𝙲𝙰𝙿Í𝚃𝚄𝙻𝙾:01

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Flashback On

— Você, Jonathan Calleri, aceita Luana Martínez como sua esposa? — perguntou o juiz.

— Aceito — respondeu Jonathan, com um sorriso enorme no rosto.

— E você, Luana Martínez, aceita Jonathan Calleri como seu marido? — o juiz se voltou para mim.

— Aceito — falei, sorrindo.

— Em nome da lei, eu vos declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva — disse o juiz, finalizando a cerimônia.

Jonathan me olhou com ternura e, sorrindo, finalmente me beijou. Agora estávamos oficialmente casados! Os convidados se levantaram em aplausos, comemorando conosco aquele momento único.

— Flashback Off —

Mais um dia que passo relembrando aquele que foi o momento mais incrível da minha vida: o dia em que me uni ao homem que eu acreditava ser o meu "para sempre". Jonathan e eu nos conhecemos há muitos anos, graças a amigos em comum. Durante um bom tempo, éramos apenas amigos.

Até que, um dia, ele se declarou para mim, confessando que não conseguia mais esconder os sentimentos. E então, eu o beijei. Daí em diante, tudo aconteceu rápido: começamos a namorar e logo nos casamos.

Atualmente, Jonathan joga pelo São Paulo. Sempre o apoiei durante os anos em que nos conhecemos. Não sou torcedora fanática, mas sempre estive presente nos jogos dos times em que ele jogou. Agora, estou na cozinha de casa, preparando o meu café da manhã, enquanto Jonathan, já pronto para o treino, aparece.

— Bom dia — ele diz, pegando um copo d’água.

— Bom dia — respondo.

— Tô indo treinar — ele anuncia.

— Não vai tomar café comigo? De novo? — pergunto, tentando esconder a frustração.

— Não estou com fome. E não me espere para o jantar — ele responde casualmente.

— Por quê? — pergunto, já sabendo a resposta.

— Vou sair com os amigos — ele diz, evitando contato visual.

— De novo? Já é a terceira vez só essa semana — retruco, não conseguindo disfarçar meu descontentamento.

— Lua, por favor. Eu não quero discutir — ele diz, bufando, impaciente.

— Tudo bem, vá. Afinal, você se comporta como se fosse solteiro mesmo — reviro os olhos.

— Para com isso, que chatice — ele retruca, irritado.

— Chatice? Você está me deixando sozinha mais uma vez para sair e beber com seus amigos — meu tom fica mais firme.

— Luana, não enche. Eu tô sem paciência para as suas implicâncias — ele responde, claramente irritado.

As lágrimas começam a escorrer pelo meu rosto, e eu sinto o peso de tudo o que está acontecendo.

— Eu estou cansada disso, Jonathan. Cansada — minha voz sai trêmula, enquanto enxugo as lágrimas com a mão.

Ele se aproxima, tentando me consolar, segurando meu rosto com delicadeza.

— Não chora, por favor, mi amor — ele diz, tentando acalmar a situação.

— Como você acha que eu me sinto sabendo que meu marido prefere passar o tempo com os amigos do que comigo? — digo, afastando sua mão do meu rosto.

𝚁𝚄𝙿𝚃𝚄𝚁𝙰 | 𝗝𝗼𝗻𝗮𝘁𝗵𝗮𝗻 𝗖𝗮𝗹𝗹𝗲𝗿𝗶Onde histórias criam vida. Descubra agora