Os anos se passaram e o rei não descansou por um só dia. O novo reino Greenwood era muito próspero antes da chegada de uma nova família real, não houve guerras para a tomada do reino, ninguém os conhecia apenas a o rei Henrique pois negociara com antigos moradores de Greenwood.
O reino de Greenwood sempre foi de auto sustento, eles possuíam campos para plantio e águas límpidas, conseguiam plantar todo o essencial e possuíam tecnologias para cultivo de plantas estrangeiras que adquiriam através de negociações.
Haviam muitos carpinteiros que construíam casas e barcos para benefício próprio do reino e os que sobravam vendiam sem dizer de onde vinha a mão de obra. Assim também funcionava com os vinhos, cervejas, colheitas, joalherias, artefatos e artesanatos e não podemos nos esquecer dos alfaiates e modistas.
Greenwood sobreviveu sozinha por muitos anos de modo anónimo, muitos anciãos ajudavam com suas lideranças e também as igrejas governavam quando fosse necessário, pelo medo de reis e rainhas incapazes de manter a paz enviavam cartas para reis conhecidos pela sabedoria, economia e paz de seus reinos.
Rei Henrique de Brienne foi o último rei e última esperança de contacto do reino de Greenwood, seja por bem ou por mal, agora está com sua família no reino, em menos de um ano o rei aprendeu seus métodos, organizações e costumes. Conseguiu aplicar seus conhecimentos para eficiência dos serviços dos povos e os impostos que outrora iam para a igreja passou a ir para o palácio real, o que gerou alguns religiosos descontentes, mas não durou muito tempo até que se acostumassem.
A rainha pavorosa da situação de sua filha ordenou que todos os criados fossem selecionados a dedo, preferencialmente aqueles que não possuíam família ou jovens que não tinham empregos e procuravam por oportunidades, esses empregados viveriam no castelo e não sairiam de lá mais do que uma vez no mês para visitar sua família, mesmo assim, sairiam acompanhados de guardas reais para garantir que não saia nenhuma informação sobre a princesa de Brienne e sua maldição.
A princesa entao cresceu dentro dos muros do castelo e todos que conhecia eram os empregados, seus pais e seu tio Alfred de Brienne.
A paz manteve-se no reino e em um mês a princesa fará quinze anos e de acordo com os costumes reais estará pronta para ser apresentada para a realeza como mulher e pronta para casar e ter filhos, mas será que é isso que acontecerá?- Seraphina! Princesa Seraphina!
- Ah - solta um gemido - Dolores são seis da manhã, não grite e me deixe dormir.
- Não posso princesa, sabe bem que está na hora de sua aula de idiomas, depois tens aulas de piano, esgrima, arco e flecha. Vamos almoçar e depois irás ter aulas de boas maneiras, defesa pessoal, dança e canto. - Dolores aponta para cada dedo enquanto revira os olhos para se lembrar de todos os afazeres
- Me diga - senta-se na cama - porque faço todas essas aulas se não vejo ninguém e não saio desse castelo?
A Rainha Isolda de Brienne entra fazendo um estrondo com as portas brancas desenhadas com ramos de tulipas rosas.
- Porque um dia sairá e terá que se preparar para o mundo seja ele receptivo ou não, agora vamos e se apresse, hoje terás uma aula extra de política e terás de terminar arco e flecha um pouco antes pois teremos visitas. - Seraphina da um salto da cama, entusiasmada
- Visitas? Quem vira?
- Vira uma princesa do reino de Whitesnake, tem sua idade e ela disse que há algo para tratar conosco e consigo também minha princesa. Por isso, não se esqueça de usar o lenço lilás de modo que cubra seus cabelos e esteja apresentável. - retiras-se
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O Poder da Soberania - Gostislav
RomanceCaros leitores, essa história não é real, nem fictícia. Não possui magia, não se passa no mundo real, não é boa e nem agradável. É uma história horrorosa, uma monstruosidade eu diria. Ou talvez, não seja, talvez estejamos perante a vida de uma garo...