Como to desgostosa pra escrever, vou postar meus rascunhos para não deixar vocês sem ter o que ler meu.
Avisos: Essa história é EXTREMAMENTE problemática. O relacionamento de ambas é abusivo lato sensu.
A dinâmica é basicamente sociopata x psicopata, naturalmente não no diagnóstico em si, mas na versão romantizada da literatura. Elas se machucam, elas se manipulam, e afins, então se você, uma gatinha indefesa, possui gatilho com essas coisas, vá ler minhas outras histórias e deixe essa aqui.
É um AU bem doidinho que talvez não vá para frente, então aproveitem junto comigo.
[...]
A sala de interrogatório era fria e impessoal, como uma jaula. A luz dura do teto iluminava o espaço com uma intensidade opressiva, projetando sombras pesadas nas paredes de concreto cinza. Andrea estava sentada em uma cadeira de metal, as mãos algemadas para trás. Observava o ambiente com desinteresse, e um sorriso sutil brincava em seus lábios. As algemas e o local não a incomodavam. Ela estava além de tudo aquilo.
À sua frente, a psiquiatra — uma mulher de expressão austera, com cabelos grisalhos presos em um coque severo — analisava cada gesto da prisioneira. Andrea Sachs não era uma criminosa comum. Não havia sinais de remorso, tampouco arrependimento. Parecia indiferente. Como um animal selvagem, domesticado apenas na aparência, mantendo a ferocidade latente sob controle.
A psiquiatra suspirou, pousando a caneta no bloco de anotações antes de iniciar.
— Andrea — ela começou, sua voz calma, mas firme. — Você sabe por que está aqui, certo?
A morena ergueu uma sobrancelha, o leve sorriso permanecendo em seus lábios, como se a pergunta fosse banal. Ela olhou brevemente para a psiquiatra antes de desviar o olhar para a parede, quase entediada com o que estava acontecendo.
— Você matou três pessoas — a psiquiatra continuou, o tom ainda neutro. — De forma bastante violenta. E deixou outras duas em estado crítico. Esses atos não foram impulsivos. Você os planejou, o que é incomum para a sua natureza. — A psiquiatra inclinou-se levemente, esperando alguma reação de Andrea.
Mas Andrea apenas sorriu, seus olhos brilhando com um toque de desdém.
— Elas estavam no caminho — A morena respondeu suavemente. Aquela calma era perturbadora.
A psiquiatra anotou algo em seu caderno, estudando Andrea. Essa ausência de emoção era típica de sociopatas, mas havia algo mais. Andrea não parecia ter agido por raiva descontrolada, como deveria ser. Aquele ato fora executado de maneira metódica, calculista. E havia um motivo claro: Miranda Priestly.
— No caminho de quem? — a psiquiatra perguntou, tentando puxar mais informações. Ela já sabia a resposta, mas queria ouvir diretamente de Andrea.
A garota virou a cabeça lentamente para olhar para a psiquiatra, o sorriso crescendo levemente.
— De Miranda, ora. De quem mais?
A psiquiatra sabia que Miranda Priestly era o centro de tudo. O nome dela já havia surgido repetidas vezes nos relatórios. Mas o que a intrigava era a natureza exata dessa devoção. Andrea não estava apenas protegendo Miranda por obrigação. Era algo mais profundo.
— Então você matou essas pessoas... para proteger Miranda?
A morena soltou uma risada curta e fria, como se a pergunta fosse infantil.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Mean to be mine
Lãng mạnMiranda Priestly pensava estar condenada ao tédio, até que vislumbrou o caos do outro lado da rua. "Ela era bruta, sim, mas havia uma beleza naquilo, um potencial que poucos reconheceriam. Eu, porém, soube no momento que a vi. Andrea Sachs era minh...