O ônibus balançava suavemente conforme avançava pela estrada sinuosa, envolta em uma densa floresta de árvores centenárias que se erguiam como guardiãs de um segredo antigo. A luz do sol, filtrada pelas folhas, criava um jogo de sombras dançantes que pareciam acompanhar a expectativa dos jovens dentro do veículo. Conversas animadas ecoavam pelos bancos, risadas nervosas e olhares curiosos se entrelaçavam, enquanto alguns olhavam pela janela, admirando a paisagem que lentamente revelava a Universidade Vortex.
Lá no fundo, erguiam-se os prédios rústicos e imponentes da Vortex, construções que pareciam ter resistido ao tempo. Feitos de pedra escura, com trepadeiras subindo por suas paredes, os edifícios da universidade emitiam uma aura quase sobrenatural, como se guardassem memórias esquecidas de gerações passadas. No topo da colina, a torre do relógio, com seus ponteiros enferrujados, parecia marcar a passagem do tempo de maneira caprichosa, indiferente às preocupações mundanas dos estudantes que, naquele exato momento, se aproximavam para começar um novo capítulo de suas vidas.À frente do campus, em uma espécie de terraço com vista para a estrada, estavam três figuras aguardando a chegada do ônibus. A diretora Aurora, alta e de postura rígida, observava o veículo se aproximar com olhos afiados. Seu rosto demonstrava um misto de orgulho e responsabilidade, como alguém que carregava o peso de anos de tradição nas costas. Ao seu lado, sua filha Cris, com uma expressão que misturava ansiedade e curiosidade, era um reflexo mais jovem de Aurora, com os mesmos traços finos e um brilho de determinação no olhar. Cris iniciaria seu primeiro ano na Vortex, mas, para ela, este lugar nunca fora um mistério – era quase uma segunda casa.Isadora, a terceira figura, estava um pouco afastada, com os braços cruzados, como se tentasse conter a impaciência. Ela era o braço direito da diretora e coordenadora responsável por orientar os alunos, mas este seria seu último ano. Isadora conhecia a universidade como ninguém, cada segredo, cada detalhe escondido nas sombras dos corredores antigos. Seus olhos corriam pelos rostos curiosos que começavam a espiar pelas janelas do ônibus, e ela sorria de canto, lembrando-se do seu próprio primeiro dia ali. O ônibus finalmente parou com um chiado agudo de freios, e as portas se abriram. Uma onda de jovens, animados e receosos, começou a descer, carregando malas, mochilas e sonhos. Eles olhavam ao redor, tentando assimilar a grandiosidade daquele lugar e a sensação de algo diferente no ar, algo que não conseguiam definir. O cheiro de pinheiros, o som distante de pássaros e o murmúrio da brisa misturavam-se com a atmosfera pesada da Vortex, um lugar que parecia carregado de mistérios à espera de serem desvendados.Aurora deu um passo à frente, com sua presença imponente, e com um gesto sutil sinalizou que aquele era o momento de começar. Cris, por sua vez, observava os outros alunos com um leve sorriso nos lábios, pronta para se unir àquele grupo heterogêneo que logo descobriria o verdadeiro significado de estar na Vortex. Ao lado, Isadora permanecia em silêncio, mas seus olhos afiados captavam tudo ao seu redor. Ela sabia que, para muitos, aquele lugar mudaria o rumo de suas vidas. Para melhor ou pior.Esse primeiro dia, com sua mistura de nervosismo e expectativa, marcava o início de uma jornada que ninguém ali esqueceria. Cada aluno que pisava no chão de pedra da Vortex carregava consigo mais do que simples mochilas; traziam seus destinos entrelaçados por algo muito maior do que poderiam imaginar. A aventura havia começado.
O ônibus finalmente parou no pátio da Universidade Vortex, e um silêncio curioso pairou no ar enquanto todos os cinquenta novos alunos desciam, um por um. Nenhum deles se conhecia, mas as expectativas de um novo começo e a atmosfera misteriosa da Vortex preenchiam o ambiente. O edifício rústico, de pedra envelhecida, parecia observá-los de volta, com trepadeiras subindo por suas paredes e o antigo relógio na torre marcando o tempo de forma impassível.
