Prostituta Morta

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Na noite sombria da cidade nua,

Ela caminha, passos leves, sozinha,

A lua pálida observa a rua,

Enquanto seu medo se faz vizinha.

O vestido rasgado, a alma cansada,

Cada esquina é um suspiro aflito.

Ela sente na sombra uma ameaça calada,

Um vulto que segue, cruel, infinito.

Os olhos, outrora cheios de sonhos,

Agora só brilham com a dor e o pranto.

E o assobio do vento, feroz e tristonho,

Parece ser o grito do seu desencanto.

Ela corre, sem rumo, sem fuga certa,

Sabendo que a escuridão é sua prisão.

Mas o assassino, na sombra, desperta,

Rondando como a própria solidão.

Seu corpo já foi moeda, seu sorriso falso,

Um artifício para sobreviver.

Agora, apenas deseja o descanso,

Escapar da morte que pode prever.

E quando a noite enfim a engole,

Seu último suspiro se funde ao ar.

Na cidade que tudo consome,

Ela, só mais uma, vai se apagar.

Os meus poemas criados com orgulhoOnde histórias criam vida. Descubra agora