Capítulo 10

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Felix abriu seus olhos com dificuldade, seu corpo estava dolorido, mesmo assim ele se levantou da cama, tirando o fino lençol que o cobria e se sentindo um pouco tonto.

Caminhou pelo quarto, passando em frente ao grande espelho fixado na parede e percebendo que vestia apenas uma camiseta preta que o cobria até quase metade da coxa, estampada com patinhas de gato.

Em alguns segundos conseguiu assimilar de quem era a camisa e a cama na qual ele havia caído no sono. Caminhou mais alguns passos até sair do quarto pouco iluminado. A luz de fora do cômodo escureceu visão de Felix assim que entrou em contato com seus olhos quando ele abriu a porta.

O cheiro de café recém passado invadiu suas narinas. O silêncio que pairava na casa indicava a presença de ninguém além de Felix. Mesmo assim, ele considerou melhor verificar, passando do corredor não muito extenso, à sala e em seguida à cozinha, onde o cheiro da bebida era ainda mais forte. O coador em cima da pia, que ainda saía fumaça deixava claro que alguém esteve ali há não muito tempo.

O pensamento de Felix durou segundos, e então desapareceu assim que que virou e o viu. Lee Minho.

_ AH CARALHO!! - Exclamou em um salto de surpresa.

_ Por que você estava encarando aquele canto por tanto tempo? - Minho pergunta. Havia um pacote em uma de suas mãos e um molho de chaves na outra, mas Felix estava assustado demais para reparar.

_ Você me assustou, Minho!

_ Me desculpa! Você não me ouviu abrir a porta? - Minho questionou, mas era claro que não.

Felix não respondeu, estava tentando se acalmar. Enquanto ele o fazia, Minho prestava muita atenção em todos os seus traços. Os fios azuis desbotados. A clavícula bem a mostra em um lado, devido a maneira como a camiseta ficava grande e desajeitada nele. As sardas nas bochechas, que Minho viu se tornar mais vermelhas no sol assim que Felix percebeu que estava apenas de camiseta e cueca.

_ Onde estão minhas roupas? - Felix perguntou, fingindo não estar envergonhado.

_ Lavando, você derrubou bebida nelas. - Minho disse, enquanto deixava o pacote com pão em cima do balcão da cozinha.

_ E por que você não me emprestou uma calça ou short?

_ Eu até tentei, mas você se recusou a se vestir porque "estava com calor" e eu precisei insistir muito pra você usar pelo menos a camiseta. - Minho explica enquanto pega uma caneca e se serve com café.

_ PERA, VOCÊ ME VIU PELADO?? - A voz de Felix transmite a mesma vergonha que o fez corar segundos atrás, mas com uma ponta de incredulidade.

_ Não. Você tomou banho e se vestiu sozinho enquanto eu arrumava o quarto pra você.

_ Tá. E quais foram as outras coisas vergonhosas que eu fiz ontem? - A voz sarcástica de Felix, na verdade, carrega preocupação e mais vergonha.

_ Você vomitou na minha calçada, chorou bastante e tentou me beijar. - A tranquilidade com que Minho falava durante toda a conversa era admirável.

Felix não se lembrava de nada que Minho havia acabado de contar, mas lembrava perfeitamente de ter se declarado para ele no telefone e se arrependia disso. Minho, completamente sóbrio, obviamente se lembrava também, mas achou melhor não comentar.

_ O álcool coloca pra fora o que temos no coração. - Mesmo arrependido, Felix continua flertando. ESSE HOMEM NÃO SE DECIDE!

_ Seu coração estava cheio de batatas fritas. - Minho diz em um tom brincalhão.

_ Óbvio, batata frita é incrível! Eu amo batata frita!

_ Come alguma coisa, o Chan disse que passa pra te buscar aqui, é só você avisar ele quando quiser ir.

_ Tá bom. Obrigado por me buscar ontem.

_ De boa. Acho que somos amigos agora, somos?

_ Somos!

Inimizade Colorida Onde histórias criam vida. Descubra agora