06.

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Dhully 🌺

Sinto alguém se mexer na cama e abro os olhos, vendo Daphne dormir com os braços passados pela a minha cintura tranquilamente. Só seu lado, dormia Davi, todo jogado.

Hoje dormi com os meus pequenos. Quando já era a noite, botei os dois pra dentro de casa e mandei eles pro banho. Depois eles vieram pra minha cama, coloquei um filme e a gente acabou dormindo todos juntinhos.

Meu irmão são a minha vida, de verdade. Eu não sei o que seria de mim sem eles, são meu refúgio de paz. Tiram a minha paciência pra caralho, mas eu não largo! Nunca!

Daphne abre os e me olha com o sorriso lindo dela. Ela era a cara da mãe, já Davi, a cara do pai. A garota diferente de mim, tinha os seus cabelos lisos naturais, na eu, era mais falsificado que tudo.

Na verdade, meu cabelo é cacheado do comprimento para baixo e eu apenas faço uma progressiva para deixar ele escorrido. Já Davi, tinha o seu cabelo meio ondulado, igual ao do pai.

Dhully: Bom dia, amor. — ela se espreguiça, ficando por cima do meu corpo.

Daphne: Bom dia. — fala sonolenta — Que horas são, Anne? — pego o meu celular de baixo do travesseiro e vejo o horário.

Dhully: Quase meio dia. — passo a mão pelo o cabelo dela. Desde pequena ela tem mania de me chamar de Anne, já virou costume — Vai acordar o teu irmão. — ela sai de cima de mim, indo pra cima de Davi, que logo resmunga, empurrando ela.

Davi: Me deixa dormir, pô. — coloca o travesseiro no rosto.

Dhully: Se você acordar agora, a gente vai pro shopping. — parecia até uma mágica, porque o garoto levantou da cama quase correndo — Calma, garoto.

Davi: Bora logo, pô.

Dhully: Não, primeiro os dois vão escovar os dentes, comer, tomar banho e a gente vai. — os dois sai correndo do quarto e eu nego com cabeça, me levantando também. Vou a banheiro e depois desço para a cozinha, vendo Raquel preparando o almoço — Bom dia.

Raquel: Bom dia, amor. — sorrir para mim — As crianças já acordaram?

Dhully: Já sim, mandei os dois escovarem os dentes pra comer. — ela concorda — Vou levar eles pro shopping hoje.

Raquel: Ainda bem, hoje vou sair e não queria levar eles.

Dedé: Só vão com algum segurança. — entra na cozinha.

Dhully: Ai, pai. — resmungo — A gente só vai no shopping, que mal poderia acontecer?

Dedé: As vezes parece que tu não sabe de quem é filha. — abre a geladeira pegando a jarra de suco — Vou mandar alguém levar vocês de carro e ficar seguindo vocês lá dentro.

Dhully: Falo mais nada. — só escuto os gritos dos meus irmãos entrarem na cozinha.

Daphne: Papai! — pula no colo dele, que pega ela no colo e dá um beijo na bochecha dela — Eu dormir com Anne, pai. Eu e Davi.

Dedé: Foi mermo? — ela concorda. Velho safado, aproveitou essa promoção pra passar a madrugada toda transado. Deus me livre.

Davi: Nós vai da uma voltinha no shopping, pai. — senta do meu lado — Sabe como é, né? Vou passar logo na loja do mengão, comprar umas camisas.

Raquel: Fala direito, Davi. — reclama com ele — Isso tudo é culpa do teu pai que ensina essas merda pra tu.

Dedé: Eu? — se faz de sonso — Qual foi, amor? Faço nada? — anda em direção dela com Daphne no colo e segura no rosto dela, despejando um selinho nos lábios dela. Muito meu casal mesmo.

Daphne: Eca! Que nojo! — faz cara de nojo.

Dedé: Isso mermo, fica achando nojento até os teus 30 anos. — coloca ela no chão.

Eu amo tanto minha família assim, reunida, são a minha base. O amor do meu pai por Raquel é nítido, ela teve que dar uns puxões de orelha pra ele tomar jeito, mas quando ela fez isso, parecia que ele ia entrar em uma depressão sem ela. Ele tomou jeito de verdade, depois disso, nunca ouvi histórias sobre traição e nem nada. Ele priorizou a família.

Raquel também não é tão velha, tem apenas 30 anos, novinha, novinha.

[...]

Termino de fazer a última trança embutida em Daphne e penteio o resto do cabelo escorrido. Ela pediu duas tranças embutidas na frente do cabelo. Seu cabelo batia na altura do peito. Ela lindo.

Dhully: Pronto, vamo descer, que já vai dar três horas da tarde. — ela levanta e vai andando. Desço ao seu lado, vendo Davi sentado ao lado da mãe e o meu pai, ao lado de Raquel — Ele já chegou? — pergunto ao meu pai.

Dedé: Mandei ele vim agora. — concordo, logo escutando uma buzina de carro — Chegou.

Dhully: Vamo. — chamo os dois, que vai andando — Tchau, beijo. Mais tarde volto. — me despeço.

Passo pela porta, fazendo com os seguranças e ando em direção a BMW branca, de vidro fumê. Bato no vidro e ele destranca a porta, abro e olho pra quem iria dirigir.

Daphne: Gênio! — grita animada, entrando dentro do carro.

Gênio: Fala tu, princesa. — abre a boca dele e eu continuo calada. Eu pensava que seria qualquer um, menos ele. Sinceramente. Eu me preparo para entrar no carro, mas paro assim que ele abre a boca — Na frente, Dhullyanne. — ergo a sobrancelha.

Dhully: E porque? — pergunto sem entender.

Gênio: Não sou uber não, pra tá levando passageiro atrás. — eu acabo rindo — Não tô achando graça. — eu reviro os olhos e fecho a porta, abrindo a da frente e entrando, inalando o seu perfume forte e cheiroso.

Dhully: Não é uber, mas trabalha pro meu pai. Então o que ele quiser que tu seja, será. — sorrio fraco para ele, que tira o olha da frente e me olha. Que homem gostoso, puta que pariu — Tão com cinto, vocês? — me viro para trás. A tensão sexual que é deu agora, é pra fuder.

Davi: Já colocamo, pô. Já mandei essa criança colocar já.

Daphne: Criança é você! — e começa a discursão. Reviro os olhos e pego o meu celular, vendo Gênio dar partida com o carro.

Eu fico calada o caminho todo, enquanto ele vai falando com Davi e com Daphne.

Assim que chegamos, Gênio estaciona o carro e eu desço com as crianças. Logo ele desliga o carro e também desce. Reviro os olhos sabendo que irá ser uma tarde cheia de emoções.

Mente Milionária [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora