Semideuses - SanSangGi

𝟎𝟖| ᖴᗩᗰÍᒪIᗩ

Yeosang bateu na porta do chalé, e não demorou muito para que o filho de Apollo a abrisse e o puxasse para um abraço apertado, ignorando completamente as roupas molhadas no corpo do mais velho, apenas queria sentir a proteção dos braços fortes e das palavras baixas ditas em seu ouvido.

— Tudo bem, Woonie… Está tudo bem, hum?— Yeosang afastou o mais novo, segurando o rosto bonito entre as mãos e analisando cada detalhe nele.— Você está bem?

— Sim.. Mas eu estou preocupado…

— Mingi disse que ele machucou você.— Wooyoung negou, sorrindo pequeno.

— Não foi nada demais, hyung, não machucou de verdade. Mas, Hongjoong pode acabar machucando ele se você não entrar lá agora.

Yeosang permaneceu encarando os olhos escuros do outro por um tempo, queria ter certeza de que aquelas palavras eram verdadeiras. E quando constatou a veracidade delas, assentiu com um suspiro baixo.

— Tudo bem… Fique aqui, eu volto logo.

— Hyung.

— Sim?

— Mingi está bem?— Jung perguntou genuinamente preocupado com o amigo, Mingi havia saído do chalé visivelmente abalado com o que viu, ele claramente estava com medo.

— Está. San está cuidando dele, não se preocupe, Woo, não aconteceu nada.

Wooyoung assentiu, um pouco mais aliviado ao escutar aquelas palavras. Yeosang deixou um pequeno sorriso correr seus lábios na intenção de levar calmaria para o menor, antes de se virar e seguir na direção do quarto do moreno, onde tinha absoluta certeza que encontraria Seonghwa.

Não estava errado. Ao chegar em frente a porta avistou o Park ajoelhado aos pés de Hongjoong, as lágrimas molhavam o rosto delicado e dor transbordava dos olhos escuros. Yeosang comprimiu os lábios, Kim encarava Seonghwa com tristeza, ele claramente não queria estar subjugando seu namorado daquela forma, mas, aparentemente, não teve outra escolha.

— Desculpa, Hwa… Mas eu precisava te manter parado.— Park abaixou a cabeça, soluçando alto.

— D-Desculpe, eu não queria ter feito tudo isso, e-eu… M-Me perdoa…

— Com licença.

Hongjoong desviou o olhar para a porta, um enorme suspiro aliviado escapou-lhe e então foi até Yeosang, o abraçando por alguns segundos. Kang retribuiu o ato, mantendo os olhos focados na imagem destruída do Park á frente, um enorme aperto tomando conta de seu peito.

— Que bom que veio.— Hongjoong se afastou, sorrindo pequeno.— Acho que ele precisa de você.

— Vou conversar com ele.

— Qualquer coisa, vamos estar na sala.

Yeosang balançou a cabeça sutilmente, assistindo o mais velho se retirar em silêncio. Seonghwa ergueu a cabeça, fitando o filho de Perséfone por longos segundos, Kang foi o primeiro a se mover, indo até o maior e se ajoelhando em sua frente para o abraçar. Forte, protetor.

Seonghwa desabou mais uma vez, deixando que lágrimas grossas molhassem suas bochechas e soluços altos cortassem sua garganta. Yeosang fechou os olhos, sentia-os marejados, mas não podia chorar agora, Seonghwa precisava de si.

— Shh… Calma, Hwa, precisa ficar calmo.

— E-Ela morreu, Sang, e-ele deixou ela morrer!

Yeosang travou no lugar, sabia perfeitamente bem a quem o mais velho estava se referindo, afinal, Seonghwa não tinha muitas pessoas para falar em sua vida, apenas uma, a mais importante: sua mãe.