Capítulo 6 - Armas que os unem

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"Esta missão durará um mês, não menos".

- Significa que estaremos invisíveis por um mês inteiro? Mudando a nossa identidade para o mundo enquanto vigiamos o filho de um senhor feudal.

Sakura ouvia Bela falar enquanto todos os quatro lançavam pedrinhas no rio que tinha próximo à pousada.

- Ao menos estamos mais confortáveis nesta missão. Estamos numa pousada e não a fazer acampamento. - disse Sakura, o seu olhar em transe no rio, após lançar uma pedrinha e esta bater numa rocha.

- Somos genin, não precisamos mudar o nosso nome para esta missão, apenas o sobrenome. Ninguém nos conhece. - o corvo lançou a sua pedrinha na sua forma sentada.

- Ser reconhecido pelo mundo todo torna-se mais difícil assim. - resmungou Naruto, atirando a sua pedrinha ao rio. - Como posso espalhar o nome Naruto Uzumaki pelo mundo sendo invisível?! - gritou ele, sentando-se bruscamente com os braços cruzados.

- Maa, maa... Acalmem-se. - Kakashi, que havia saído da pousada andava em direção aos três genin. - Esta missão é fácil. 

Pois sim... - pensaram os genin, olhando além de desacreditados para o sensei, que apenas sorriu.

- Yuto anda por poucos locais na aldeia. Vocês podem revezar entre si durante a vigilância.  Mas atenção, dois de vocês devem sempre manter os olhos bem atentos nele, ele nunca pode estar desacompanhado. Perceberam?

- Sim. - assentiram.

- Mas, Kakashi-sensei, há uma coisa que eu não entendo. Percebo que Yuto é uma figura política importante para o país e devemos vigiá-lo, mas então e se ele for atacado? Há alguém específico atrás dele? Algo que devamos saber de antemão? - Sakura perguntou. Antes prevenir do que remediar, a sua missão no país das Ondas serviu de lição suficiente.

- Até onde se sabe, Yuto não é alvo de criminosos. No entanto, a guarda pessoal dele quis assegurar-se que ele estivesse protegido, por essa razão nós fomos contratados. Yuto foi vítima de alguns acidentes recentemente, e neste mês ele fará parte de uma importante reunião entre a aristocracia. Ele deve ser mantido seguro até lá. É o bastante? - pergunta, novamente recebendo olhares conhecedores.

- Entendi agora. - notou Bela. - Afinal é mesmo uma missão como a de Tazuna, o que muda é a posição social a que a pessoa pertence.

Os seus colegas não puderam negar, numa vila ninja repleta de famílias poderosas e ricas, eles conheciam ou tinham noção do trabalho envolvido na política.

- Pode-se dizer que é parecido. - cedeu Kakashi, colocando as mãos nos bolsos das calças.

- Kakashi-sensei, Kakashi-sensei! - Naruto levantava a mão empolgadamente.

- Sim, Naruto?

- Quando vamos treinar com as armas que nos deste, sensei? São espantosas! - o menino saltou.

- O meu é um bastão preto. - comentou Bela, levantando-se do chão. - O bom é que eu gosto de bater nas pessoas. - terminou a menina com um sorriso sereno, antes de colocar as mãos atrás da cabeça, um gesto que ela compartilhava com o irmão.

- Hn, uma katana serve para mim. - o menino já havia se levantado. - Mas precisamos treinar com elas, Kakashi, antes de as podermos usar em batalha. - o menino olhou para o sensei, que sabia o que o seu aluno implicava. Um treino com as armas.

- Vamos treinar uns com os outros? Eu não acho que eu seria capaz de manusear aquelas armas em algum de vocês. - disse Sakura, antes de gritar para Naruto e Bela a brandir as armas uma contra a outra. - Parem com isso, seus inconsequentes! - com ambos os punhos, a rosada socou cada um dos queixos dos gêmeos, enviando-os para trás. - Opa... Foi mal. - desculpou-se Sakura, sorrindo com a língua de fora, envergonhada.  Um guandao e um bastão por pouco não caíram sobre a cabeça dos seus donos.

Flor de Cerejeira entre monstros (Sakura Haruno)Onde histórias criam vida. Descubra agora