04.

1.1K 131 11
                                        

Gênio 🧞‍♂️

Levo o baseado até a boca e dou um trago, soltando a fumaça pro lado. Arrumo minha postura na cadeira, vendo que estavam todos os catar reunidos aqui, conversando com Dedé.

Chatão isso. Tava aqui eu, Zumbi e Ph trocando um papo maneirinho com ele, tanto que foi ele que chamou nós. Mas aí já vem os babado ovo do caralho, pra ficar babando ovo do chefe.

Era nítido o quanto Raquel tava desconfortável com essa situação.

Raquel: Tua mulher não veio por que, Gênio? — olho para ela, enquanto levo o baseado até os lábios.

Gênio: Ela viajou pra casa da mãe. — omito a verdade. Não estava mentindo, o que aconteceu foi que nós brigou e eu mandei ela pra casa da mãe dela, lá em Niterói. Vai ficar umas semanas lá, pra repensar uns bagulho. Raquel apenas concorda e eu viro meu corpo pro lado, olhando para o movimento.

Meu olhar para em Dhullyanne, que dançava pagode junto da dona Nalva e das suas duas amigas. Leandra e Talita.

Eu olho para como ela dançava e não consigo desviar por nenhum segundo. Ela usava um vestido azul, que modelava o seu corpo todo, mostrando a beleza de corpo que ela tem, com um decote nos peitos. Era lindo o jeito que a sua cintura era fina e quando chegava no seu quadril, era largo. Linda pra caralho, pô. O seu cabelão preto, hoje estava enrolado nas pontas. Um tipo de sandália de amarração no pé pequeno.

E os olhos.

Os olhos que tanto chamavam atenção nos cílios que ela colocava.

Olhar de cigana.

Neguinho encarava ela na tora mermo, sem se preocupar que o pai dela, que é a porra do dono do morro tá aqui.

Eu resolvi não falar com ela, quero evitar ao máximo essa garota. E eu sei que se eu falasse com ela, seria capaz dela soltar alguma gracinha na frente do pai dela. E pode ter certeza que esse bagulho não iria dar bom.

Mas é impossível, quando parece que algo te puxa, te puxa tanto, que tu acaba caindo na tentação de olhar. Como se fosse um ímã.

Dhullyanne passa o seu olhar pelo o local e finalmente, bate em mim. Quando ela vê que eu já estava olhando, ela pisca pra mim e sorrir convencida, eu solto a fumaça do baseado e ela volta a dançar com as suas amigas e a sua vó.

Filha da puta.

Tiro o meu olhar dela e volto a olha pra o conversado de merda que faça rolando. Raquel apenas fala algo no ouvido dele e levanta do colo de Dedé, andando em direção a sua sogra e sua enteada.

Ph: Porra, tá foda aqui. — olho para ele, que sussurra isso ao meu lado. Eu concordo com a cabeça e volto a levar o baseado até os lábios.

Zumbi: Tô quase dormindo, papo reto. — suspira, se levantando da cadeira — Vou chegar numa novinha ali. — arruma a roupa no corpo e eu fico calado.

Ph: Fé. — se despede — Vem cá. — olho para ele — Aquila Talita tá bonita pra caralho, tá não? — olho para a direção que ele olhava, mas nem olho pra Talita, olho para quem mais chamava atenção no meio das cinco mulheres que estavam ali, dançando e se divertindo.

Mente Milionária [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora