• 09 •

0 0 0
                                    


Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Gunner parou na porta da casa do Ace, observando Griffin; o corpo do homem se balançando desajeitadamente enquanto tentava pegar mais uma lata de cerveja. O olhar de Gunner viajava entre ele e Gus, que não parecia nem um pouco interessado em ajudá-lo. Ace tinha deixado bem claro que estava exausto de lidar com as confusões emocionais dos irmãos Bexley e não queria se envolver.

Suspirando, Gunner andou com um movimento pesado. O clima da noite estava fresco, mas a tensão na varanda era palpável, como se o ar estivesse carregado com tudo o que não havia sido dito. Griffin estava claramente embriagado, com a cabeça baixa e os ombros caídos. Seus cabelos escuros bagunçados estavam colados ao rosto suado, e ele mal conseguia ficar em pé.

"Você não vai aguentar assim a noite toda, Griffin...", Gunner pensou, caminhando até ele.

Ao se aproximar, Gunner o puxou suavemente pelo braço, mas Griffin, no estado em que estava, tropeçou e quase caiu no chão. Gunner o segurou com um rápido reflexo, amparando o peso do corpo maior. Ele sentiu o cheiro forte da bebida que exalava, misturado ao seu cheiro que sempre parecia se destacar no meio de tudo.

— Griffin, vamos... Você precisa deitar. — Gunner falou com a voz baixa, tentando ser firme, mas, ao mesmo tempo, gentil.

Sabia que forçar ele só o deixaria mais resistente.

Griffin olhou para ele com os olhos semi-abertos, um sorriso fraco, quase triste, surgindo em seus lábios.

— Desculpa... eu... não devia beber assim. — a voz arrastada de Griffin era carregada de algo além da embriaguez. Havia um tom de dor, misturado com o que parecia ser vergonha.

Gunner engoliu em seco, sentindo um aperto no peito. Ver Griffin assim, tão vulnerável e desarmado, mexia com ele de um jeito que não estava pronto para lidar. Ele sempre soube que Griffin era do tipo durão, mas por trás disso havia uma fragilidade que raramente deixava transparecer.

— Vamos só... te levar pra cabana, ok? — Gunner respondeu calmamente, segurando Griffin com mais firmeza.

Com dificuldade, Gunner colocou o braço de Griffin em volta do seu ombro, suportando o peso maior do companheiro. Enquanto caminhavam, Gunner podia sentir o calor do corpo de Griffin contra o seu, o toque de sua pele sendo algo desconcertante, apesar de todo o desconforto da situação.

A caminhada até a cabana parecia durar uma eternidade, especialmente com Griffin tropeçando a cada dois passos, murmurando palavras desconexas.

— Eu... — Griffin começou, a voz falhando um pouco. — Eu não sou... bom pra você. Não sou o cara que você... merece.

Gunner parou por um momento, surpreso pelas palavras que ouviu. Olhou de lado, tentando encontrar o olhar de Griffin, mas ele mantinha a cabeça baixa, como se tivesse vergonha do que estava dizendo.

Fios do Destino • O despertar das sombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora