Em alguns minutos eu vejo a pequena cidade na crosta do mar e sorrio. Ele me leva até a janela do meu quarto e adentra no cômodo.
O meu quarto cor de rosa pareceu encantar Peter já que ele ia em todo canto e mexia em cada objeto
-Eu posso levar esse ursinho?- Eu pergunto pegando o urso de pelúcia na minha cama
-Pode, mas temos que ir logo.- eu pego o urso e abro a porta devagar
Eu começo a escutar gritos e fecho os olhos.
-Você tem que fazer o que eu mandar!- Jace grita- Seu marido morreu, seus filhos morreram e sua filha te abandonou! Você não tem ninguém.
Eu tento ir até lá mas Peter me segura
-Não pode!- ele diz me segurando
-Ainda bem que ela foi embora, não aguentava mais ela se jogando pra cima de você. A única coisa boa era que ganhávamos qualquer coisa de graça da
padaria.- Minha mãe diz e lágrimas escorrem do meu rosto-Eu sinto muito.- Ele diz e me abraça
-Eu quero ficar aqui. Quero provar pra minha mãe que eu sou capaz e que não sou só isso que ela pensa.
-Me da uma chance de mudar sua opinião.- Ele diz- Ainda faltam 29 dias. Por favor!
Eu olho para baixo e apenas concordo com a cabeça. Ele me segura um pouco mais forte e meus pés saem do chão novamente, eu fecho os olhos ao ver as luzes da cidade se afastando e espero chegar na terra do nunca novamente.
Já estava amanhecendo quando chegamos a terra do nunca, meus olhos estavam fundos de chorar.
As palavras da minha mãe não saiam da minha cabeça, meu coração estava apertado. O que eu fiz pra merecer aquilo tudo?
Eu estava sentada na areia da praia sozinha até sentir uma presença atrás de mim e ver Peter ali em pé me observando.
-É lindo, não é? A natureza.
-Acho que sim. Nunca parei pra reparar.
-É tudo tão perfeito. Tão certo, sem injustiças ou traições.- Eu digo e abraço meus joelhos
-Aqui não tem nada disso.- Ele diz e eu olho para ele
-Você está aqui a quanto tempo?
-Muito, em um determinado tempo eu parei de contar.
-Você gosta de estar aqui?- Eu pergunto e ele olha pra mim
-É agradável. Não crescer e continuar
jovem.- Ele fala baixo
-Não sente falta da família?
-Os meninos perdidos são a minha família agora.
-Peter! O almoço está pronto.- Um menino perdido diz e eu me levanto
-Vamos?- Eu pergunta e ele concorda.
Ele segura na minha mão e se teletransporta para a fogueira.
-Gosta de carne?- Félix pergunta e eu afirmo que sim-Para a senhorita.
Ele me da um espeto com carne e eu aceito agradecendo e indo até um banco.
Eu estava conversando com Curly e Nibs sobre algumas coisas aleatórias até que percebo o olhar de Peter sobre nós
-Sinto saudades de casa desde que cheguei.- Curly fala
-Por que então não decidiu voltar?
-Como assim?- Nibs pergunta
-Antes de 30 dias você pode escolher se quer ficar aqui ou voltar pra casa.- eu digo e eles se olham sem entender
-Mas...- Curly fala mas é cortado por Peter que se teletransporta até nós
-Podem dar licença?- Ele diz passando entre os meninos- Claire, eu gostaria de te mostrar uma coisa.
-Depois continuamos a conversa, garotos.- Eu digo e vou até Peter que já estava andando um pouco afastado- Ei, espera.
Eu dou uma corridinha e alcanço ele
-O quer me mostrar?
-Surpresa.
Caminhamos mais um pouco e paramos de frente a um lago cheio de flores rosas
-Que lindo!- eu digo
-Você quer entrar?
-Ainda pergunta?- Eu puxo a mão dele e entro no lago- É bem fundo.
Depois eu que não sei nadar, não é?- Ele me puxa pra perto para termos mais estabilidade
-Engraçadinho, eu sei sim.- Digo rindo
-Então, por que está agarrada em mim?- ele diz e eu fico vermelha e me afasto- O gato comeu sua língua?
Eu jogo água nele com vergonha e ele retribui.
Passamos ali o dia inteiro, na maioria do tempo eu não lembrava da minha mãe mas em alguns momentos eu tinha lapsos de memória e eu ficava triste mas Peter sempre dava um jeito de me fazer sorrir.
Era legal estar com ele.
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𝑺𝒖𝒏𝒔𝒉𝒊𝒏𝒆, Peter Pan
Romance"𝗦𝗨𝗡𝗦𝗛𝗜𝗡𝗘, você chegou na minha vida e derrepente eu me vejo presa em um emaranhado de mentiras e caos, mas é tão contraditório o fato de eu amar isso...? Você é meu caos perfeito.