Capítulo 12 - A Assassina

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As notícias de que a Tríade Chinesa estava em solo tailandês repercutiram por todo o país e a cidade de Bangkok estava vigiada pelas forças armadas, que juntamente com a Central de segurança comandada por Engfa Waraha dominava as ruas.

Nenhum incidente havia aparecido desde que o monomotor havia sido avistado há dois dias atrás.

A filha da primeira-ministra entrava em casa, após ser deixada pelos seguranças. Tinha dobrado o plantão e aproveitado para ficar com Malisorn que operaria naquela tarde.

- Mãe! Cheguei.
- Oi filha. Você parece cansada. - Deu um beijo em sua testa.

Yoko se jogou no sofá e gritou.

- Phuni... Phuni... - Era como chamava a governanta da casa, que tinha extrema consideração.

- Engraçado! Agora que você a chamou é que me dei conta que não vejo Phuniath há dois dias.

- Mãe! Que horror!

- Ué! Eu quase não fico em casa e depois que ela saiu para se consultar com você, eu não a vi mais.

- Ela o quê?

- Phuni não foi se consultar com você anteontem? Ela saiu daqui dizendo que não passava bem e iria lhe encontrar no hospital.

- Phuni nunca foi ao hospital, mãe.

Yoko se levanta. Vai na cozinha e aborda a cozinheira e a copeira. Nenhuma das duas sabem onde ela está, mas dizem que o corredor onde está o quarto dela tem um cheiro estranho. Segue até ao quarto de Phuni e antes mesmo de abrir a porta reconhece o cheiro. Abre a porta em seguida e toma um susto com a quantidade de moscas. O corpo no chão é da governanta. Já está em estado de decomposição e há sangue por toda parte.

...

A casa da primeira-ministra está cercada de policiais e a imprensa está abarrotada na frente do prédio.

A comandante Waraha conversa com um detetive, enquanto o corpo de Phuniath Solang é retirada num saco pelos legistas.

- Há quanto tempo está morta? - A comandante pergunta.

- Umas 48 horas ou mais. - Diz o detetive Vasaralaphat Boide.

O detetive é um tailandês muito formoso. Tem olhos verdes. Aparência inglesa de seus pais. Corpo sarado e musculoso devido ao tempo que fica na academia em seus dias de folga.

- Qual a causa da morte? Faca, mesmo?

- Sim! - Diz Boide. - O legista definiu a causa da morte entre 10 H e 11:30 da manhã. As lacerações parecem ser de uma adaga.

- Uma adaga?

- Sim! Lâmina extremamente afiada. Há escoriações no rosto, próximo aos lábios indicando que os dedos da assassina usavam unhas postiças, provavelmente, acrílico.

Waraha observa o quarto e vê um botão branco com respingo de sangue próximo a porta. Pega um saco a vácuo e coloca a prova dentro.

- Mande para análise. Parece que nossa assassina perdeu um botão de sua blusa.

A comandante bem diferente de meses atrás, sai do local sem dar entrevistas.

Segue para o The Great Room onde se encontrará com um colega de profissão que está disfarçado como palestrante.

Qual não foi sua surpresa ao entrar no salão e dar de cara com Charlotte saindo do banheiro.

- O que você está fazendo aqui? - Austin se dirigiu grosseiramente para Waraha.

O Sequestro em Bangkok - FayeYokoOnde histórias criam vida. Descubra agora