Cap II - A pedreira

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  O sol brilhava intensamente naquela manhã, refletindo a ansiedade e a excitação de todos os alunos da Universidade Vortex. Depois de uma noite de pouco sono, repleta de sonhos agitados sobre habilidades e treinamentos, todos se reuniram no ginásio amplo e arejado, cujas paredes estavam adornadas com símbolos antigos e sigilos que representavam as diversas habilidades dos estudantes.

Os alunos se aglomeraram, formando um círculo ao redor da área central, onde a professora Mia se posicionou, sua presença imponente e carismática imediatamente capturando a atenção de todos. Com seus cabelos longos e escuros caindo sobre os ombros, ela era uma figura que exalava confiança e autoridade.— Bem-vindos ao seu primeiro treinamento de poderes! — anunciou Mia, sua voz clara e forte. — Hoje, estabeleceremos algumas regras fundamentais. Lembrem-se: este não é um campo de batalha. Aqui, não aceitaremos mortes nem rivalidades. O objetivo é aprender a controlar suas habilidades e entender a força que vocês possuem.Ela fez uma pausa, observando as expressões no rosto dos alunos. A seriedade de suas palavras fez alguns deles se endireitarem, entendendo que não estavam apenas lá para brincar.— A competição saudável é bem-vinda, mas a colaboração é essencial. Vocês são todos um time e devem aprender a trabalhar juntos — continuou. — Hoje, começaremos com alguns duelos para ver o que vocês podem fazer. Quem se sentir pronto pode se apresentar e mostrar suas habilidades.As palavras de Mia ecoaram no ginásio, enquanto os alunos murmuravam animadamente entre si. Foi então que Penelope, uma jovem de cabelos castanhos e olhos brilhantes, levantou a mão, decidida. Ao seu lado, Mônica, uma garota ágil e de movimentos elegantes, estava pronta para aceitar o desafio.— Vamos lá, Penelope! — gritou alguém do fundo.— Eu aceito! — disse Mônica, com um sorriso confiante.Ambas se moveram para o centro do círculo, e a energia na sala aumentou. O público começou a gritar e torcer, suas vozes ecoando pelo espaço amplo.— Muito bem! — disse Mia, posicionando-se em um canto, pronta para observar o duelo. — Comecem quando estiverem prontas.Penelope e Mônica se encararam, seus olhares cheios de determinação. A tensão era palpável. A primeira a agir foi Penelope, que fechou os olhos e começou a concentrar sua energia. Um leve vento começou a soprar ao seu redor, fazendo suas roupas esvoaçarem. Em instantes, nuvens escuras começaram a se formar acima dela, como se respondessem ao seu chamado.— Vamos ver o que você tem, Mônica! — Penelope gritou, abrindo os olhos, agora iluminados pela energia que estava invocando.Mônica, percebendo a mudança no clima, rapidamente se preparou. Ela era uma mulher aranha, com agilidade sobre-humana e a habilidade de criar teias fortes. Com um movimento rápido, ela saltou para o lado, preparando-se para se esquivar.Mas Penelope não perdeu tempo. Com um gesto, ela fez as nuvens se intensificarem, criando uma tempestade repentina. Um vento forte começou a circular, levantando a poeira e fazendo os cabelos de Mônica dançarem. A atmosfera mudava rapidamente, e a pressão no ar fazia a adrenalina de todos os presentes aumentar.— Ah, não! — exclamou Mônica, tentando se equilibrar.Com um movimento gracioso, Penelope estendeu as mãos, e uma rajada de vento foi lançada na direção de Mônica. A força do ar era imensa, fazendo com que a jovem aranha fosse empurrada para trás, sua agilidade desafiando as correntes de ar, mas ainda assim ela se viu sendo forçada a se manter em pé.— Você não vai me pegar tão fácil! — Mônica gritou, decidida a lutar contra a tempestade que ameaçava a derrubar.Com um movimento rápido, ela lançou uma teia para se agarrar ao suporte mais próximo, subindo rapidamente para a segurança de um ponto elevado. O público aplaudiu, admirando sua habilidade.Mas Penelope não estava disposta a deixar que Mônica se recuperasse. Ela ergueu as mãos novamente, e relâmpagos começaram a dançar entre as nuvens. Com um movimento rápido, ela disparou um raio em direção a Mônica.— Cuidado! — gritou alguém na multidão.Mônica viu o raio vindo em sua direção e, com um impulso rápido, saltou para o lado, conseguindo se esquivar, mas não sem ser atingida por uma leve corrente elétrica que a fez estremecer. A jovem aranha gritou, mas imediatamente se recuperou, segurando-se com firmeza na teia que havia lançado.A batalha continuava, e Mônica começou a descer, utilizando suas habilidades de aranha para girar e se mover rapidamente entre as correntes de vento que Penelope criava. Ela tentou se aproximar, mas Penelope, agora mais confiante, liberou uma onda de vento que empurrou Mônica para longe novamente.— Você não vai escapar de mim! — Mônica gritou, decidida a não desistir.A luta se intensificou. Com um movimento ágil, Mônica começou a lançar teias na direção de Penelope, tentando prender seus pés. Mas Penelope, concentrando sua energia, fez a tempestade se intensificar ainda mais, gerando um vórtice que começou a sugar as teias no ar, desintegrando-as.— Isso não vai funcionar! — disse Penelope, sorrindo de satisfação.Mônica, percebendo que precisava mudar de estratégia, decidiu que era hora de um ataque mais direto. Com um movimento rápido, ela desceu do ponto alto e lançou-se em direção a Penelope, suas garras afiadas à mostra.Mas, antes que pudesse alcançar a jovem controladora do clima, Penelope ergueu as mãos mais uma vez e fez as nuvens se acumularem em um furacão. O vento bateu com força, fazendo Mônica ser arremessada para o lado, e ela caiu no chão com um baque surdo, a força da tempestade superando sua agilidade.O público ficou em silêncio por um momento, observando a queda de Mônica. Penelope imediatamente parou, olhando preocupada, e correu para ajudar a amiga.— Você está bem? — perguntou, estendendo a mão para ajudar Mônica a se levantar.Mônica sorriu, embora visivelmente abalada. — Estou... foi uma boa luta! — disse ela, ainda um pouco ofegante, enquanto se levantava com a ajuda de Penelope.A professora Mia se aproximou, aplaudindo. — Muito bem, meninas! Vocês mostraram grande habilidade e força. É assim que se treina! Lembrem-se de que sempre haverá espaço para melhorar e aprender. O que importa é que vocês se respeitem como colegas.O público aplaudiu, e os sorrisos se espalharam entre os alunos. Penelope e Mônica se olharam, compreendendo que, apesar de serem adversárias naquele momento, havia um respeito mútuo que surgira de suas habilidades. Na Universidade Vortex, elas não eram apenas competidoras; estavam se tornando parte de uma nova e empolgante jornada.

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