Capítulo 15

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Notar o que eu sinto por Jimin não me apavorou como eu pensei que faria. Sendo sincero, até mesmo me ajudou a aproveitar melhor o nosso encontro. Eu sorri ainda mais, gostei da carícia de seus dígitos no dorso da minha mão, apreciei os elogios galantes e adorei escorar a bochecha em seu ombro dentro da roda-gigante.

A nossa vibe é especial, e o nosso encaixe em cada detalhe é simplesmente perfeito.

Na hora de ir embora, estava tarde, e eu convidei Jimin para dormir comigo sob a desculpa de que não queria encerrar nossa noite. Ele disse que adoraria e que queria muito dormir novamente sentindo o meu cheiro, e minhas costas contra seu peito também.

E agora eu estou finalizando meu banho e sentindo que tudo dentro de mim vibra em paz, em harmonia. Taehyung quase surtou com minha mensagem e eu só fui ouvir seus áudios quando entrei no banheiro e tranquei a porta, rindo feito um bobo por sua voz tão feliz por algo que diretamente sequer o atinge. Acho que isso é o que realmente significa uma amizade, no fim das contas.

Ao terminar de secar meu corpo, eu admiro a tatuagem exposta em minha pele e um largo sorriso me escapa uma vez mais. A arte ficou linda, ainda mais que o esperado, e eu estou ansioso para deixá-la a mostra para outra pessoa. Sim, para Jimin.

Observando a pomada que preciso passar e lembrando que Jimin já tomou o seu banho enquanto eu arrumava a cama, eu visto o meu pijama e saio de dentro do banheiro.

— Ji, você pode me ajudar com uma coisa? — Pergunto um pouco tímido, vendo-o prontamente assentir. — É que eu fiz uma coisa hoje...

— O que você fez? — Ele me olha curioso.

— Uma tatuagem. — Respondo, ainda mais envergonhado. — E preciso passar essa pomada, será que você pode passar para mim?

Jimin parece extasiado, mas não sei se é por saber que fiz uma tatuagem, por não saber onde foi feita ou por perceber que vai tocar em meu corpo. Qualquer que seja a sua razão, eu acho sua feição engraçada.

— Onde? Qual? Quando? Eu quero ver. — Ele dispara a dizer.

E eu, muito mais leve e sem o constrangimento inicial, acabo rindo antes de me sentar na cama. Novamente não deixo espaço para constrangimento quando tiro minha blusa do pijama, porque sei que Jimin é cuidadoso e respeitoso e que não há a menor chance de segundas intenções aqui e agora. Ele teve outras oportunidades, muito mais propícias, e não fez absolutamente nada.

A minha tatuagem em questão é um ramo de flores de cerejeira, bem rosadinhas como o meu cabelo. Ela se inicia no centro do peito, mas as flores em si são mais acima, cobrem o lado esquerdo do peito, a clavícula do mesmo lado e vão até atrás do ombro.

Jimin fica em silêncio ao observar cada detalhe e desliza seus dígitos por minha pele sem tocar diretamente nela, não sei se querendo evitar algum desconforto em mim, mas cada toque é bem vindo e eu adoro receber.

— Acho que não há desenho que combine mais com você. — Ele diz, então, pegando a pomada da minha mão. — Porque para mim você é justamente a personificação de uma flor de cerejeira.

Um sorriso ainda mais largo me escapa e eu apenas olho para minhas próprias pernas, tentando fingir que não estou tão abalado quanto de fato me encontro, mesmo sabendo que é totalmente em vão.

Acredito que, percebendo isso, Jimin se ajoelha na cama atrás de mim, e antes de passar o creme em cima da arte em meu braço, ele deposita um beijo demorado em minha bochecha e outro na nunca, arrepiando minha pele todinha.

— Tão cheiroso... — Ele sussurra. — Eu amei a sua tatuagem, docinho.

— Esse apelido é tenebroso. — Implico. — Tenho certeza de que você pode encontrar algo melhor que isso.

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⏰ Última atualização: Oct 06 ⏰

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Pink Luv | jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora