Dia da mudança

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O dia em que Buck finalmente se mudaria para a casa de Eddie e Christopher chegou ensolarado, com uma leve brisa que balançava as folhas das árvores. O clima estava perfeito, como se até a natureza estivesse comemorando essa nova fase. Buck acordou cedo, o coração acelerado e a mente cheia de pensamentos sobre como seria viver com Eddie e Christopher. Ele já havia passado muitas noites naquela casa, mas dessa vez seria diferente. Agora ele estava se mudando de verdade, formando uma família com as duas pessoas que mais amava.

Logo pela manhã, Eddie apareceu na porta do apartamento de Buck, sorrindo, mas claramente escondendo um nervosismo similar ao de Buck. Sabiam o quanto aquele momento era importante para ambos.

— Pronto para a grande mudança? — Eddie perguntou, encostado no batente da porta enquanto Buck empacotava os últimos itens.

— Pronto? Eu estou mais do que pronto. — Buck respondeu com um sorriso largo, tentando disfarçar a ansiedade que fazia suas mãos tremerem ligeiramente.

— Isso é bom, porque eu não estou seguro de que estamos prontos para o caos que você vai trazer. — Eddie brincou, piscando para Buck.

Os dois riram e continuaram a empacotar as últimas coisas. Em questão de minutos, as caixas estavam carregadas no caminhão que Eddie havia alugado, e eles estavam a caminho da casa.

Christopher, que estava com Carla pela manhã, chegou logo depois, sua bengala nas mãos e um sorriso radiante no rosto ao ver Buck descarregando as caixas. Ele se aproximou, ansioso para dar as boas-vindas a Buck na casa.

— Bucky! Agora você vai morar com a gente de verdade! — Christopher exclamou, sua felicidade quase palpável.

Buck se abaixou, se aproximando de Christopher com um grande sorriso. A alegria no rosto do garoto enchia seu coração.

— É isso mesmo, amigo! E você está feliz com isso? — Buck perguntou, mesmo já sabendo a resposta.

— Claro! Agora vai ser ainda mais legal. Vamos poder jogar juntos, e você vai me ajudar a fazer minhas tarefas! — Christopher respondeu, rindo.

Eddie, observando a cena, sorriu com ternura. Ver a conexão entre Buck e seu filho o fazia sentir que tudo estava no lugar certo.

— Parece que ele está mais empolgado do que nós dois juntos. — Eddie comentou, colocando a mão no ombro de Buck.

— Eu também estou animado, para ser sincero. É como se eu estivesse esperando por isso a vida toda, — Buck respondeu, a emoção transparecendo em sua voz.

Dentro da casa, o ambiente era leve e descontraído. As caixas de Buck foram organizadas com calma, e eles se revezavam entre arrumar as coisas e brincar com Christopher. O garoto, apesar de precisar de mais tempo e cuidado por conta de sua mobilidade, insistia em ajudar da maneira que podia. Buck e Eddie riam enquanto desembrulhavam objetos, enchendo a casa com uma nova energia.

As fotos de Buck, Eddie e Christopher logo ocuparam espaços de destaque pela sala e pelos corredores. Em pouco tempo, tudo parecia fazer sentido. Mesmo as pequenas provocações sobre a organização da casa traziam risadas.

— Você vai precisar de mais espaço no armário do que imagina, — Eddie brincou enquanto colocava algumas roupas de Buck no quarto.

— E você vai precisar aprender a cozinhar melhor se quiser que eu sobreviva, — Buck retrucou, rindo. — Não é possível que eu continue comendo só macarrão e ovos mexidos.

Eddie fez uma careta dramática e levantou as mãos. — Ei, eu faço um macarrão decente! E meu ovo mexido é... aceitável.

— Ah, claro! Vamos ver quem vai ser o chefe da cozinha agora que eu estou aqui, — Buck respondeu, piscando para Eddie, enquanto Christopher ria.

— Cariño, você já era!

Logo depois, decidiram fazer uma pausa para almoçar. Em vez de insistir em cozinhar, como Buck já imaginava que não daria certo, eles optaram por pedir comida. Estenderam uma toalha no quintal e decidiram fazer um "piquenique improvisado" enquanto esperavam a entrega.

— Pronto para o piquenique? — Buck perguntou, olhando para Christopher com carinho.

— Prontíssimo! Agora com os dois melhores pais do mundo! — Christopher respondeu, olhando para Buck e Eddie com um sorriso que fazia qualquer trabalho valer a pena.

— Então, Buck, — Eddie começou, entre uma mordida e outra do lanche que tinham pedido,

— como é finalmente estar morando com a gente?

Buck olhou ao redor, observando a casa que agora seria seu lar e a família que ele sempre sonhou em ter. Ele sorriu, o coração cheio de felicidade.

— É surreal, sabe? Eu esperei tanto por isso, mas agora que está acontecendo, parece que tudo faz sentido. Eu nunca estive tão feliz.

— A gente também, — Eddie respondeu, estendendo a mão para segurar a de Buck, seus olhos refletindo a mesma alegria.

Christopher observava os dois, sorrindo de orelha a orelha. Era óbvio que ele estava tão feliz quanto os adultos, se não mais.

Quando a tarde chegou ao fim, Buck e Eddie estavam praticamente acabando de organizar tudo. Christopher, com seu entusiasmo contagiante, sugeriu que assistissem a um filme juntos para fechar o dia. A sala ainda estava cheia de caixas, mas isso não impediu que eles se acomodassem no sofá, com Christopher aninhado entre os dois, aproveitando o conforto daquela nova rotina que começava a se formar.

Enquanto assistiam ao filme, Eddie cochilava ao lado de Buck, e Christopher, já sonolento, deitou a cabeça no colo de Buck. Olhando para o filho de Eddie, Buck sentiu um calor no peito. Era ali que ele pertencia, ao lado de Eddie e Christopher. Eles não eram perfeitos, mas eram exatamente o que ele sempre quis: uma família.

E assim, naquele momento simples e aconchegante, entre risos, provocações e um filme assistido com a companhia dos dois amores da sua vida, Buck teve a certeza de que o melhor ainda estava por vir.

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