo!
— Vocês sabem que ter um noivo ciumento na minha profissão é como dar um tiro no pé. Eles não entendem, e eu não sou do tipo que faz o que homem manda. — bufo, cruzando os braços.
— Noivo? — Penélope e Deborah falam ao mesmo tempo, rindo.
— Vocês entenderam! Parem de me zoar. — apoio os antebraços no banco da frente para me aproximar delas.
