— Nate, você vai matá-lo! Nate!! — Nora gritou com todas as suas forças, puxando Nate pelos braços, tentando afastá-lo de cima de Altan.
Os olhos de Nate estavam cheios de fúria, os punhos socando implacavelmente o rosto de Altan que, mesmo caído no chão e com o rosto ensanguentado, não parecia se importar. Ele sorria, aquele sorriso sarcástico que só atiçava mais a raiva de Nate. Hazel, do outro lado, observava a cena, tirando proveito do caos, sem mover um músculo para intervir.
— Pegar a minha mulher? Você é louco, seu bastardo de merda, eu vou te matar! — Nate gritou, o ódio em sua voz fazendo ecoar pelo ambiente enquanto seu punho se chocava contra Altan, que mal tentava se defender.
Mesmo com o rosto coberto de sangue, Altan apenas riu, uma risada despreocupada que fez meu estômago revirar. Ele olhou para Nate, seus olhos cheios de provocação.
— Sua mulher? — Altan murmurou entre dentes, sua voz carregada de deboche. — Não foi bem isso que fiquei sabendo quando ela... bom, você sabe.
A provocação fez Nate perder o último resquício de controle que ainda tinha. Seus olhos brilharam de ódio puro.
— Caralho!! Eu vou te matar, Hayes! — Ele rugiu, sua ira tão evidente que podia ser sentida a quilômetros de distância.
O grito de Nora ecoou, desesperado, enquanto ela lutava para afastar Nate.
— Giselle!! Me ajuda, eles vão acabar se matando! — A voz dela era tão ensurdecedora que senti o impacto mesmo à distância, como se pudesse sentir o medo que ela estava sentindo.
Por um instante, hesitei, mas não demorei muito para me mover. Corri em direção ao tumulto, mas, mesmo assim, éramos apenas garotas. Não sabíamos exatamente como lidar com dois caras furiosos e fora de controle. Antes que eu pudesse reagir, Nate, cego de raiva, acabou socando Nora sem perceber. Ela caiu para trás, seu corpo colidindo com o chão com um baque forte. O sangue que escorria do nariz dela foi o suficiente para fazer Nate parar, finalmente saindo de cima de Altan.
Altan, mesmo todo machucado, ainda mantinha aquele sorriso sádico estampado no rosto. Como se tivesse vencido de alguma forma.
— Nora... merda, desculpa! Não foi minha intenção, eu juro! — Nate murmurou, a voz cheia de culpa enquanto seus olhos claros refletiam o arrependimento imediato.
Nora se levantou, pressionando o nariz ensanguentado, a dor visível em seu rosto, mas o que ela sentia mais forte naquele momento era a raiva.
— Eu disse pra você parar, caralho, Nate! Olha o que você fez! Meu nariz! Se os adultos descobrem o que aconteceu aqui, estamos ferrados! — Ela gritou, sua indignação ecoando em cada palavra.
Nate olhou para Altan com puro desprezo, e eu sabia que ele ainda estava à beira de explodir de novo.
— Porra, isso é culpa sua, seu merda! — Nate gritou, sua voz rouca de ódio, mas seus olhos estavam fixos em mim enquanto eu ajudava Altan a se levantar. — Não devia estar ajudando um babaca desses, Ella.
Minha paciência finalmente se esgotou. Eu me virei, fuzilando Nate com um olhar carregado de raiva.
— Cala a boca, Nate! Você já fez merda o suficiente, não acha? — Gritei, minha voz cortante. — Leva a Nora pra casa e cuida do estrago que você fez nela. Vou tentar entreter o resto das pessoas aqui, porque você quase afundou a porra da festa inteira!
Nate hesitou por um momento, a culpa misturada com a raiva ainda evidente em seu rosto, mas ele sabia que eu estava certa. Sem dizer mais nada, ele ajudou Nora a se levantar e saiu com ela, deixando para trás um rastro de tensão e caos.
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LAWLESS NIGHT
Ficção AdolescenteEm uma cidade marcada pelo brilho e pela riqueza, um grupo de adolescentes privilegiados vive em um mundo onde as regras são apenas sugestões. Eles se reúnem a cada ano para a "Lawless Night", uma festa clandestina repleta de excessos, segredos e vi...