chapter eighty

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O Azevedo nunca torturou ninguém batendo, os métodos do desgraçado sempre são outros.
A agulha de vacinação na mão dele deixava isso bem claro. — vai querer provar daquilo?

Caveira: e.eu não sei d.do que tu ta f.falando...

Costa: não sabe? Não era você na porra daquele vídeo?

Caveira: n.não... — o Victorio deu risada e largou o cara no chão.

Costa: faz teu trabalho, Azevedo — o Azevedo pegou um potinho pequeno e encheu a agulha de vacinação com todo o líquido amarelado.

Caveira: cês tão e.errando nesse b.bagulho

Costa: eu to errando em não ter te matado ainda, filho da puta!
Costa: mas tu vai abrir a porra do bico e vai falar!

Caveira: e.eu não sei d.do qu..e tu ta f.falando

Costa: quando aquilo ali entrar no teu sangue tu vai saber — ele se ajeitou na cadeira e ficou esperando o trabalho do Azevedo.

Azevedo: eu tenho duas opções — falou sorrindo, com duas agulhas na mão. Uma com um líquido amarelo e a outra com um líquido meio cinza. — escolhe uma, meu nego.

Costa: a direita — a agulha com o bagulho acinzentado.

Azevedo: vai doer um pouquinho — o cara se debateu tentando escapar, mas o Arthur segurou ele na posição.
O Azevedo aplicou a injeção na coxa dele e deixou fazer o efeito.
Aquela porra era éter, e causa uma dor do caralho. É um bagulho absurdo, que eu não sabia nem da existência, mas o Azevedo descobriu e nunca mais parou de usar.

O caveira gritou pra caralho, xingou, se debateu... Mas nada disso abalou o Costa.
Ele é um menino bonzinho, mas traição ele não aceita de jeito nenhum, nao importa a situação ou o sentido. O Victorio não aceita traição.

Azevedo: vai abrir o bico, ou quer mais uma?

Caveira: e.ele... ele me pagou... — o Azevedo acertou soco no rosto dele.

Azevedo: eu sei muito bem que ele te pagou, porra! Eu pasei a semana inteira vendo os vídeos das negociações de vocês.
Azevedo: eu sei detalhe por detalhe do que ele fez. Não me vem com resposta óbvia.

Felipe: que isso, pretinho... Calma — ele me encarou puto. Até parecia que ia me bater também.

Azevedo: eu tô com fome, nego
Azevedo: esse porra sabe que vai morrer e nao joga logo as cartas na mesa — eu dei risada, negando com a cabeça, e ele voltou pro foco dele.

Enquanto ele e o Arthur judiavam do cara buscando informações, eu fui pra perto do Costa.
Abaixei do lado da cadeira e dei um toque nele.

Costa: hum?

Felipe: tua nega tá por aí?

Costa: não sei — respondeu sem tirar o foco da tortura que tava rolando bem na nossa frente.
Costa: acho que ela só vem mais tarde

Felipe: se liga com ela

Costa: ela aprontou? — dessa vez ele me olhou e deixou a tortura de lado.

Felipe: não, pô
Felipe: a bibi não é dessas

Costa: qual foi do aviso então?

Felipe: passei no puteiro pra pegar uma grana da lavagem hoje e ouvi uns papo sobre ela

Costa: tão ameaçando ela de novo?

Felipe: hunrum
Felipe: falaram de um baile aí, e que vão arrancar o mega dela .

Costa: pra começar que nem mega ela usa. Aquele cabelo é todinho dela
Costa: e se eu souber de nega querendo mexer com ela, eu vou tacar fogo naquele cabaré — eu dei risada, mas não duvido que ele realmente faça isso.
O Victorio é maluco.

Mulher Do Chefe | 1º temporada (Em andamento)Onde histórias criam vida. Descubra agora