MARIA FERNANDA.
— Nossa, minha filha, que cara é essa? — tinha conseguido fazer Ana Lívia ir pra uma aula experimental comigo na academia, mas hoje o meu dia não estava dos melhores. No momento minha amiga estava na minha casa, mas eu estava cogitando seriamente em desistir de ir pra academia. Minha cabeça estava explodindo. — faz quanto tempo que você não come ninguém?
— O quê? Deixa de ser porca, menina!
Ana Lívia caiu na gargalhada e me encarou, negando com a cabeça. Era inaceitável que ela me conhecesse tão bem. Fazia tanto tempo que eu não chegava perto de nenhum contatinho... Isso nunca me incomodou de fato, mas sempre no período fértil, meus hormônios resolviam surtar e o resultado era esse: eu de mau humor por conta de tesão reprimido.
— Hoje tem baile, vou fazer questão de arrumar alguém pra você.
— Tá maluca se você acha mesmo que vou pisar meus pés lá. Tenho que acordar cedo amanhã.
Amanhã eu tinha uma reunião com a organização do projeto depois da aula. Não podia de forma alguma me atrasar ou aparecer com cara de ressaca. Essa reunião era fundamental pra saber se continuariam investido, se expandiriam o EDETEN... Tinha preparado todo um material, estava confiante e com raiva. Era cedo de mais pra ter uma opinião decente sobre qualquer um deles, eu não sei porque estavam batendo tanto na tecla, parece que queriam um motivo pra desistir do projeto...
— Poxa, Nandinha... Faz 'uma cota' que não vou lá, queria tanto...
— Agora você é uma nova mulher, ir em baile não condiz com sua personalidade.
— Não sei porque ainda falo com você.
Lívia saiu do quarto me deixando só e eu caí na gargalhada. A verdade era que eu tinha medo que se minha amiga aparecesse num baile, ela tivesse algumas recaídas. Então apenas arrumei os colchões no chão pra gente deixar e coloquei um filme na tv. Minutos depois, Ana apareceu com pipoca e suco pra nós duas.
[...]
Meus peitos estavam tão inchadas que doía. A pressão que eu fazia em cima deles, por estar debruçada em cima da mesa enquanto Baco simulava uma penetração em mim pressionando seu pau duro contra minha buceta os faziam doer ainda mais.
Meu deus, onde eu estava com a cabeça? Achei que dessa vez, eu poderia controlar a vontade de subir pelas paredes que estava sentindo, mas aparentemente, não. Meu cérebro dizia pra fazer uma coisa e meu corpo respondia rebolando mais contra o pau dele. Minha cabeçada gritava pra parar e o que eu fiz foi me virar, Baco reagiu tão rápido que me pegou de surpresa. Suas mãos firmes e fortes me pegaram e me colocaram sobre a mesa. Em instantes ele estava no meio das minhas pernas e eu me pressionava contra ele, agarrando contra mim.
Puta que pariu, eu não conseguia resistir. Toda vez que eu tentava resistir aos impulsos imorais, meu corpo fazia o oposto. Baco me segurou pela nuca e puxou levemente os fios. Minha cabeça se inclinou e eu me arrepiei no momento que ele começou a beijar meu pescoço. Inclinei mais meu corpo para frente, abrindo bem minhas pernas. Minha boca formigava, provavelmente sedenta para que ele a beijasse também. Fechei meus olhos e coloquei minha mão dentro da calça. Baco estava sem cueca e suspirou forte quando minhas mãos tocaram sua pele desnuda.
— É um caminho sem volta, Nanda. — sussurrou no meu ouvido, mordendo a carne. Eu sabia, jesus, como sabia! E mesmo tentando resistir, não via a hora de continuar. — Se decidir continuar, eu não respondo por mim...
Ah, ele podia responder a quem fosse... o meu corpo só responderia a ele!
Não, porra, o que cê tá fazendo?
— Baco...
Tentando empurra-lo para longe, eu me inclinei para frente e Baco foi ágil com sua mão por baixo da minha saia. Não enrolou e enfiou seu dedo por baixo do pano dá calcinha, se certificando do caos e calor no meio das minhas pernas. Lentamente, e eu não fazia a menor ideia do porquê, certamente pra me provocar, ele começou a se mover lentamente na minha entrada encharcada. Com o polegar, ele pressionou meu clitóris e eu mordi forte meu lábio pra conter o gemido. Sua mão livre me segurou pela mandíbula, Baco aproximou seu rosto do meu e com os dentes serrados, sussurrou:
— Não se contenha, porra! — ele chupou meu lábio inferior e pressionou contra seus lábios tão macios que por instantes eu o imaginei me chupando. — Quero ouvir cada som que sair da sua boca quando eu suar em cima de você, Fernanda.
