sete.

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NOTAS

oi! postando hoje pq perguntei no twitter o que preferiam e acabei decidindo por postar hoje algo maior do que postar ontem algo pequenininho.

espero que gostem e desculpem qualquer erro, meu cérebro meio que tá purê!

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O bar em que havia marcado para encontrar com Ramiro naquela noite era um meio termo entre seu bairro e o bairro do preto. Kelvin passou em casa para tomar banho e se arrumar, fazendo questão de entrar escondido pelos fundos — pedindo segredo para Angelina, que se assustou ao ver o ruivo entrando pela janela da cozinha —, para não ter que falar com os pais.

Eles haviam mandado outra mensagem depois daquela, informando que a empresa ia dar um jantar chique em sua casa e que Kelvin precisava estar lá. Bom, se seu plano novo desse certo, ele certamente estaria!

O ambiente era escuro, mas um tanto aconchegante, as luzes quentes do local iluminavam o canto onde uns caras jogavam sinuca e outros sentavam no bar, bebendo cerveja. Procurou com os olhos um certo cabelo cacheado e uma barba cheia e os avistou em um canto, mais para o fundo.

Respirando fundo e checando rapidamente pela câmera do celular o gloss que havia passado, Kelvin seguiu até a mesa e sentou de frente para Ramiro. Ramiro, por sua vez, olhava para o pequetito — que estava um pouco mais alto por conta das botas brancas de salto que usava —, impassível.

Havia ficado surpreso com a ligação de Kelvin, não iria negar, mas também não podia negar que tinha ficado curioso. Não achava que Kelvin fosse uma pessoa de querer tentar de novo após ter passado por uma situação constrangedora daquelas (ele parecia ser muito forte e decidido para isso), entretanto, foi esse fato que o fez concordar em encontrá-lo sem muita hesitação.

Se não fosse uma segunda chance, o que será que Kelvin queria com ele?

— Obrigado por ter vindo. — antes mesmo de se sentar completamente, o ruivo se adiantou. Ramiro apenas balançou a cabeça, o observando.

Kelvin sentiu o olhar pesado do preto sobre si, o estudando. Por onde as orbes negras passavam, Kelvin sentia um formigamento estranho, quase como se Ramiro o estivesse tocando apenas com o olhar.

— Não imaginei que alguém como você se interessaria por karaokê beneficente de um bar decadente na periferia da cidade. — falou. Seu tom não era exatamente de julgamento, era apenas um fato. Kelvin percebeu que ele não quis ser rude e riu um pouco, porque ele havia pensado o mesmo do próprio: um lutador de boxe meio bruto, com tatuagens adornando um braço enorme quase todo e um olhar sério fazendo questão de fazer evento para ajudar crianças? Destoava um pouco da estética.

— Touché. — o ruivo deu de ombros. — Mas você não me conhece, então...

— Justo.

Foi a vez de Ramiro dar de ombros, sabendo que Kelvin tinha razão. Um instante de silêncio se passou entre os dois — um silêncio um tanto desconfortável, uma vez que ambos sabiam que haviam coisas a serem ditas mas nenhum deles falava.

Ramiro se manteve quieto, observando o pequeno mexer nos aneis que adornavam seus dedinhos de forma ansiosa. Quando Kelvin se sentiu corajoso o suficiente para abrir a boca, o cacheado se surpreendeu com a pergunta.

— O que vai acontecer se você não conseguir dinheiro para a luta? — os olhos de Bambi o fitavam. — Se não der certo com o boxe?

Não esperava que Kelvin se interessasse por isso, muito menos entendia o que o boxe teria a ver com o motivo para ele o ter chamado ali. Ramiro coçou a nuca antes de responder.

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⏰ Última atualização: Oct 13 ⏰

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