07.

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Dhully 🌺

Ontem o dia foi péssimo, ficamos com aquele embuste do Gênio atrás da gente, parecendo um doido. Ainda teve coragem de comer da nossa comida e ainda ir comprar roupa com Davi.

É pra me fuder mesmo.

Leandra: Menina, aí ontem quando eu fui transar com ele, o bofe era péssimo! Deus me livre, típico de playboy, por isso que eu não arrumo esses trastes, serve pra nada. Eu gosto de agressão, socadão no útero. — eu caio na gargalhada. Leandra tava me contando sobre o bofe que ela ficou ontem, enquanto a gente ia andando até o bronze.

Dhully: Agora se viesse um bandido, portando um fuzil nas costas e um tadinho na cintura, tu iria amar, né garota? — coloco o meu cabelo para o lado.

Leandra: Claro, amo demais! — bate palmas animada. Vamos andando, até chegar no local onde iríamos fazer o bronze. É aqui no morro mesmo, sempre venho fazer com Leandra, já que Talita odeia pegar sol.

Ficamos esperando dar a nossa hora de ser o atendidas, até a mulher chamar a gente. O biquíni de fita é feito em nossos corpos e logo vamos deitar nas cadeiras para pegar sol.

Três horas depois, no sol das duas horas da tarde, estávamos saindo do lugar.

Leandra: Bora almoçar lá em casa. — me convida.

Dhully: Tua mãe fez o almoço? — olho para o meu braço que estava bronzeado. Minha marquinha ficou a coisa mais linda, sou acostumada a fazer desde sempre, não largo mais.

Leandra: Tá em casa hoje, aí ela fez o almoço, mas o meu padrasto foi trabalhar, aí vai ser só eu e ela.

Dhully: Vamos. — e não demora muito para chegarmos na casa dela. Entro junto a ela e já sou recebida pela a cachorra de Leandra, quem vem pulando até mim — Oi, menininha. — sorriu, me agachando para fazer carinha na cachorrinha de porte pequeno e peluda.

Leandra: Deixa ela, Betina. — coloca a bolsa em cima da mesa — Mãe? — chama por ela, que logo aparece.

Márcia: Fala garota. — aparece com o pano de prato nos ombros — Dhully, meu amor! — vem até mim e me dá um abraço — Tu sumiu, menina. Mais nunca eu te vi nesse morro!

Dhully: Ai tia, tava tão ocupada, acredita? Fiz 18 anos e a senhora sabe como é, né? Pressão na minha mente pra eu decidir o que eu quero pra minha vida. — ela concorda.

Márcia: Pelo menos você pensa no que vai fazer agora que terminou a escola, né? Já essa minha filha, só quer saber de curtir agora que tá de maior. — gargalho, colocando a minha bolsa em cima do braço do sofá.

Leandra: Sempre sobra pra coitada da Leandra. — começa o drama — Ai, mãe. Já te disse mil vezes, quero ser bancada e de preferência por um velho rico.

Márcia: Tu me respeita em garota, olha as coisas que tu fala, tu ainda tá falando com a porra da tua mãe. — começo a rir dessas duas. — Agora vem vocês duas almoçar, ficam nesse sol quente, tem que se alimentar.

Dhully: Tô doida pra provar do seu almoço de novo, tia. Tava na maior saudade. — vou caminhando com elas até a cozinha. Me junto a Leandra colocando o meu almoço no prato e me sento para comer, junto ao refrigerante.

[...]

Passei a tarde toda conversando com tia Márcia e Leandra. Fofocamos sobre tudo desse morro, só faltou Talita para repreender tudo que Leandra falava junto de tia Márcia. Desde pequena sempre fui muito próximas das meninas, fizemos amizade da escola e também daqui do morro, morávamos perto uma da outra e desde lá, não nos desgrudamos mais. Aqui não existe qualquer tipo de inveja ou algo assim, essas são unha amigas de verdade.

Eu vou subindo para casa, olhando as estrelas que tinham no céu. Já se passavam das oito da noite, acabou que eu me empolguei e passei muito tempo lá.

Dhully: Fumando um baseado, né? Transando na onda... — canto a música, enquanto entro no beco que corta o caminho para a minha casa. Estava cansada demais para subir escadaria, então resolvi cortar caminho pelo o beco. Apesar de não parecer, sol cansa.

Eu começo a andar pelo o beco escuro, sentindo algo atrás de mim. Olho para trás, não vendo ninguém e então respiro fundo, sentindo o meu coração acelerar e minhas mãos soarem. Eu ainda sentia alguém atrás de mim e apressei meus passos.

Escuto passos se aproximarem de mim e uma mão vim de encontro ao meu braço. Abro a boca para gritar, mas a pessoa põe a mão e minha boca, me impedindo de falar. Sou empresada na parede e continuo com os olhos fechados, não conseguia reagir.

Mente Milionária [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora