Capítulo 7 - Filho da Presa Branca de Konoha

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Foi no memento em que o sol desapareceu completamente no horizonte, uma dezena de corpos caiu no chão. Foi inevitável, havia centenas de olhos a vigiar cada canto da tumba subterrânea, era necessário uma brecha. Um rasto de luz branca foi camuflada, um genjutsu havia sido lançado sobre a área atacada. Os corpos dos shinobi de Kusagakure foram escondidos e o cheiro de morte camuflado.

Foram três dias de viagem exaustivos com a equipa 7 até à cidade que Kakashi Hatake havia instruído aos seus alunos a permanecer. E foi na calada da noite que Kakashi vislumbrou os seus alunos exaustos a desmaiar sobre as camas e dormir na pousada confortável no país do Fogo, antes que ele partisse para o país da Relva.

O ato atroz do platinado era sangrento, mas antes das visões dos inimigos escurecerem e partirem desta vida, ele oferecia uma fração do brilho da lua ao cortar os seus corpos com cortes precisos.

Com cautela, porém com maestria, o filho da Presa Branca adentrou na tumba. Era um ponto crucial da missão. Sair daquele país com a herança de Uzushio e trazê-las para Konoha determinaria se uma guerra começaria entre os países. Caso os pergaminhos permanecessem muito mais tempo no País da Relva, o poder militar deles poderia aumentar, não era algo desejado por Konoha ou o País do Fogo.

O homem andava cautelosamente pela tumba, a sua visão não servia de muito naquela escuridão. A sua linhagem Hatake trar-lhe-ia a vantagem naquela missão. Com um corte no dedo, uma gota de sangue escorria segundos antes do platinado pousar a mão no chão. Oito cães apareceram

- Como planeado, malta. - sussurrou Kakashi, em postura de combate, as suas habilidades sensoriais em alerta.

Foi o que todos fizeram: Pakkun, Bull, Urushi, Shiba, Bisuke, Akino, Uhei e Guruko, todos os oito desempenhavam as suas funções, sendo a habilidade natural - rastrear. 

Quem falou primeiro foi Uhei.

- Chefe, o local não tem presença de humanos além de ti, mas tem todo um esquema de armadilhas.

- Incluindo nestas paredes. - acrescentou Bull, parado atrás de Kakashi, protegendo-o como uma muralha.

- Não conheço uma maneira de atravessar sem as ativar, os gatilhos são simples e diretos, eles irão ativar. - disse Akino, um cão com óculos escuros.

- No entanto, o principal é atravessar pouco a pouco. Comecemos por este corredor, em linha reta. - Pakkun sugeriu.

Shiba farejou o solo.

- Sinto bomba explosivas e os seus resquícios espalhados como correntes pelo chão e paredes, ele termina além. - Shiba apontou um local, local esse que a visão de Kakashi não permitia ver. - Oh, certo. Isso é um problema.

- Digam-me, quantos metros eu teria de atravessar para pousar em segurança. E mais, com o quê eu deveria esperar. - o platinado sussurrou, agachando-se e ficando na altura dos seus companheiros cães.

- Dez metros, no mínimo, ou senão corres o risco de alguma armadilha captar o teu movimento ou resquícios de chakra. Não noto nada preso entre as paredes, mas tem cuidado.

- Isso não é problema. Até já. - disse Kakashi, desfazendo a invocação.

Dez metros, apenas dez metros. - Kakashi decidiu. A mão do platinado deslizava para a sua bolsa de kunai na perna, prendendo nela uma pedrinha de chakra dele antes de lançá-la.

O pouso foi silencioso, os tempos de anbu fizeram-no melhorar como shinobi, embora os tempos sombrios. Na entrada da tumba, uma kunai pousara também no chão.

- Técnica de substituição. Clássico. - mais uma vez, Kakashi reabriu o corte que fizera momentos atrás e convocou novamente os seus companheiros caninos.

Flor de Cerejeira entre monstros (Sakura Haruno)Onde histórias criam vida. Descubra agora