Capítulo 40 - Maré de sorte

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Uma vitória seguiu-se à outra, uma roda de jogadores impressionados se juntaram às duas mulheres, uma cuja era a abençoada pela sorte. Sentada no banquinho do brinquedo do jogo, uma e outra vez o dinheiro saía da máquina em que ela apostava. Um saco inteiro transbordava de moedas ao seu lado, guardado pela sua companheira de viagens de cabelos curtos. Perante toda a exaltação ao seu redor, os olhos mel alaranjados da mulher frente à máquina se estreitavam, parecendo ser a sua expressão habitual, desde que ela não mudara durante todas a vezes que a máquina anunciava a sua vitória.

Consecutivas vitórias... Tenho um mau pressentimento em relação a isto. - a mulher loira, rondando os seus vinte anos, pensou.

- Shizune, vamos. - quando a mulher se levantou, os olhos ao redor se arregalaram para ela, no entanto, foram de imediato para a máquina, que a havia feito ganhar um bom dinheiro.

A mulher de cabelos curtos castanhos, aparentemente Shizune, reagiu em tempo recorde e pegou tanto no porquinho quanto no grande saco de moedas, como se não pesassem mais que uma pena, e saiu porta fora atrás da mulher que a chamou.

O que a loira teve de sorte, aquela cidade tinha de azar, pois no momento em que ambas decidiram ir passear pelos jardins do muito antigo castelo da cidade, há muito desabitado, ele desabou, levando a atenção das duas para a poeira que se levantava com a demolição. Shizune estava incrédula, por outro lado, a loira tinha um nome em mente. Demorou longos e tranquilos passos da loira para se encontrar com o homem que tinha em suspeita.

- Já faz muito tempo, não é, Orochimaru?

Frente a frente, mestres e discípulos se olhavam. Kabuto frente a Tsunade, e Shizune frente a Orochimaru, apesar da distância entre ele, não era o suficiente para a segurança de ambas as partes.

- Procurei muito por ti. - o seu antigo companheiro falou, o suor cobria-lhe o rosto contorcido de dor mascarada.

- O que queres comigo agora? Não vieste para relembrarmos o passado, vieste? - a loira foi direta ao assunto, algo que Orochimaru também fez em seguida.

- Na verdade, vim pedir-te um pequeno favor.

E Orochimaru tinha razões para acreditar nas habilidades da sua ex-companheira de equipa, pois o olhar da mesma inspecionou-o tão naturalmente quanto ele se lembrava há muitos anos atrás.

Os seu batimentos estão acelerados. Pelo seu rosto, parece estar com muita febre. A fatiga é constante. Além disso, aqueles braços devem ter sido o centro de tudo isso... - apenas com um olhar de longe, a mulher analisou-o e reparou em sintomas do homem.

- Senhora Tsunade... - ao lado de Orochimaru, Kabuto, com a bandana da aldeia do som, pronunciou-se. - A senhora já deve ter entendido tudo. - eles estavam na sombra do muro que rodeara o castelo uma vez.

- Vão procurar outro. - a resposta de Tsunade não tardou em vir. - Eu desisti da medicina.

- Não podemos. - Kabuto insistiu. A esta altura, a capacidade de Orochimaru ser capaz de falar naquela condição estava a ser julgada pelas duas mulheres do outro lado. - A senhora entende a gravidade desta ferida. Ninguém pode curar estes braços. Mas a conhecida como especialista em medicina, uma dos quatro ninjas lendários, Princesa Tsunade... A senhora pode.

- Esses braços... não são simples ferimentos. - a mulher afirmou, olhando para os braços enfaixados de Orochimaru. A sua mão tremia constantemente, e Tsunade notava isso como parte do diagnóstico do seu antigo companheiro.

Foi um jutsu específico, ou algo assim? Orochimaru possui conhecimentos médicos... A "ferida" é de um nível que ele não pode curar? - Tsunade pensava, olhando os dois na sua frente.

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