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O silêncio naquela sala se desfez após eu ouvir o grito da minha mãe chamando pelo meu pai. Esse grito era intenso e raivoso, provavelmente por minha culpa.

— Mhmm... Bom, eu vou ter que ir — Se aproximou de mim e sentou ao meu lado no sofá. — Se cuida, filha — disse meu pai, se aproximando e me abraçando com força antes de sair para atender o chamado da minha mãe.

Eu fiquei ali, sentada no sofá, sentindo o peso da situação. O grito da minha mãe ecoava na minha mente, e eu sabia que a conversa entre ela e meu pai não seria fácil.

Comecei a chorar nos braços de Rai, soluçando de uma forma que eu não fazia há muito tempo. Eu estava tentando ser forte o tempo todo, mas a dor que eu sentia por dentro finalmente transbordou. Rai me apertou mais forte, sem dizer nada, apenas me segurando enquanto eu desabava.

— Tá tudo bem, Alo... — ela sussurrou, acariciando meu cabelo de leve. — Pode chorar, você não precisa segurar tudo sozinha.

Eu não conseguia falar, apenas deixava as lágrimas caírem, sentindo cada pedacinho de frustração, medo e tristeza escorrer. A pressão de tentar ser forte, de lidar com o julgamento da minha mãe e o peso da aceitação... tudo parecia esmagador.

— Eu tô aqui com você, e não vou a lugar nenhum — Rai continuou, sua voz calma e firme, como um porto seguro no meio da tempestade.

Aquelas palavras eram tudo o que eu precisava ouvir naquele momento. Mesmo que minha mãe não me aceitasse, mesmo que o mundo parecesse virar de cabeça para baixo, eu sabia que tinha Rai ao meu lado. E isso, de alguma forma, fazia tudo parecer um pouco mais suportável.

Ficamos assim por um tempo, em silêncio, só o som das minhas lágrimas e os sussurros reconfortantes de Rai preenchendo o ar. Aos poucos, eu comecei a me acalmar, meu choro se transformando em suspiros mais leves.

— Obrigada — sussurrei, a voz ainda fraca, mas sentindo uma pequena fagulha de força voltar.

Meu primo Jetziel se aproximou lentamente, sem dizer uma palavra, e sentou ao meu lado. Ele envolveu o braço ao redor dos meus ombros, me abraçando com a mesma ternura que Rai, criando um círculo de apoio ao meu redor.

— Vai ficar tudo bem, prima — ele disse, a voz grave, mas carregada de carinho.

Eu me senti protegida entre os dois, como se, mesmo que o mundo lá fora estivesse desmoronando, pelo menos aqui eu tinha um refúgio. Fechei os olhos, deixando-me ser abraçada por Jetziel e Rai, absorvendo o conforto que eles me ofereciam.

— Você é forte, Alo — ele continuou. — E nós estamos com você, não importa o que aconteça.

Aquelas palavras soavam como um bálsamo para o caos que eu sentia por dentro. Mesmo com a dor da rejeição da minha mãe, o apoio do meu pai, de Rai e de Jetziel me ajudava a enxergar uma luz no meio da escuridão.

Respirei fundo, tentando acalmar as lágrimas, sentindo o calor do abraço de Jetziel e Rai. Aos poucos, meu choro foi diminuindo, e as batidas rápidas do meu coração começaram a se acalmar.

— Obrigada... — sussurrei novamente, olhando para eles com um pequeno sorriso. — Eu não sei o que faria sem vocês.

Rai me deu um beijo suave na testa, enquanto Jetziel apertou meu ombro de leve.

— Você não precisa passar por isso sozinha — Jetziel disse, se afastando um pouco para me encarar. — Sempre que precisar de alguém, estou aqui. E acho que a Rai também, né?

— Sempre — Rai respondeu, sorrindo para mim. — Não importa o que aconteça.

Aquelas palavras me deram uma sensação de esperança. Mesmo que minha mãe não conseguisse me aceitar agora, eu tinha pessoas ao meu redor que me amavam e estavam dispostas a me apoiar.

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⏰ Última atualização: Oct 12 ⏰

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Minha prostituta - Railo. (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora