Capítulo 17 - Irresistível Amor

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DOIS MESES DEPOIS DA FUGA DA PRISÃO...

A primeira-ministra Apasra recebeu a notícia da fuga de Malisorn através do diretor da Casa de Detenção. Ao saber que a filha estava envolvida na fuga a ira a tomou de tal maneira que jogou tudo que estava em cima da mesa no chão. Pegou vasos e os quebrou na parede. Descontrolou-se como nunca seus assessores haviam visto.

- Não acredito que Yoko esteja envolvida nisso. Não pode ser verdade! Não a minha filha!

- Senhora, há vídeos que comprovam a participação dela e documentos com sua assinatura falsificada, tentando retirar Malisorn pela porta da frente. Elas só não esperavam que a rebelião acontecesse.

A ministra relembrava o dia da fuga de Malisorn e sentia falta da filha. Estava numa das reuniões matinais com seus assessores.

- Chame Papichaya!

- Ela já está lá fora. - Uma das colaboras respondeu.

- Então saia e a mande entrar.

Izelands Papichaya era a nova comandante em exercício e assumiria o controle da segurança nacional naquela manhã. Entrou no gabinete da primeira-ministra com um mapa, um tablet e uma pasta com o histórico de Malisorn. Havia estudado tudo sobre a mafiosa antes mesmo de se encontrar com a líder do Governo.

Entrou com seu terno cinza e os inseparáveis óculos de sol pendurado na bolsa.

- Sente-se Papichaya!

A comandante se senta e coloca na mesa o mapa que trouxe.

- Antes que a senhora se expresse. Deixe-me mostrar este mapa. - Abriu o gráfico e mostrou à primeira-ministra. Explicou seu plano de ação e arrancou o primeiro sorriso da Chefe de Estado em dois meses, em meio à fúria que se encontrava internamente.

- Papichaya! Confesso, você me surpreendeu.

- Só preciso do seu aval e a prenderemos antes do fim do dia.

- Desde que minha filha não esteja ferida!

- Não se preocupe! Já temos tudo programado para a inserção de nossos militares no local em que se escondem. Retiraremos a doutora Yoko antes da ação começar.

- Faça! Mantenha-me informada.

...

Engfa terminou de tomar seu suco de uva e sentou-se ao lado de Malisorn que tomava sol na varanda. Yoko caminhava a cavalo bem na sua frente e Faye a observava.

- Você se apaixonou mesmo, não é? - Engfa falou sentando-se ao seu lado.

Faye se assusta e olha para seu primeiro amor. Apesar da briga aos 11 anos quando os pais de Engfa morreram, mesmo brigadas, tiveram um affair aos 15 quando se reencontraram na festa de Charlotte. Foi tão intenso que durou três anos entre idas e vindas, entre amor e ódio.

- Sim! Parece que meu coração vai explodir cada vez que olho para ela. Eu não sei explicar. Ela me arrastou para o mundo dela e eu não consigo voltar para o meu.

- Você sabe que se ficar na Tailândia. Logo conseguirão lhe prender. Do jeito que a primeira-ministra é, eu a conheço bem, acredite, ela não vai perdoar o fato de ter envolvido a doutora. Vai te caçar e a nova comandante também. Aliás, Papichaya consegue ser mais minuciosa em ações do que eu. É perigosa estrategicamente. É uma caçadora implacável como eu. Vai lhe dar trabalho! Se querem viver esse amor, você terá que abandonar a máfia e sair do país.

- Esse é o problema! Eu quero abandonar por ela, mas quando lembro de meu avô e de meu pai e tudo que passamos... não acho certo! O certo seria eu ser morta em combate, como a sombria pessoa que eu sou. Tenho medo de largar tudo e me tornar um terror para ela.

O Sequestro em Bangkok - FayeYokoOnde histórias criam vida. Descubra agora