• 01 •

2 0 0
                                    


Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Seis meses depois...

Um grupo de crianças brincava alegremente no parque central da cidade, uma grande área bem no coração de Mendraria, com piso de paralelepípedos e um pequeno lago no meio, bancos de ferro ao redor, além de arbustos e canteiros de flores. Era animado, independente da hora em que você passasse por lá.

As barracas de comida ficavam abertas até tarde da noite, com seus muitos aromas diferentes e convidativos chamando as pessoas; o relacionamento dos cidadãos era muito próximo, como se todos fizessem parte da mesma família.

― Será que nos tratarão assim algum dia? ― Ace pergunta, curvado sobre o balcão da sua recém-inaugurada confeitaria.

― Talvez... Se a gente comparar com quando chegamos aqui, até que não somos tão odiados assim... ― Moon riu.

― Acho que eles nos temem mais do que nos odeiam... ― Ace suspira. ― Aproveitando que estamos com pouco movimento... e que já se passou um tempinho desde os acontecimentos catastróficos de Berkshire... Eu queria te perguntar algumas coisas...

― Até que você demorou, hein...

Ace balança a cabeça, rindo.

― Lá no Hotel Atlantis, quando você tentou aquela magia para encontrar o Hux e o Caelan... O que você viu sobre o Caelan?

Moon abaixa a cabeça e começa a brincar com as mãos no colo.

― Eu não o vi. Mas ele me viu, de alguma maneira... E ele tentou me tirar a força... A marca no meu pescoço provavelmente foi o anel que ele usa me machucando...

― Um anel?

― Sim, com um símbolo estranho, até... Mas isso não é nada demais...

― Ok... ― Ace assente e caminha para onde ela está sentada. ― Como você tem estado? Tem sentido alguma... faísca dos seus poderes?

Moon morde o lábio, suspira e tira o casaco, mostrando suas mãos, braços, pescoço.

― As crianças me acham legal por que acham que isso é uma tatuagem... Eu tenho acordado com os olhos completamente negros... Eu sinto meus poderes voltando, mas eles estão... diferentes.

― Então, talvez, a Patricia estivesse certa... ― Ace comenta. ― Noira não era um demônio, mas uma parte de você.

― É... Mas não sei se isso é uma coisa boa...

Eles olham para fora, para o parque, e observam as crianças brincando. De vez em quando, alguma parava em frente a confeitaria e acenava para os bruxos; Ace e Moon podiam ser temidos pelos adultos, mas eram adorados pelas crianças.

― Tem outra coisa... Não é exatamente uma pergunta... ou talvez seja... ― Ace cruza os braços. ― Você não sentiu nada de diferente no Gray quando o trouxe de volta?

Fios do Destino • O despertar das sombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora