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Acordei na minha cama com uma dor de cabeça insuportável. Devia ter bebido demais ontem... e o pior é que nem me lembrava direito do que aconteceu.

Me virei para trocar de posição, e foi aí que vi algo que me pegou totalmente de surpresa.

Rainelis. Ela estava deitada ao meu lado, dormindo tranquilamente como se fosse um anjo. Fiquei chocada e me sentei na cama, completamente assustada.

O que caralhos ela estava fazendo aqui?

Meu coração disparou ao vê-la ali, deitada ao meu lado, os cabelos ruivos espalhados pelo travesseiro, a expressão serena enquanto dormia. Eu não sabia se estava com mais raiva de mim por não lembrar de nada ou por ter deixado isso acontecer. Minha cabeça latejava com as lembranças borradas da noite passada, fragmentos de beijos, toques, e o cheiro dela ainda impregnado na minha pele.

"Como isso aconteceu?" pensei, tentando desesperadamente juntar as peças. Rai parecia tão tranquila, alheia ao meu pânico, o peito subindo e descendo em uma respiração calma, como se não houvesse um turbilhão de emoções acontecendo dentro de mim.

Levantei-me com cuidado, tentando não acordá-la, e fui até o espelho. Meu reflexo estava um caos — cabelo bagunçado, marcas vermelhas no pescoço, e aquele olhar perdido. Passei a mão pelo rosto, tentando me lembrar de qualquer detalhe que explicasse como fomos parar ali, juntas, na minha cama.

Eu não sabia o que fazer. Rai era atraente, provocante, e obviamente sabia exatamente o que estava fazendo. Mas isso não fazia sentido para mim. Eu sou hétero, eu repetia mentalmente, tentando me convencer de que a noite passada foi um erro, um deslize.

Enquanto eu encarava o espelho, Rai se mexeu na cama, resmungando algo baixinho antes de abrir os olhos lentamente. Ela me olhou, sorrindo preguiçosamente, sem o menor sinal de arrependimento.

— Bom dia, loirinha. — Ela disse, a voz rouca de sono, como se a cena fosse comum e natural para ela.

Eu engoli em seco, olhando para ela enquanto eu sai do banheiro.

— Bom dia. — Minha voz saiu rouca, enquanto eu estava na cama de volta.

Minha prostituta - Railo. (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora