07. Quando se ama

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Coreia do Sul, 25 de agosto de 2025, às 16:12.

Baekhyun estava sentado na grama do jardim, sentado sobre uma toalha de piquenique, aproveitando a tarde ensolarada.

Sentiu algo cobrir os raios de sol sobre seu rosto e abriu os olhos, vendo o namorado com um livro em mãos.

— Fui até a cidade com Sehun hoje. Precisava resolver algumas coisas. Mas trouxe isso para você. — sorriu, entregando o livro.

— É para que eu não fique com ciúmes dele de novo? — perguntou risonho, batendo ao seu lado para que o Park sentasse ali — Sabe que o que me deixaria feliz de fato, mas vou aceitar seu presente. — sorriu.

— Você é um tarado, Baekhyun. Se eu soubesse, tinha deixado você lá no prédio. — negou com a cabeça, logo depois dando beijos na bochecha e pescoço do garoto — Gostoso, safado.

— Não dá pra acreditar que já faz cinco anos que meus pais morreram. — suspirou triste, deitando a cabeça no ombro de Chanyeol — Será que aqueles assassinos ainda estão atrás da gente? Será que algum dia teremos uma vida normal de verdade?

— Infelizmente estão. Mas eu prometo que um dia vamos ser livres. Eu prometo. — acariciou os ombros do namorado, dando mais beijinhos em seu rosto — Eu sinto muito por se sentir assim. Estar preso a mim dessa forma. Eu sei o quanto é ruim. 

Baekhyun o olhou de forma melancólica, dando um leve selar em seus lábios.

— Me sinto preso sim, não foi o que imaginei pro meu futuro. Mas de forma alguma preso a você, ser seu namorado foi uma escolha. E eu sou feliz de você ter escolhido o mesmo. — sorriu, o beijando novamente — Eu te amo. Entendo o que fez para me proteger, entendo que fez muito mais do que diz. E sei que, o dia que eu encontrar o desgraçado que fez isso com meus pais, você vai estar ao meu lado, vai me ajudar a acabar com isso. Certo?

Chanyeol levou alguns segundos, encarando o rosto do namorado e o beijou em seguida, antes de responder: — Certo.

Coreia do Sul, 06 de abril de 2022, às 10:34.

Já faziam quase dois anos que Baekhyun estava naquela fazenda.

Estava completamente adaptado ao ritmo do lugar, a alimentar os animais logo cedo, tomar seu café da manhã, praticar com Chanyeol, preparar o almoço e montar em Mozart em tardes que não treinava novamente.

Gostava de ler em tardes chuvosas e poderia se considerar um devorador de livros, era capaz de terminar obras com mais de seiscentas páginas em apenas dois dias. 

Chanyeol até mesmo havia montado novas prateleiras para aquela coleção aleatória feita do zero com presentes de Junmyeon, que trazia alguns novos cada vez que ia até a cidade.

Naquela manhã o dia estava mais cinza, estava um dia nem quente e nem frio, decidiu passar mais tempo com Mozart depois do café da manhã, não estava com ânimo para exercícios e, só talvez, tivesse planejado isso desde o princípio.

Aquele era um dos dias em que Sehun estava na fazenda, era dia de trocar as ferraduras dos cavalos, fazer os tratamentos adequados que iam muito além da escovação diária que costumava fazer.

Baekhyun gostava disso, gostava até mesmo de analisar o mais velho vez ou outra cuidando dos animais. Tinha certeza que se tivesse concluído a escola, teria se formado como um veterinário algum dia. Infelizmente não teria nem a chance de aprender algo sobre, já que detestava o Oh e, como Chanyeol já lhe dissera uma vez, era recíproco.

Sehun costumava ser grosseiro sempre que direcionava a palavra ao garoto, mas Baekhyun relevava aquilo no começo, pensava ser do seu feitio já que, na noite que o conheceu, ele também agiu desta forma com Chanyeol. Mas não demorou a perceber que era mais do que isso e o último aniversário do Park foi a certeza de tal coisa, que estavam brigando de forma silenciosa feito duas crianças disputando um brinquedo. O brinquedo em questão era Park Chanyeol, ainda que isso fosse uma completa besteira, Baekhyun o detestava. Certo? Era bem provável que sim.

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