Capítulo 4

1 0 0
                                    


E eu fui salvo, o diretor Shin entrou na sala e rapidamente Gael fingiu ter caído algo no chão para disfarçar.

_Oi professor Gael aconteceu alguma coisa, por que está no chão?

_Ah er.. minha lente diretor Shin ela caiu, mas o professor Max estava me ajudando a procurar né Professor. -Disse ele me puxando para perto dele e sussurrou perto de mim.

_Eu te espero em meu apartamento às 9 da noite e não aceito não como resposta, e aí de você não aparecer lá ouviu bem.-E me soltou dizendo que tinha encontrado a lente.

Gael saiu da sala dos professores, eu não podia com ele, de novo cairia no seu poder de sedução e assim o diretor Shin começou a contar dos problemas da escola, e eu nem conseguia ouvir direito pois meus pensamentos estava em Gael e como falar a ele que não podíamos continuar assim.

Daniel.

A aula tinha terminado e eu podia voltar para casa tranquilamente, ainda precisaria passar no supermercado para fazer uma compra, pois eu estava sem nada na geladeira, peguei minha mochila e saí as pressas, só vi o diretor Shin me cumprimentando e alguns alunos olhando para mim, foi quando um garoto me chamou vindo atrás de mim, era o Nick eu não tinha me esquecido do nome dele, eu não queria esperar, queria ficar sozinho, mais ele continuou a me chamar, eu tentei apressar o passo, mas foi inútil ele me alcançou.

_ Nossa você anda rápido hein, não ouviu eu te chamando?

_ Não e eu estou com pressa, tenho muito o que fazer.

_Calma David, eu não mordo te garanto, só quero ser seu amigo.

Continuei a andar sem dar importância, e ele continuava a ir atrás de mim.

_ Você seria incapaz de me morder, se fizesse isso você acabaria num hospital.

Ele olhou assustado para mim, e riu achando graça, como se eu tivesse feito uma piadinha.

_ Você é diferente dos outros caras, existe algo misterioso em você, e eu gosto.

_Nick me deixa em paz, eu não preciso de amigos, não preciso que tenham pena de mim, eu estou acostumado a ficar sozinho, é melhor vai por mim.

_ Porque não posso ser seu amigo? Do que tem medo? Eu não vou te deixar em paz, vai ter que me aguentar.

Olhei sério para ele, e me virei continuando a caminhar, sem dar importância, ele era insistente e mesmo eu esnobando ele, ele não se chateava, continuava ali comigo e contava causos sobre sua vida, e eu só ouvia, quando cheguei no mercado ele parou e se despediu dizendo.

_Fico por aqui, amanhã a gente se fala, e pode se acostumar comigo, você ainda vai me ouvir bastante, até amanhã e toma cuidado.

Eu me virei sem expressar nenhuma reação, peguei o carrinho e fui fazer minha compra e fiquei pensando porque aquele garoto queria tanto minha amizade, o que eu tinha de especial para ele, quando peguei tudo o que precisava passei no caixa e paguei, empacotando tudo e sai do mercado, a minha sorte que a minha casa ficava algumas quadras dali, observei cada rua, canto para ver se não tinha ninguém me olhando, porque não queria que ninguém descobrisse onde eu morava, e certifiquei que não tinha ninguém, atravessei a rua que dava acesso à casa, chegando lá abri a porta e pude descansar o resto do dia, pensando no que tinha acontecido comigo e acabei adormecendo.

Acordei com um susto, olhei no relógio da parede de meu quarto era (20:30) da noite, ouvi um barulho vindo lá de fora, me levantei, vesti meu tênis e quando olho para baixo perto da porta um envelope, peguei abri e li o que estava escrito dentro.

''Daniel preciso que me encontre hoje no parque, é urgente, preciso falar com você, estarei às 21 horas. Sua Irmã Jessica. ''

Achei estranho aquela carta, ainda mais de Jessica o que ela queria comigo, porque me procuraria depois de tantos anos sem nos falar, eu não queria vê-la, não queria ver ninguém, eu sentia falta de Jessica, mais a dor era imensa por não mais saber dela e me sentir abandonado principalmente por ela, mais algo em mim dizia que era para eu ir, olhei as horas era quase dez da noite, peguei o bilhete coloquei um agasalho e um boné e fui em direção ao parque e estava ansioso para encontrá-la.

Daniel

Estava em meu apartamento cansado eu não queria sair, queria ficar de boa descansar, mais Aline queria que fosse em sua casa, aquele cara me tirava do sério, com certeza acabaríamos dormindo juntos na cama, eu sabia as reais intenções dele, mais eu precisava acabar com isso, não poderia ficar iludindo ele, mas, por mais que fosse um cara incrível e sabia como deixar qualquer um louco por ele na cama, eu não podia mais ceder aos seus encantos, eu tinha que dar um fim nisso, e seria hoje, me arrumei rapidamente peguei as chaves do meu apartamento e segui rumo ao apartamento de Aline, a rua estava deserta e fazia muito frio, continuei a caminhar tranquilo, foi quando não muito longe dali passando por um beco sem saída um de meus alunos, era ele Daniel.

Ele não tinha me visto e achei estranho ele estar andando na rua sozinho aquela hora, continuei a andar e tomei todo cuidado para que ele não me visse, então decidi segui-lo, continuei a andar e ele apressou os passos. Comecei a achar que ele tinha percebido que estava sendo seguido, mais ele não olhava para trás, e ele acelerava os passos e eu também fazia o mesmo, foi quando 3 caras surgiram do nada e barraram Daniel, e eu fiquei parado observando o que aqueles delinquentes fariam.

_Onde a garotinha pensa que vai?

_Sua mãe não te ensinou que é perigoso andar sozinho na rua à noite.

_E pode acontecer algo.

_ Me deixam em paz seus imundos.

_ Hahaha ohhh ela é corajosa

_ Nossa eu to morrendo de medo dela.

_Garoto você que deve ter medo da gente.

_É vocês que devem ter medo de mim.

Aquele garoto é doido, porque ele não foge.

_Ohhh hooo nossa como ele é corajoso, mas agora você vai se arrepender de ter saído de casa a essa hora, pega ele.

Um dos caras agarrou Daniel pelas costas e ele se virou dando um chute nas partes íntimas dele, o outro avançou em cima dele e ele desviou dando um golpe com a perna esquerda, eu vendo aquela cena fiquei impressionado, ele estava dando a maior surra naqueles caras.

Meu destino é você.Onde histórias criam vida. Descubra agora