BAD GUY - BILLIE EILISH

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LYRAE SANTOYO

Trago mais uma vez o cigarro que há em meus dedos. Estou só aguardando o momento adequado para que eu consiga agir conforme planejei. 

Vejo Alonso Cortez ir em direção ao lavabo, logo atras dele dois seguranças beirando seus dois metros de altura a frente da porta de entrada aguardando o mesmo. Já se passaram cinco minutos e o desgraçado ainda não saiu do banheiro, meu plano não esta de acordo com o que planejei e isso me deixa irritada.

Salto de cima do banco e vou em direção onde meu alvo esta, mas tenho que improvisar e distrair os grandões na entrada. Meus saltos ecoam pelo corredor do Hotel chamando a atenção dos brutamontes em pé que olham em minha direção com total atenção. O clima tranquilo entre os seguranças durou pouco. Assim que percebi que um deles estava relaxando, agi rápido. A brecha era estreita, mas eu sabia que não teria outra chance.

Num movimento ágil, saltei para trás, derrubando uma das plantas ornamentais perto da entrada. O barulho fez o segurança mais próximo se virar imediatamente, e, antes que ele pudesse reagir, desferi um golpe certeiro em sua garganta. Ele cambaleou para trás, sem ar, e eu o empurrei contra a parede, desarmando-o com um movimento rápido.

O outro segurança puxou a arma, mas eu já estava em movimento. Rolei para o lado, desviando da primeira bala, que atravessou a parede do corredor, estilhaçando um espelho. As pessoas começaram a gritar, mas minha mente estava focada. Lancei-me na direção do segundo segurança, desferindo um chute em seu joelho, forçando-o a cair. Sua arma deslizou pelo chão, e antes que ele pudesse se levantar, dei um soco firme em sua têmpora. 

Ele caiu desacordado.

O primeiro segurança, embora ainda se recuperando, tentou se recompor. Antes que ele pudesse se erguer por completo, puxei a pistola que havia retirado dele e apontei diretamente para o seu peito.

— Fique no chão — murmurei, com um olhar gelado, enquanto o deixava imóvel, ainda ofegante. Agora, com os dois neutralizados, olhei para a porta do lavabo. Sabia que Alonso Cortez estava ali dentro, e cada segundo contava. A adrenalina pulsava, mas eu não poderia perder o controle agora. Enquanto isso, meu coração acelera. Aproveito a distração para me mover com agilidade em direção ao lavabo, mas sem perder a postura de alguém que pertence ali. Abro a porta com cautela, respirando fundo. A missão está em andamento, e não posso falhar agora. Assim que entro no lavabo, o cheiro de desinfetante me envolve. O espaço é pequeno e mal iluminado, mas consigo ver Alonso Cortez em um dos lavatórios, com a gravata desgrenhada e a expressão tensa. 

Ele me olha surpreso, mas antes que eu possa dizer algo, escuto os passos pesados dos seguranças se aproximando.

A atmosfera está tensa quando me aproximo de Alonso. Ele está com as costas contra a parede, seus olhos cheios de desconfiança. Decido que não posso mais esperar.

— Eu estou aqui para te ajudar, Alonso! — digo, mas ele não parece acreditar. Ele dá um passo em minha direção, e antes que eu possa reagir, ele tenta me empurrar para longe. Em um movimento rápido, desvio para o lado e agacho, sentindo a pressão de seu empurrão passar acima de mim. A adrenalina começa a fluir, e a necessidade de mostrar que sou mais do que apenas palavras me invade.

— Não tente me subestimar! — grito, enquanto me levanto rapidamente e puxo um golpe direto para seu torso.

Alonso consegue se desviar, mas sinto a resistência quando meu punho atinge seu ombro. Ele se desequilibra, mas logo se recupera, preparando-se para contra-atacar. Em um movimento rápido, ele tenta um soco, mas consigo bloquear a maioria da força. O impacto ecoa na minha mão, mas não me deixo abalar.

REDENÇÃO EM SOMBRASWhere stories live. Discover now