Resenha

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Havíamos acabado de almoçar e nos sentamos em roda ali na área gourmet mesmo. Maiara foi inventar de falar que eu toco violão e agora vou ter que tocar na frente das meninas e dos meninos. Chegando em casa eu vou me lembrar de matá-la.

— Toma Mara, fica à vontade. - Marília falou me entregando o violão

— Que música cêis querem? - pergunto conferindo se o instrumento estava afinado

— Canta aquela que cê compôs, irmã. - Maiara pede

— Ah não, escolhe outra. - choramingo

— Agora a gente quer ouvir a sua, Mara. - Henrique falou

— Tudo bem... - reviro os olhos e começo a tocar as primeiras notas - Quantas vezes tentei, já caí levantei, é você que me mantém de pé. - começo a cantar

— Não preciso gritar, você vem me salvar. Você sente, quando eu vou chorar. - Maiara canta me olhando

— Ah ah, ah ah...Parece não ser desse mundo, porque você sabe de tudo. Não sei, se é ser humano ou se é um anjo, exagero é falar de você, passo o meu tempo te admirando, só queria saber, se é ser humano ou se é um anjo, diz aí quero ouvir de você, eu nem sei se te mereço tanto, só queria saber. Se é ser humano ou se é um anjo... - cantamos juntas

— Ah ah, ah ah...Você é ser humano, ou é um anjo... - finalizo sorrindo

— Ca-ra-lho! - Luísa fala sem reação

— Que música linda! - Marília fala me encarando de boca aberta

— Mandou bem demais! - Juliano fala

— Como é que cê pensou numa letra dessas? - Henrique pergunta me olhando também de boca aberta

— Ah, ela pode ser vista como uma música romântica também, mas no momento em que eu escrevi ela, eu estava pensando na minha metade. - falo abraçando Maiara de lado, que não demorou começar a chorar

— Ahh, que lindinhas! - Henrique fala sorrindo

— Eu te amo, metade! - Maiara fala chorosa

— Eu também te amo, meu furacãozinho. - deixo um beijo no topo de sua cabeça

— Mas mudando de assunto, vocês cantam pra caralho! - Luísa fala batendo palmas

— Que isso gente, é só hobby mesmo, nunca nem fiz aula de canto. - falo envergonhada

— Pois deveriam, cêis cantam demais. - Marília fala

Sinto minhas bochechas corarem.

— Bora Lila, agora é a sua vez. - Luísa fala e eu entrego o violão à loira

— Não chore mais, sorria amor! Eu trouxe o fim da sua dor, não chore nunca mais amor. - ela iniciou - Eu sou o sol, cercando a chuva, do seu olhar sou eu quem cuida e te peço por favor, não chore nunca mais amor. Calma, a sua insegurança não te leva a nada, eu quero ser seu homem e te fazer amada. Amar amar você até você se amar, e me amar. Calma... - Marília finaliza sorrindo

— Puta que pariu, que voz é essa?! - Maiara fala de boca aberta ao meu lado, enquanto eu não conseguia expressar reação alguma

— Arrasou, Lilão. - Juliano fala

— Marília, que voz de anjo. - finalmente consigo falar algo

— Obrigada. - vejo seu rosto ganhar uma coloração vermelha e um sorrisinho tímido surgir em seus lábios

Continuamos ali na roda, cantamos modão, comemos mais carne, conversamos bastante, até entardecer.

— Gente, tá ficando tarde e eu e a Mai temos que ir. - falo me levantando

Medo Bobo - MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora