Matheus sempre levou uma vida despreocupada no México, saindo com várias mulheres e alternando entre pequenos trabalhos. Um dia, uma mulher bate à sua porta e lhe deixa um bebê, implorando pra ele ficar com ela. Apesar da surpresa inicial, Matheus s...
Com o coração pesado, subi para o meu quarto naquela noite. A ideia de deixar New Orleans estava me consumindo. Eu precisava de um tempo, uma pausa para clarear minha mente. Então, sentei-me à mesa e comecei a escrever.
Querida Mamãe,
Estou escrevendo esta carta para te informar que vou viajar por um tempo. Preciso de umtempo sozinha para pensar e entender o que realmente quero. Não se preocupe comigo; logo voltarei. O amor que temos como família é inquebrantável, e isso nunca mudará.
Por favor, cuide de Hope e de si mesma enquanto estou fora. Eu sinto que preciso descobrir quem sou sem o peso das decisões que me cercam. Não é fácil para mim, mas espero que você entenda.
Amo você.
Com todo meu amor,
Alysson.
QUEBRA DE TEMPO
Levantei-me da cama sentindo o peso de tudo que havia acontecido. Meu corpo estava cansado, minha mente exausta, mas o meu coração... Ah, ele parecia ser o mais pesado de todos. Como o que começou com promessas silenciosas, olhares carregados de significados e toques sutis, terminou com tanto vazio? Mas eu não podia mais voltar atrás. Voltei a encarar o espelho, observando meu reflexo inchado pelas lágrimas, e uma raiva surda começou a crescer dentro de mim. Não raiva de Klaus, não raiva de Caroline, mas de mim mesma. Como eu pude me permitir ser colocada nesta posição? Como pude acreditar que, em algum lugar dentro daquele homem, eu seria mais do que apenas uma opção? Sabia que precisava sair da mansão, sabia que precisava me afastar de tudo. Mas também sabia que, no fundo, uma parte de mim estava desesperada para que Klaus viesse atrás de mim, me pedisse para ficar, me dissesse que eu era tudo o que ele queria. Que eu era suficiente. Uma parte irracional de mim ainda o amava, e essa parte ainda esperava. Quando o sol começou a despontar no horizonte, iluminando o céu, decidi que não podia mais esperar. Estava no limite, e se ficasse mais um segundo ali, essa dor acabaria me consumindo por completo. Tomo um banho que apelidei de banho da coragem, troco de roupa pegando algo leve.
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Por um momento exitei. Mas precisava fazer isso. A cada minuto que passava, a ideia de ir embora parecia mais real, mais definitiva. De repente, ouvi passos no corredor. Meu coração acelerou, como se pressentisse quem era. Minhas mãos pararam na alça da mala. Eu sabia que era Klaus. Sempre podia sentir sua presença antes de vê-lo. Respirei fundo e tentei me preparar para o que viria a seguir, para o que eu sabia que não estava pronta para lidar. A porta se abriu lentamente, e lá estava ele, parado na entrada, seu rosto sombrio, os olhos profundos fixos em mim.
