Victor analisava todos aqueles presentes, eram coloridos demais e com certeza chatos demais.
Pouco a pouco ele mudava todos os presentes, desenhando caras assustadoras, moldando. Seu presentes era peculiares e amedrontadores.
-Ha ha ha - Victor ria como um louco - Isso vai ficar perfeito, o toque final será dado na véspera do natal, ninguém esperará por isso.
Enquanto Victor cuidava da fábrica, ou melhor dizendo, destruía o natal. Belém lia as cartas das crianças e seus pedidos, analisando a longa lista de bonzinhos e maus do papai Noel.
-Como o papai faz tudo isso? - Belém se jogou para trás na cadeira.
-Ele usa magia - Veneficus riu enquanto mexia com uma colher o seu chá.
Belém se endireitou na cadeira e o encarou furiosa.
-Podemos usar a magia aqui?!
-Claro que podem, se não seu pai e sua mãe não dariam conta de tudo - O doende ria enquanto balançava a cabeça por dizer algo tão obvio.
Belém se preparou e começou a usar sua magia natalina, seus poderes eram mais fortes em dezembro, quanto mais crianças acreditassem e esperassem pelo natal, mais poderosos os Noel ficavam.
As cartas foram sendo lidas e carimbadas, as cartas dos bonzinhos com carimbo verde e os malvados com carimbo vermelho. Todas as cartas foram finalizadas. Belém estava exausta, mesmo que a magia houvesse lhe ajudado.
-Onde coloco as cartas dos malvados - Perguntou Belém.
-Naquela caixa - Venficus apontou para uma caixa de presente que era toda cinza com um laço preto.
Belém jogou as cartas e voltou ao seu trabalho, teria que cuidar das renas, muito trabalho haveria de ser feito.
Os dias foram se passando e a véspera de natal chegou.
Victor se esforçava cada vez mais para deixar o natal mais assustador. Colocando crânios em caixas, boneco de panos com agulhas, tudo que uma criança ficaria traumatizada.
-Senhor Victor, o senhor tem certeza que estas são as ordens da Belém Noel? - Um doende lhe perguntou enquanto tremia de medo, atrás dele estavam outros doendes que também estava amendrontados.
-Claro que sim, Belém deseja que o natal seja o novo Halloween, confiem em mim, vai dar certo - Victor sorria enquanto entalhava mais uma abóbora - Agora continuem com os embrulhos o natal será daqui algumas horas.
Quando tudo estava finalmente pronto, Victor bateu palmas e gargalhou.
-Finalmente, o natal finalmente será perfeito - Após dizer estas palavras, ele apontou para os presentes e lançou um feitiço transformou todos aqueles embrulhos em criaturas vivas, que começaram a atacar os doendes e destruir toda a fábrica.
Victor gargalhava com sua criação.
-Mas o que está acontecendo aqui? - Belém gritou com os olhos marejados de lágrimas.
-Não é lindo? - Victor dizia com orgulho - O natal está mais divertido.
-Minha santa rena - Veneficus encarava toda aquela destruição com as mãos na boca.
Belém não sentia forças em suas pernas, e caiu em tremenda tristeza e raiva. O natal estava destruído, tudo que ela amava estava destruído. Victor percebeu que sua esposa chorava no chão.
-Belém - Ele se sentia arrependido? - Eu... eu... só
-Destruiu o natal - Ela sussurou.
-O que?
-Destruiu o natal - Ela gritou enquanto se levantava e avançava contra o marido - Acabou com tudo, meus doendes estão feridos, minha fábrica arruinada, você acabou com tudo. Todos estavam certos você é um monstro e não é confiável. Onde eu estava com a cabeça?
Belém correu para o andar de baixo para ajudar os feridos contra aqueles presentes monstruosos. Ela usou sua magia e fez com que os presentes voltassem a ser inanimados.
-Garoto - Veneficus falou com os olhos cheio de lágrimas - Se você soubesse o quanto aquela menina gosta de você e o quanto ela confiou em você, não teria feito tudo isso. O natal é mais que só presentes, é família, é amor...
Antes que Victor pudesse responder, o doende havia ido embora.
-O que eu fiz? - Victor encarava toda a destruição que causou e toda a dor visível que causara à sua esposa.
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Os reinos: Natal e Halloween
Teen FictionE se o rei do natal anunciasse que estaria oferecendo a mão de sua filha em casamento. E se o príncipe do Hallowen se casasse com ela. Os reinos se juntam em um casamento aterrozantemente natalino.