VI - Sem sucesso

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Olívia saiu de seu quarto com um objetivo claro: confrontar Sofia. A lembrança do papel que havia discretamente retirado da diretoria durante o interrogatório ainda estava fresca em sua mente. O endereço anotado, agora mais do que nunca, parecia uma pista crucial. Determinada e nervosa, ela caminhou até o táxi, cada passo aumentando sua ansiedade. O som do motor do táxi parecia marcar o ritmo acelerado de seu coração enquanto a mansão dos Clawford se aproximava, imponente e iluminada, uma fortaleza de opulência.

Ao chegar à mansão, Olívia tocou o interfone. A voz protocolar do outro lado solicitou seu nome e o motivo da visita. Com um tom impaciente, Olívia informou que precisava falar com Sofia. Após uma breve espera, a porta se abriu com um som metálico e ressoante. Um empregado indicou que Sofia estava a caminho.

O hall de entrada era vasto e elegante, mas não oferecia consolo emocional. O ambiente luxuoso parecia intensificar a desconexão entre Olívia e o problema que ela estava prestes a enfrentar. O som dos passos de Sofia descendo as escadas ecoou pelo espaço, cada passo aumentando a tensão no ar.

Sofia, com seus cabelos rosa e um olhar de desdém, desceu as escadas com uma graça calculada. Ao avistar Olívia, um sorriso de desprezo se formou em seus lábios.

— O que está fazendo aqui? — perguntou Sofia, a voz cortante e fria, acentuando ainda mais a tensão entre elas.

Olívia, sentindo o peso do desprezo de Sofia, tentou manter a compostura, apesar da leve tremura em sua voz.

— Eu... preciso conversar com você — respondeu Olívia, a urgência em seu tom evidenciando a importância do assunto.

Sofia revirou os olhos, o gesto desvalorizando completamente o que Olívia tinha a dizer.

— Precisava vir à minha casa? — a desconsideração na voz de Sofia era palpável.

— É um assunto sério! — insistiu Olívia, sua voz se tornando mais firme, tentando transmitir a gravidade da situação.

Sofia, embora ainda visivelmente irritada, suspirou e fez um gesto para Olívia seguir.

— Está bem, vem até meu quarto.

As duas subiram as escadas, a cada degrau a tensão entre elas parecia crescer. O ambiente ao redor, com a opulência da mansão, parecia um contraste cruel com o conflito que estava prestes a se desenrolar. O som dos passos no piso de mármore era o único som que quebrava o silêncio carregado.

Quando chegaram ao quarto de Sofia, Olívia foi recebida por uma visão de luxo e extravagância. O quarto era vasto, com móveis de design sofisticado e uma decoração que exalava riqueza e status. As paredes adornadas com obras de arte caras e a luz suave das lâmpadas criavam um ambiente de tranquilidade falsa. Olívia se sentiu ainda mais deslocada, sua preocupação e frustração acentuadas pelo luxo ao seu redor.

Sofia, acomodada em uma poltrona elegante, parecia confortável e imperturbável. Olívia, de pé e com a postura rígida, manteve o olhar fixo em Sofia. O silêncio entre elas era carregado de tensão, enquanto Olívia se preparava para revelar a razão de sua visita.

— E então? O que queria falar? — Sofia perguntou, sua voz soando mais cansada do que interessada.

— Hoje de manhã, passou na TV que meu ex-namorado foi encontrado morto. Ele foi assassinado com oito facadas. Sabe quem mais morreu assim? A Chloe. Ou seja, o assassino provavelmente está de volta — explicou Olívia, sua voz tensa e suas mãos apertando o encosto da poltrona.

𝐄𝐮 𝐬𝐞𝐢 𝐪𝐮𝐞 𝐯𝐨𝐜𝐞̂ 𝐭𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐦𝐨𝐭𝐢𝐯𝐨𝐬 - 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 1Onde histórias criam vida. Descubra agora