Capítulo 5

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O garoto era doido e não pensei duas vezes saí correndo em direção a ele enquanto os caras estavam caídos no chão sem pensar peguei pela mão dele e saímos correndo, ele sem entender nada fez o mesmo e corremos, os caras mesmo depois da surra que levaram vieram correndo atrás da gente feito uns loucos e furiosos, e continuávamos a correr e não soltei em nenhum momento da mão dele, foi quando avistei uma pequena parede com uma porta entreaberta e um lixão do lado, puxei Daniel entramos dentro e fechei a porta.

Estava eu encostado na parede e Daniel em cima de mim ficamos um colado no outro, e eu tampava sua boca com uma das mão para ele não fazer nenhum tipo de ruído, ele olhava furioso para mim e queria se mover naquele lugar apertado, foi quando ouvimos os caras passando perto de onde estávamos e eu continuei a tapar sua boca, e ele revirava os olhos cheio de raiva, foi quando ouvimos os caras falar.

_ Aquele desgraçado, ai se eu encontrá-lo vou matar ele!

_ Aquele cara que apareceu do nada, se eu pegar eles.

_ Vamos eles não estão aqui, sumiram, merda minhas bolas estão doendo, aquele garoto tem um chute forte.

_ Melhor irmos mesmo se não a polícia pode aparecer.

Assim os caras foram embora e eu e Daniel ficamos naquele lugar apertado esperando o momento certo para sair.

Ele olhou furioso tentando se mover para sair de cima de mim, mas foi inútil, ele fazia gestos com a mão apontando para eu tirar minha mão da boca dele, e eu tirei.

-Você ficou doido, eu estava quase sem fôlego.

_ Desculpa, mas foi preciso, aqueles caras quase te mataram.

_Ahh tah ,eu é que quase matei eles, você quis dizer não é, aliás não precisava da sua ajuda eu podia me virar bem sozinho- Começou a rir se sentindo.

Sem me dar conta algumas horas se passou e meu pé direito começou a dar câimbra, estávamos numa posição nada confortável e aquilo me deixava um tanto embaraçoso, eu queria sair daquele lugar apertado, tentava me mover mas não conseguia ,e Daniel também fazia o mesmo.

_ Vamos passar a noite aqui, desse jeito, eu to morrendo de fome.

_Claro que não, acho que já podemos sair, primeiro deixa eu abrir essa porta devagar para ver se eles foram embora-Tentei abrir a porta mais para minha surpresa o tranco estava emperrado.

_Eu não acredito, essa merda não quer abrir-Fiz força empurrando minha perna contra a porta mais nada adiantou.

_E agora estamos preso nesse muquifo-Wang ainda continuava em cima de mim, e tentava empurrar a porta.

_Ai meu pé você está em cima dele.

_E você tá me encoxando, é melhor você nem pensar nisso.

_ Você só pode estar de brincadeira, você acha que estou gostando dessa situação, eu tenho claustrofobia e posso ter uma crise a qualquer momento.

Ele riu ,respirou fundo e disse.

_Ta vendo aquela janela

_Sim o que tem ela ?

_ Você é mais alto que eu, então você vai me fazer um apoio com a mão me levantando até aquela janela.

Olhei para ele e para a janela e comecei a rir.

_ Não dá é impossível eu te levantar até a janela, olha como estamos quase não tem espaço aqui, como vou me apoiar e te levantar, impossível.

_ Você não é professor, achei que tinha um pouco de inteligência nessa sua cabeça.

_Garoto me respeita, eu sou ...

Antes que Daniel terminasse de falar ouvimos um barulho de algo caindo perto do meu pé, senti cosquinhas como se algo tivesse escalando minha perna, olhei assustado para ele e ele olhou para baixo e.

_Ahhhhhhhhhhhhhhhh um rato-gritou

_AHHHHH TIRA ISSO DE MIM

Comecei a me debater sacudindo a perna, era um rato enorme subindo na minha coxa, Daniel começou a bater na minha perna com tanta força que eu quase chorei.

_AI AI é para tirar o rato e não tentar quebrar a minha perna-Retruquei

_ Não reclame eu to fazendo o que posso.

_Saiu o rato saiu ?

Ele olhou para baixo, como estávamos praticamente colados um no outro tinha uma certa dificuldade para se mover, o susto foi tanta que nem sei como consegui mexer a perna para tirar o tal rato.

_Que nojo, aquele rato era enorme.

Max olhou para mim e começou a dar risada e balançando a cabeça.

_Do que está rindo, qual é a graça ?

_ Você tem medo de ratos? Gritou feito uma mulherzinha- Caçoou

Virei o rosto de lado tentando esconder minha vergonha.

_ Qual o problema, eu tenho nojo, não medo, eu sou um cara que tem nojo de Ratos e baratas, normal.

Ele continuou a rir, quando seu rosto ficou pálido de uma hora para outra ,se esquivou colocando a mão no peito.

_O que foi Daniel, você está bem?

_Não...não se preocupe não foi nada, eu to bem, eu só queria sair daqui.

_Eu também.

E tinha me esquecido que Gael essas horas estava furiosa comigo, me esperando em seu apartamento, mal sabia ela que eu estava preso numa espécie de quartinho abafado e escuro com ratos, olhei no relógio e já passava da 1 da manhã, comecei a ficar preocupado , peguei meu celular e tentei ligar para ela mais não consegui pois estava sem sinal nenhum.

_Que falta de sorte, droga o sinal não pega, e agora.

_Que saco estamos presos aqui dentro.

_ Vamos ter que passar a noite aqui, e eu estou com fome.

_ Não, não pode ser, por favor nos tira daqui - Gritou Daniel batendo na porta.

_ Ninguém vai nos ouvir.

E ficamos ali os dois presos naquele lugar abafado, numa posição nada confortável, que me deixava nervoso e Daniel tão próximo de mim .

As horas passaram, nem tinha percebido que acabei adormecendo, acordei com um barulho vindo da janela, mas o que tinha me chamado atenção foi o jeito que Daniel estava dormindo.

Ele estava com a cabeça encostado sobre o meu peito, num encaixe perfeito e uma das mãos ao redor da minha cintura, os cabelos tinha um perfume agradável e seu corpo era quente, tentei levantar minha mão e tirei uma mecha do cabelo no rosto, contemplando sua beleza como ele dormia tranquilamente, nem parecia aquele cara sério sem expressão nenhuma, o que estava acontecendo comigo, eu via  de outra forma, não para com isso Max sem chance, tentei desviar meus pensamentos e encostei minha cabeça na parede e fechei os olhos na tentativa de dormir.

Daniel

É tudo culpa da Jéssica por eu estar nessa situação, maldita hora em que fui receber aquela carta e aqueles caras aparecer do nada e agora cá estou eu preso nesse lugar apertado com ele eu não estava a vontade era constrangedor demais, tentava me mover mais era impossível e ele era bem mais alto que eu, estava tão perto dele seu perfume era inebriante meio amadeirado ,olhos puxados e bem destacados que de um modo curioso, me fazia querer olhar mais para ele e seu sorriso era convidativo e eu não sabia ao certo o que estava se passando comigo, porque aquela situação não me deixava à vontade.

Eu tentava disfarçar o meu desconforto, queria parecer natural e notei que ele também estava sem graça, enquanto discutia com ele em como sair daquele lugar eu fiquei impressionado com a reação dele em ficar com medo de um rato, eu estava quase dando risada com aquela cena então ajudei ele se livrar do rato.,

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⏰ Última atualização: Oct 08 ⏰

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