A diretora Aurora, de postura elegante e olhos firmes, aguardava no centro do pátio. Ao lado dela estavam Cris, sua filha, que também começaria seus estudos naquele ano, e Isadora, a coordenadora que estava prestes a concluir sua própria jornada na universidade. Isadora segurava uma prancheta e, com um aceno de cabeça de Aurora, começou a anunciar os nomes.— Atenção, por favor. Vamos organizar os dormitórios. — A voz de Isadora cortou o silêncio como uma faca, e todos os jovens se voltaram para ela.Ela começou a leitura, sua voz clara e direta, enquanto os alunos aguardavam atentos.— Quarto 01A: Aiully Barcellos, Fabíola Mendes, Eduarda Baseggio, Gilson Gomes e Matheus Correia.Os cinco caminharam lentamente, trocando olhares rápidos, tentando avaliar quem seriam seus companheiros de quarto. Aiully, serena e observadora, se juntou a Eduarda, que parecia mais introspectiva. Gilson e Matheus, sem trocar uma palavra, apenas seguiram em silêncio, enquanto Fabíola parecia ser a única a se sentir à vontade, sorrindo casualmente.Isadora continuou:— Quarto 02B: Débora Salvatore, Raphael Molossi, Majury Salvatore, Elielson Campos e Sofia Schultz.Débora ergueu a cabeça ao ouvir seu nome e o de Majury, sua possível prima, mas com quem não tinha nenhuma ligação até aquele momento. Raphael, carregando uma expressão confiante, pegou sua mala e olhou em volta, encontrando Majury, que parecia absorver a atmosfera ao seu redor. Elielson e Sofia seguiram o grupo em silêncio, ambos tentando processar as primeiras impressões desse lugar incomum.Sem pausa, Isadora chamou o próximo grupo:— Quarto 03C: Gabriel Mendes, PH Azevedo, Daniel Pacheco, Kauanny Oliveira e Fernanda Reis.Daniel olhou em volta, reconhecendo o nome dos colegas de quarto, mas sem nenhuma conexão prévia. Ao seu lado, PH e Gabriel, que tinham um ar descontraído, seguiram juntos, enquanto Kauanny e Fernanda caminharam lado a lado, trocando sorrisos nervosos.— Quarto 04D: Penélope Moreira, Cris Duarte, Melissa Seppa, Mônica Figueiredo e Luiz Fernando.Cris deu um pequeno sorriso ao ouvir seu nome, mais como um reflexo automático. Melissa, que estava mais séria, carregava uma aura reservada, enquanto Penélope e Mônica seguiam com um pouco mais de hesitação. Luiz, o único rapaz no grupo, acenou com a cabeça, tentando quebrar o gelo.A lista continuou, e os grupos se formaram lentamente, com cada um dos alunos tentando compreender o que significava aquele novo começo, com pessoas completamente estranhas ao seu redor.Quando todos os quartos foram designados, Aurora voltou a falar, com um tom firme, mas acolhedor:— Vocês são os novos alunos da Vortex. Este lugar será mais do que um espaço de aprendizado. Aqui, vocês vão se descobrir e moldar quem são. Lembrem-se, nada acontece por acaso.Com esse enigmático aviso, ela se virou e começou a caminhar em direção ao prédio principal, sua capa preta movendo-se levemente com o vento. Cris e Isadora a seguiram, deixando os alunos com a tarefa de se ajustar ao desconhecido – tanto em relação aos novos colegas quanto à própria Vortex.A universidade parecia observar todos eles de forma silenciosa, como se soubesse que o destino de cada um estava prestes a mudar dramaticamente.
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VEX - Efeito Borboleta
FantasyEm 2003, a segunda geração de Vex teve início. Com o começo do novo bimestre, a Universidade Vortex abriu suas portas para um grupo de jovens ambiciosos e diferentes, cada um carregando sonhos, segredos e talentos peculiares. Entre eles, Débora Salv...