No remoto vilarejo de Eldemoor, o inverno não é apenas uma estação; é uma sentença. Cercada por uma floresta antiga e misteriosa, a vila vive à mercê das lendas que percorrem suas noites longas e frias.
Mas havia um garoto que não acreditava nessas...
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O vento cortante assobiava entre as árvores da floresta densa, carregando consigo o manto branco do inverno. A neve, espessa e implacável, se acumulava sobre os telhados de palha da pequena vila de Eldemoor , situada no coração do vale. As chaminés soltavam colunas de fumaça fina, em uma tentativa desesperada de aquecer as casas que rangiam sob o peso da estação mais cruel.
Os aldeões, embrulhados em peles grossas e mantos esfarrapados, seguiam suas rotinas com uma lentidão forçada pelo frio. As provisões eram escassas, e a caça, perigosa. Ao redor, a floresta parecia viva - seus troncos altos e retorcidos pareciam observar a todos, e as sombras que se moviam entre as árvores eram motivos de sussurros ao anoitecer.
Era ali, naquele vilarejo esquecido por reis e senhores, que as lendas se formavam. Histórias de lobos gigantes que caçavam à noite, de espíritos antigos que habitavam os bosques, e de criaturas que surgiam quando o sol caía, espreitando os aldeões com olhos que brilhavam na escuridão. Mas naquele inverno, as histórias não eram apenas contos para assustar crianças.
mas nem todos acreditavam. bom eu era um deles , para mim são somente histórias, assim como todas as outras.
- jimin! , venha cá! - escuto a voz de minha vó ecoou pela pequena casa de madeira que morávamos.
sem muita demora, caminho até a pequena cozinha que minha avó usava para fazer suas deliciosas guloseimas, e lá estava ela, sentada sobre o solo frio da madeira enquanto olhava seu fogão a lenha feito de pedra e perfeitamente escupido.
- me chamou? - pergunto me aproximando.
ela me olha com olhos marejados pela fumaça e logo me dando um sorriso antes de falar - poderia buscar lenha, queria fazer algo para meu pequeno comer , mas bom preciso de mais lenha para isso..- ela me diz como um sorriso aquecedor e logo me dando sua mão para que eu possa ajudá-la a se levantar.
- claro! - respondo enquanto ela se levantava cuidadosamente e logo passando as mãos pelas suas vestes.
- não precisa ser muita..e não demore, a noite já está chegando. - ela me disse me dando um olhar preocupado.
- não seja boba vovó, eu sei me cuidar - digo lhe dando um sorriso antes de continuar - e monstros não existem , são apenas contos - digo ouvindo ela solta um suspiro preocupado.
- apenas não demore.. -
aceno a ela , e saio em direção a saída mas não antes de pegar meu retalho de tecido vermelho como uma capa e um capuz , minha avó o fez usando lã e me deu de presente a um tempo atrás, era grande o suficiente para me cobrir e quente o suficiente para me aquecer .
a vila estava agitada como sempre , não era algo de se surpreender , esse lugar sempre teve essa áurea de entusiasmo e felicidade, mesmo quando estamos passando por uma situação de inverno intenso, e escassez. Todos estavam trabalhando , alguns caçando , outros procurando por lenhas para aquecer suas casas , alguns fabricando armas em suas ferraria para serem usadas.
