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Hyunjin se remexia,na grande cama de casal. Nenhuma posição para voltar ao mundo dos sonhos era o suficiente para faze-lo pegar no sono.

A dor de cabeça latejante e dores corporais o consumiam. Outro fator que atrapalhou seu sono foi a sede e frio. Nada estava dando certo para Jin no quesito descanso.

Respirou fundo e se levantou com dificuldade. Foi até a cozinha, onde havia uma caixa de remédios. Procurou um Tylenol e encheu um copo d'água.

Ele se perguntava onde Changbin teria ido. Hyunjin havia dormido muito, obviamente. Se lembrava vagamente da forma que Changbin tratou e lidou com a manha do pequeno Jin teimoso e carente.

Então, cansado e com dores, sentou-se no estofado da sala. Pegou o telefone e resolveu rolar pelas redes. Ele olhava o quê conhecidos faziam por meio de fotos bonitas ou vídeos engraçados.

Ele ficava feliz em ver seus amigos conquistando seus objetivos. Felix abriu um restaurante, Jeongin finalmente debutou como cantor solo, Minho e Han se casaram, Seungmin virou treinador de Baseboll, Chris já era pai de um casal lindo de crianças....

Mesmo longe, o apreço que sentia pelos amigos e colegas era gigante. Foram eles que fizeram companhia muitas vezes que se sentia sozinho.

O girar da maçaneta chamou a atenção do moreno sentado, porém tranquilizou quando viu Changbin entrando com sacolas.

Não se deu o trabalho de perguntar onde o outro tinha ido, pois já era óbvio que fora ao mercado.

  - Oi neném, tudo bem? - Chang colocou as sacolas no chão e foi ao encontro de Jin.

- Eu não estou mais em space, Bin. E sim, 'tô bem, só um pouco cansado e dolorido.

- Você 'tá gripado amor. - Fez carinho desde os fios hidratados até o pescoço do outro. - Eu acho melhor você voltar para a cama e dormir.

- Eu não consigo, dói Binnie... - Resmungou, arrumando os próprios cabelos.

- Você vai conseguir rapidinho, um minuto. - Saiu e foi até a cozinha.

Hyunjin se perguntava o que era, mas logo suas dúvidas cessaram ao ver Bin com uma mamadeira.

- Ah, leite... - Jin murmurou cansadinho, abrindo um pequeno sorriso. Não conseguia demonstrar animação.

E mesmo se não conseguisse, Bin não precisava de confirmação de que Hyun precisava de tal conforto. Era assim, Seo sabia mais como lidar com Hyunjin do que si próprio. Aquilo não o cansava, era necessário aquele tipo de tratamento ao seu namorado. Hyunjin era doce e legal, não merecia um terço do que passou.

Além da morte dos pais, viveu em um orfanato abusivo, onde apanhava e era obrigado a cuidar das outras crianças lá.

Obviamente que ele não teve tempo de ser criança. Por isso, usava o tempo perdido agora. Já tinha a terapeuta e o mais indicado foi a regressão de idade, já não tinha mais solução além dessa.

Hyunjin, um pouco envergonhado, se entregou aos braços de Changbin e começou a sugar o conteúdo. De acordo com que o conforto de estar nos braços de quem ama o consumisse, ia ficando mais, mas tanto neném que não poderia ser descrito em palavras.

Ao terminar o líquido, se aconchegou mais. Ainda não tinha sono, mas gostava de ficar ali. Changbin limpou seu queixo que escorria umas gotas do conteúdo doce.

- Prontinho amor... - O ajeitou, deixando-o sentadinho, meio inclinado. - O que quer fazer? - Perguntou, afastando a franja dos olhos do pequeno.

- Binquedo'... - Murmurou sua vontade, que logo foi concedida por Chang, que foi até o quarto, pegou a caixinha de brinquedos de Hyunjin, trouxe um edredom e um moletom quentinho. Forrou o tapete com uma coberta grossa e deixou tudo arrumadinho para o neném.

- Levanta os braços Jin, vou colocar o casaco em você. - Assim Hyunjin fez, logo sentiu o quentinho do casaco lhe dar conforto.

Hyunjin abriu a caixa e tirou de lá seus brinquedos que havia comprado e ganhado de Bin. Ali haviam uma linda coleção de Sylvanian Families, brinquedos de bebê, livrinhos e mini pelúcias.

Ali ficou brincando, quietinho, imerso do mundo. A inocência e calma presente naquela casa fazia bem para ele. Ele poderia viver ali para sempre, naquele apartamento quentinho, limpinho e cheiroso. Poderia viver pra sempre com Changbin e com a cachorrinha, poderia ser para sempre.

Bin fazia um almoço levinho, que consistia em uma sopa cheia de legumes e carne. Ambos gostavam da calmaria de alimentos quentinhos.

Seo serviu para Jinnie em um potinho de bebê, com uma colherzinha de silicone e  a mamadeira contendo suco de maçã.

Comeram silenciosamente, aproveitaram o alimento quentinho e gostoso. Hyunjin finalizou e voltou a brincar no tapete. Changbin simplesmente ignorou temporariamente os pratos destinados à lavagem e foi se sentar no sofá, rolando as redes sociais.

Hyunjin, de acordo com que se cansava de brincar com seus bonequinhos, resolveu dar uma pausa. Catou tudo, com medo de perder, e guardou na caixa, tudo organizado.

Levando consigo seu ursinho e chupeta, subiu no sofá, encarando Changbin. Seo desligou o celular, para atender o menino carente, que tinha os olhos mais redondos e bonitos possíveis naquele momento. Os lábios formavam um biquinho adorável. Hyun abriu e fechou os punhos, indicando que desejava colo.

Ao ser levantado, o pescoço clarinho exposto de Bin foi alvo de mordidinhas e beijinhos carinhosos. Chang ria, pelas cócegas. Hyunjin se ajeitou no colo e deitou sobre o ombro de Seo, descansando a mente turbulenta e se entregando ao sono.

Meu pequeno JinnieOnde histórias criam vida. Descubra agora