Capítulo 3

188 27 1
                                    


Carol pov.

Estava em casa observando aquelas tela cheias de códigos e eu já estava muito irritada por não estar encontrando a solução para o problema que estava enfrentando. As linhas de código pareciam dançar na tela, como se zombassem da minha frustração, já tinha passado horas tentando entender onde estava o erro, mas nada fazia sentido.

Levantei da cadeira, comecei a andar pela sala, tentando clarear a mente, a luz suave do fim da tarde entrava pela janela, e eu sabia que precisava de uma pausa, respirei fundo, tentando afastar a irritação.

"Talvez uma xícara de chá ajude", pensei, enquanto me dirigia à cozinha, o cheiro do chá quente se espalhou pelo ar, e, enquanto esperava, minha mente vagava para outras coisas, pensei no projeto que estava desenvolvendo e em como esse pequeno bug parecia um obstáculo gigantesco.

Depois de um momento de reflexão, voltei para a frente do computador, enquanto a tela piscava, uma ideia surgiu, e se eu olhasse o código com uma nova perspectiva? Decidi fazer uma pausa rápida e dar um passeio no parque. Às vezes, as melhores soluções aparecem quando você menos espera.

Respirando o ar fresco, observei as folhas mudando de cor, a beleza simples da natureza me trouxe um pouco de clareza, com a mente mais tranquila, voltei para a mesa e abri o código novamente, agora com uma nova determinação.

"A solução está aqui em algum lugar", murmurei para mim mesma, enquanto começava a revisar o código linha por linha, focando em cada detalhe, a sensação de frustração foi substituída pela expectativa.

À medida que revisava o código, comecei a notar pequenos detalhes que antes me escaparam, um ponto e vírgula fora do lugar aqui, uma variável mal definida ali, era como se eu tivesse passado por uma neblina, e agora tudo começava a se esclarecer.

Com cada erro que eu corrigia, a confiança voltava, "isso é parte do processo", pensei, "é assim, sempre temos aprender" a frustração que havia me consumido se transformou em uma sensação de empoderamento. Comecei a digitar mais rápido, a adrenalina correndo nas veias.

De repente, encontrei uma parte do código que não estava apenas errada, mas totalmente fora de contexto, uma função que eu havia copiado de um exemplo  não se aplicava ao que eu estava tentando fazer. Fechei os olhos por um momento, lembrando de que, muitas vezes, a solução mais simples é a que funciona.

Com um clique, removi a função e escrevi uma nova do zero, levando em conta o que realmente precisava. Quando pressionei "Executar", meu coração acelerou, o código processou e, para minha surpresa, tudo funcionou como um relógio, a  tela piscou e a saída que eu esperava apareceu.

Um sorriso se espalhou pelo meu rosto, "consegui!" exclamei, pulando da cadeira, a satisfação era indescritível, era um lembrete poderoso de que, mesmo nos momentos mais difíceis, a persistência e a criatividade podem prevalecer.

Nunca mais queria esquecer a importância de dar um passo atrás e permitir que a mente se renovasse, com o código funcionando e um novo projeto em mente, voltei para o teclado, pronta para o que viesse a seguir.

Depois de alguns dias estava em minha cafeteria favorita, cercada pelo aroma do café fresco e pelo suave burburinho das conversas ao meu redor. Com o laptop aberto diante de mim, estava imersa no meu novo projeto, as linhas de código se estendendo na tela como um quebra-cabeça que eu tentava resolver, era um refúgio, e eu apreciava a rotina que estava se formando, eu coordenada meu time nos projetos, mas eu sempre pegava um para mim.

Enquanto trabalhava, ouvia música com os fones de ouvido, ajudando a me concentrar. No entanto, quando percebi uma sombra se aproximando, era Rosamaria. Meu coração disparou. A última vez que a vi, ela havia sido bastante ríspida, e a tensão do nosso encontro ainda pairava na minha mente. Ela parou na minha frente e eu ergui a cabeça, tirando os fones.

Minha nerd favorita - Rosamaria MontibellerOnde histórias criam vida. Descubra agora