NIGHTCALL- KAVINSKY

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LYRAE SANTOYO

Chegamos a um antigo galpão abandonado. A estrutura parece deserta, mas sabemos que Santoyo está lá dentro. Nos movemos com cautela, verificando cada canto antes de entrar.
Dentro do galpão, encontramos um cenário desolador. Equipamentos abandonados, caixas vazias e um silêncio inquietante. Mas então, ouvimos um som fraco vindo de uma sala nos fundos. Nos aproximamos com cuidado, prontos para qualquer coisa.

Ao abrir a porta, encontramos as crianças assustadas, mas ilesas. Elas estão amarradas, mas conseguimos libertá-las rapidamente. A gratidão em seus olhos nos dá forças para continuar.

— Precisamos tirá-las daqui — digo a Ricardo. — Mas primeiro, temos que garantir que Santoyo não possa continuar com seus planos.

De repente, ouvimos passos atrás de nós. Um homem aparece, com um sorriso frio no rosto.

— Vocês realmente acham que podem me parar? — ele diz, com desdém. — Eu sempre tenho um plano de contingência. O ar estava tenso, carregado de uma expectativa sombria enquanto eu e Ricardo nos posicionávamos, prontos para o confronto final. As sombras ao nosso redor se agitaram, e os capangas do homem surgiram como predadores, cada um com um olhar ameaçador e músculos tensos, prontos para atacar.

 Assim que o primeiro capanga avançou, um sorriso malicioso nos lábios, eu reagi em um instante. Com um movimento rápido, desviei de seu golpe e acertei um soco direto no seu queixo, fazendo-o cambalear para trás. Ricardo estava ao meu lado, desferindo chutes ágeis que derrubavam os adversários um a um. O barulho da luta ecoava pelas paredes, cada golpe ressoando como um trovão em uma tempestade.

Com um giro habilidoso, um capanga se aproximou pelas costas de Ricardo, mas antes que pudesse atacá-lo, eu o agarrei pelo braço, puxando-o para o chão com força. Os corpos se acumulavam ao nosso redor, mas não havia tempo para parar. O homem que nos desafiava estava ali, mais perto do que nunca, seus olhos transbordando raiva e desespero. Em meio à batalha intensa, vi o homem tentar se afastar, buscando uma saída para escapar. Mas eu não deixaria isso acontecer. 

Com um impulso, corri em sua direção, utilizando cada grama de força e determinação. Ele hesitou, mas logo percebi que não tinha mais tempo. Antes que pudesse alcançar a saída, joguei-me à frente, bloqueando seu caminho com um movimento firme.

— Não vai a lugar nenhum — Declarei, olhando nos olhos dele. Ricardo se juntou a mim, e juntos formamos uma barreira intransponível. Era a hora da verdade; a batalha final se aproximava — Acabou, Santoyo — digo, com frieza. — Você não vai mais machucar ninguém. Mas então, algo me chama a atenção. O homem à minha frente não é Santoyo. É Gomez, seu comparsa. A raiva e a frustração me invadem, mas mantenho a calma.— Onde está meu... digo Santoyo? — exijo, aproximando-me de Gomez. Ele ri, um som frio e sem emoção.

— Você nunca vai encontrá-lo — diz ele, com desdém. Eu me aproximo mais, minha expressão impassível.

— Você tem duas opções, Gomez — digo, minha voz fria como gelo. — Falar agora e talvez ter uma chance de sobreviver, ou manter essa atitude e garantir sua morte. Gomez hesita, mas mantém o sorriso arrogante.

— Você não vai me matar — ele desafia. — Você precisa de mim. 

Sem perder a compostura, saco minha arma e aponto para ele.— Você está errado — respondo, com uma calma mortal. — Eu não preciso de você. Só preciso das informações que você tem.

REDENÇÃO EM SOMBRASWhere stories live. Discover now