[REVISANDO]
Duas décadas após o sequestro do Herdeiro, a maior tragédia do Reino do Norte, Lunaire começa a recuperar sua paz, embora as cicatrizes permaneçam. Longe dos segredos do reino, Jimin, um jovem Ômega Puro, vive isolado com seus pais idos...
Atualização demorou a sair, mas chegou quentinha e cheia de novas coisas para vocês. ♡
Aproveitem bastante a leitura!
Não se esqueçam de votar! ★
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
R. Jimin P.O.V's
Sentir a brisa fresca e forte no rosto, a terra úmida e gelada entre os dedos dos pés, o cheiro doce e suave das flores e o canto baixo e melodioso dos pássaros nos meus ouvidos era o melhor passatempo.
Definitivamente, era o melhor passatempo.
E, definitivamente, era a única coisa que me restava fazer.
Observo entediado o lago extenso e cristalino à minha frente. Quando criança, dei incontáveis pulos na água e pesquei diversos peixes com meus tios. As lembranças eram maravilhosas, e o sentimento de nostalgia era inexplicável. Mas aquilo se tornou tão comum que agora me deixa aborrecido.
Aborrecido por ter apenas isso para fazer.
Não que eu seja ingrato; amo a natureza e tudo o que a compõe. O lugar onde cresci é um dos melhores para se viver: você tem de tudo e um pouco mais, exceto por algumas coisas que só se consegue transportando de outros reinos, como certas ervas medicinais ou tecidos nobres de cores únicas.
Fiquei extremamente fascinado quando soube que máquinas foram construídas para facilitar o trabalho manual e que novas descobertas sobre a cura de algumas doenças foram feitas. Digamos que as coisas estão se "atualizando".
Exceto a minha vida.
Tenho medo e incerteza sobre mudar. Nunca vivi fora desse imenso círculo de árvores e nunca vi ninguém além dos meus poucos familiares. E se eu não gostar nadinha do que é diferente do que estou acostumado? Além disso, o medo da minha mãe, Chae, me deixa apreensivo; não suporto ver seu olhar cansado e preocupado quando falo sobre querer sair daqui.
Tenho vinte luas completas e logo farei vinte e uma, uma idade mais do que apropriada para sair da casa dos pais.
Algumas luas atrás, no meu aniversário, entre os presentes, recebi de minha tia Andréa, sem que meus pais soubessem, uma carta vinda diretamente do Reino Lunaire. Minha tia, mais permissiva que meus pais, achava que eu deveria viver fora da casa deles. O medo ainda estava presente em todos, mas, como alfa, ela sabia que era necessário deixar partir.
Ela desobedecia a ordem do irmão apenas para me ver feliz. Ela entendia, mas fingia não ignorar quando os mais velhos conversavam aflitos sobre esse assunto.