O seu dedo no meu clitóris se mexia com mais rapidez e como a porra de uma cadela no cio, eu rebolava rapidamente, na esperança de suprir o vazio que eu sentia dentro de mim. Minha buceta se contorcia e babava.
— Mais rápido — choraminguei deitando a cabeça no seu ombro e apertando o músculo do seu braço. Baco me introduziu um dedo e eu suspirei em alívio. Esperei que ele me fodesse com ele, mas isso não aconteceu.
Baco subitamente parou e olhou ao redor, xingando baixinho. Então voltei a realidade e ouvi ao longe, sons de risadas se aproximando da sala. Ele se afastou de mim tão rápido que levou um tempo até eu me acostumar com seu corpo longe do meu. Me recompus, ajeitei as roupas ao mesmo tempo que ele tentava disfarçar a ereção bem visível na sua calça.
Me abaixei na mesa para pegar as coisas que tinha caído no chão e no mesmo instante, a porta foi aberta. Quando me levantei novamente, Baco estava com umas pernas em cima da cadeira onde estava sentado e uma das folhas que eu trouxe pra aula de hoje semi preenchida na sua frente.
— Só veio um, Souza? — um homem branco, médio porte e com uma cara de enjoada estava olhando pra boca, da forma mais repugnante possível. — Cambada de vagabundo... O que foi que aconteceu? Deixa pra lá, não tem importante... Então você é a famosa Maria Fernanda?
— Famosa? — arregalei levemente o olho, sorrindo sem graça. Ele estendeu sua mão para mim e eu a aceitei. — Sou, sim.
— Sou o Daniel, diretor geral do projeto. Não fomos devidamente apresentados. — seu olhar percorreu a sala, em seguida minha bolsa e notebook, depois parou em baco que estava quietinho, apenas anotando a folha. — Bem, tinha planos de fazer uma reunião a respeito do projeto com todos os investidores antes, mas já que estamos aqui, vamos direto ao assunto... O que está achando do projeto, Baco?
Meu coração parou por alguns instantes. Outro homem de terno estava parado a porta e nos encarava com curiosidade. Ele ia mesmo, levar em consideração a resposta de um detento pra saber o que seria do futuro do EDETEN? O que eu tinha pra falar deles não era importante? Meu coração gelou, e se Baco quisesse me prejudicar apenas pra acabar com tudo isso?
Baco não me encarou quando respondeu, apenas olhou pra fora em cima da carteira e depois para Daniel, então suspirou.
— Em todo esse tempo... Todos esses dias aqui... Sinto que minha vida finalmente tem um sentido, tá ligado? — ele apontou pra mim, depois pra folha. — tô descobrindo coisas a meu respeito que nem mesmo eu sabia e tudo isso graças a professora.
Parecendo, infelizmente, satisfeito Daniel e assentiu e me deu um sorriso forçado. Aparentemente, baco tinha dito a coisa certa.
— Vou deixar terminarem a aula, até mais, professora Fernanda.
Daniel saiu da sala acompanhado de todos eles, inclusive o guarda. Nem preciso dizer o que se passou pela minha cabeça quando se levantou e caminhou até mim, deixando o papel em cima da mesa.
— Faz alguns dias que ele está sondando todo mundo da turma. — ele apoiou uma mão na minha cintura e me segurou firme, com a outra, ele me segurou pelo queixo e me obrigou a encara-lo. — Dei ordens para todos eles falarem bem da iniciativa. Acredito que não fosse isso que Daniel quisesse ouvir, porque tá louquinho pra encerrar o EDETEN, então, professora Fernanda. Acho que você me deve umas...
Ele fez carinho no meu queixo, em seguida me deu um selinho demorado. Me senti tão vazia no instante em que ele se afastou, só cai na realidade quando o guarda trancou a porta e sumindo com um Baco algemado da minha frente.
Encarei o papel que ele havia colocado em cima da mesa. Na verdade, eram dois: um, a atividade que eu tinha feito pra eles e o outro estava dobrado escrito "PROEZA".
Puta que pariu!
De novo não...
VOCÊ ESTÁ LENDO
AMOR EM CADEADO [degustação]
RomanceMaria Fernanda é uma jovem professora participando de um processo de ressocialização de alguns detentos em um presídio de segurança máxima. Baco era o ex chefe do morro onde Maria morava e seu aluno na turma do projeto EDETEN.